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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Sustentar São Paulo na Fundação Dom Cabral

Confiança de Serviços indica discreta melhora na percepção das empresas

Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas avançou 0,3 ponto em agosto, para 83,2 pontos.  Após a segunda alta consecutiva, o índice recuperou apenas metade da perda de 2,8 pontos observada em junho.
“A discreta melhora na percepção das empresas de serviços em agosto voltou a se sustentar nas expectativas, enquanto as avaliações correntes não apontam sinal consistente de recuperação. A redução observada em agosto no indicador de emprego previsto, que há três meses vinha sinalizando melhora, reforça o cenário de um processo lento de retomada do ritmo de atividade do setor”, avalia Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (IBRE).
Houve alta da confiança em sete das 13 principais atividades pesquisadas. O desempenho ligeiramente positivo de agosto foi resultado da combinação de melhora das expectativas com piora da situação atual. O Índice de Expectativas (IE-S) subiu 0,9 ponto, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA-S) recuou 0,3 ponto.
As previsões para a demanda nos próximos três meses exerceram a maior contribuição para a alta do IE-S em agosto. O indicador de demanda prevista avançou 1,0 ponto, para 86,8 pontos. Entre os indicadores que compõem o ISA-S, a maior influência negativa veio do que mede o volume de demanda atual, que recuou 0,3 ponto, para 78,5 pontos.
O NUCI do setor de serviços registrou estabilidade em agosto, permanecendo em 82,1%, após ter atingido seu menor nível histórico em junho (81,5%).
Política versus Confiança
Mensalmente, um quesito da Sondagem procura identificar os fatores que estão limitando a melhora do ambiente de negócios. Neste quesito, é reservado um espaço para que as empresas descrevam fatores que considerem importantes e que não estejam listados entre as opções de resposta oferecidas no questionário.
Há um certo consenso de que o cenário instável em relação ao ambiente político vem aumentando a incerteza e retardando as decisões de investimento e consumo dos agentes econômicos.
“É razoável supor que a continuidade da diminuição da tensão no ambiente político venha a contribuir para a manutenção do sinal positivo no índice de confiança nos próximos meses”, comenta Silvio Sales.
A edição de agosto de 2017 coletou informações de 2034 empresas entre os dias 01 e 25 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem de Serviços ocorrerá em 29 de setembro de 2017.
O estudo completo está disponível no site.

FGV lança site sobre Ética e Conformidade

A Fundação Getulio Vargas, por meio da Diretoria de Controles Internos (DCI), lança o site de Ética e Conformidade. O espaço foi criado com o intuito de dar maior visibilidade ao Sistema de Controles Internos e de Conformidade FGV, bem como seu Código de Ética e Conduta e sua Política Anticorrupção, que são dois dos principais elementos desse Sistema.
O Brasil, quando publicou a Lei Anticorrupção (nº 12.846/13), colocou-se definitivamente no mapa do combate à corrupção. Essa legislação contém dispositivos para punir empresas por atos de corrupção contra a administração pública nacional e estrangeira, punição esta cujo alcance vai muito além de multas e sanções. Ela envolve valores difíceis de mensurar e intangíveis como a imagem e a reputação de uma instituição.
Como resposta a esse movimento de maior transparência e controle, a FGV identificou a oportunidade de ser mais efetiva no monitoramento e mitigação de potenciais exposições a riscos. Criou, assim, a Diretoria de Controles Internos, responsável por elaborar políticas e diretrizes, bem como ferramentas e normas, para assegurar, com razoável grau de certeza, que os riscos operacionais e de não conformidade, que poderiam comprometer a sua sustentabilidade e crescimento, são geridos de forma eficiente e eficaz.  
Além disso, e também visando a sustentabilidade de sua marca, imagem e reputação, a FGV, cada vez mais, se preocupa com sua responsabilidade socioambiental. O seu novo Código de Ética e Conduta alinha a FGV às práticas de outras organizações nacionais e internacionais não deixando de respeitar as suas especificidades e o alinhamento à sua missão, visão e aos seus valores institucionais. O Código evidencia e reforça os seus princípios de excelência, integridade, ética e respeito aos valores sociais e legais.
O site está disponível a partir do Portal FGV. Para conhecer mais, acesse "Ética e Conformidade FGV".

Perigosa e alienante, a publicidade de medicamentos, na análise de especialistas

Exposição a medicamentos sem eficácia comprovada, risco de submissão a tratamentos inadequados, suscetibilidade a efeitos colaterais e ao agravamento de quadros clínicos são possibilidades criadas pela preponderância do viés publicitário e mercadológico no cuidado com a saúde. Conforme aponta o médico e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), Jorge Bermudez, trata-se de um mercado em ascensão. "No contexto das restrições econômicas que grassam não apenas no Brasil, mas em âmbito mundial, o faturamento do mercado varejista continua crescendo, mostrando ser uma das indústrias mais poderosas do mundo, impondo seus interesses e seus produtos. Entretanto, precisa lançar mão de estratégias nada ortodoxas para assegurar a fidelidade a suas marcas e assim aumentar o faturamento e o domínio de fatias de mercado", afirma Bermudez, no artigo Indústria farmacêutica: marketing desenfreado e mercado em ascensão, produzido para o blog do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz.

No artigo, Bermudez apresenta dados do IMS Health que mostram que de décimo maior mercado, em 2010, o Brasil passou a sétimo, em 2015, com expectativa de ser o quinto maior mercado farmacêutico em 2020. Isso representa, hoje, um faturamento anual em torno de R$ 87 bilhões. Os medicamentos genéricos, que vêm aumentando seus aportes, representam cerca de 22% do mercado no país. “São 65 mil farmácias, 50% delas agrupadas em grandes redes de varejo, que transformam o mercado farmacêutico varejista num grande campo de batalha de interesses e disputas”, observa Bermudez.

Segundo o médico sanitarista e ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, entre os impactos da propaganda de medicamentos na saúde pública, estão a indução ao gasto das famílias com medicamentos sem eficácia comprovada, a exposição a efeitos adversos potencialmente graves e a construção de uma consciência em saúde “negativa e alienada na essência”. “Trata-se de um componente, que se soma às demais estratégias de ampliação do consumo, como a propaganda ética (dirigida diretamente aos médicos) e outras, de um processo de medicalização que se afasta da dimensão ética, política e sanitária que deve reger a política nacional de assistência farmacêutica”, afirma Temporão.

De acordo com o jornalista e ex-editor do programa Radis/ENSP/Fiocruz, Álvaro Nascimento, autor do livro Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado: isto é regulação?, a produção farmacêutica passou a ocupar o lugar de apenas um produto de consumo entre outros, e tornou-se objeto de monopólios mundiais e de concentração de renda. ”Isso ocorre via mecanismos inaceitáveis como, por exemplo, as famigeradas patentes farmacêuticas, que merecem um debate específico de viés civilizatório”, observa Álvaro no artigo Propaganda de medicamentos faz mal à saúde, também produzido para o blog do CEE-Fiocruz, que caracteriza a propaganda de medicamentos para grande público no Brasil como “abusiva e repleta de irregularidades”.

A produção de medicamentos, aponta, sofre o impacto e mexe com poderosos interesses de pelo menos três grandes setores com enorme poder econômico e político em nosso país: “a indústria farmacêutica, as poucas empresas monopolistas da área de comunicação e o comércio varejista”.

Leia na íntegra o artigo Indústria farmacêutica: marketing desenfreado e mercado em ascensão, de Jorge Bermudez

Leia na íntegra o artigo Propaganda de medicamentos faz mal à saúde, de Álvaro Nascimento.

Feminicídio será tema de palestra na ENSP em 18 de setembro

A cada hora e meia, uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil, segundo o estudo Violência Contra a Mulher: Feminicídios, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2013. O feminicídio - tipo de homicídio praticado contra a mulher especificamente devido à condição de gênero - ocorre diariamente, atinge a todas as classes e é hoje um dos maiores problemas de saúde pública do país. Para discutir os desafios do cenário brasileiro e traçar perspectivas, o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz) e o Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural (Dihs/ENSP/Fiocruz), convidaram a juíza Adriana Ramos de Mello, titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), para ministrar a palestra Feminicídio - Uma análise sociojurídica da violência contra a mulher. O evento, da série 'Futuros do Brasil', será realizado em 18 de setembro, às 13h30, no salão internacional da ENSP.

A Lei nº 13.104 de 9 de março de 2015 prevê o feminicídio como circunstância específica e qualificadora do crime de homicídio, enquadrando-o no rol dos crimes hediondos. Considera-se como crime em razão da condição de sexo feminino aquele que envolva violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher. De acordo com o Mapa da Violência 2015 – Homicídio de Mulheres no Brasil, produzido pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e pela Secretaria Especial de Política para as Mulheres, 50% dos homicídios de mulheres são cometidos por familiares e 32,2% por parceiros ou ex-parceiros.
“Trata-se de uma questão que precisa ser enfrentada. Uma das formas de enfrentar esse cenário é tornando a questão conhecida e divulgada. A informação é uma das formas de se combater a violência”, diz Maria Helena Barros de Oliveira, coordenadora do Dihs/Ensp/Fiocruz. A palestra é parte de um conjunto de inciativas que vêm sendo desenvolvidas pelo departamento sobre questões de gênero. “Buscamos fomentar o debate sobre temas fundamentais e urgentes relacionados à mulher, que vive, ainda, sob a invisibilidade da violência. É importante que possamos discutir para que a violência se torne visível e a sociedade possa lutar contra ela. As mulheres precisam deixar de morrer por serem mulheres”, afirma Maria Helena.

De acordo com o coordenador do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, Antonio Ivo de Carvalho, discutir o feminicídio é uma forma de trazer à tona os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), em especial o Objetivo 5, que diz respeito à igualdade de gênero e ao combate à violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas. Antonio Ivo destaca que o Centro está iniciando, no âmbito da Fiocruz, o processo de monitoramento dos ODSs, com vistas ao cumprimento das metas estabelecidas, até 2030. 

Sobre a palestrante Adriana Ramos de Mello

Juíza titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Vencedora, em 2014, da XI edição do Prêmio Innovare, na categoria Juiz, com o Projeto Violeta, criado com o objetivo de acelerar o acesso à Justiça pelas mulheres em situação de violência doméstica, bem como de aprimorar a qualidade da informação destinada às vítimas. Presidente do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero, da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj).

Serviço:

'Futuros do Brasil' Feminicídio – Uma análise sociojurídica da violência contra a mulher
Organização: Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural e Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz 
Data: 18 de setembro de 2017
Horário: a partir das 13h30
Local: salão internacional (4º andar) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Rua Leopoldo Bulhões, 1480, Manguinhos, Rio de Janeiro - RJ)
Transmissão pelo blog do CEE-Fiocruz: cee.fiocruz.br

Informações
21 3882-9133
cee@fiocruz.br

*Luiza Medeiros é jornalista do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz).

ENSP coordena programa de formação em saúde pública na fronteira Brasil-Uruguai

Uma iniciativa inovadora de formação baseada nos princípios da aprendizagem significativa. Assim pode ser definido o Programa de Formação em Saúde Pública para a Área de Fronteira Brasil-Uruguai, elaborado e oferecido por docentes da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), pela parte brasileira, e da Universidad de la República (UDELAR), pela parte uruguaia. O Programa se insere no marco de um acordo de cooperação trilateral entre os Ministérios da Saúde de Brasil e Uruguai e a Agência de Cooperação Técnica do Governo Alemão, e tem por objetivo fortalecer os programas e serviços de vigilância em saúde na área de fronteira entre os dois países sul-americanos, com ênfase na vigilância do HIV/AIDS.
 
Coordenado pelo pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH/ENSP), Frederico Peres, o Programa de Formação teve início em março desse ano, com a solenidade de abertura contando com a presença do Ministro da Saúde do Uruguai, Jorge Basso Garrido, do Diretor da ENSP, Hermano Castro e do Vice-Presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Marco Menezes, em representação a Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, além de outras autoridades e professores brasileiros e uruguaios. Contempla um conjunto de atividades acadêmicas a se realizarem ao longo de 2017 e 2018, nos quatro departamentos uruguaios que fazem fronteira com o Brasil, além de seis municípios do estado do Rio Grande Sul também localizados nessa região fronteiriça. 
 
A estrutura básica do Programa de Formação em Saúde Pública para a Área de Fronteira Brasil-Uruguai está montada a partir de oficinas pedagógicas, oferecidas nos municípios de fronteira por docentes brasileiros e uruguaios, para profissionais que atuam/coordenam serviços de saúde no âmbito da Atenção Básica e de outros níveis de organização, de ambos os países. Nessas oficinas, são abordados e discutidos princípios, conceitos e ferramentas da organização dos sistemas de saúde e da vigilância em saúde de ambos os países. A partir de exemplos e da experiência dos profissionais-alunos, os professores atuam como mediadores do processo de reconhecimento de desafios e oportunidades presentes no cotidiano do trabalho loco-regional e, com base nesses exemplos e aportes, apresentam estratégias metodológicas e outras ferramentas que possam aprimorar as ações de vigilância em saúde na região fronteiriça, considerando as diferenças existentes entre as políticas, sistemas e serviços dos dois países.
 
A formação
 
O Programa de Formação acontece em dois momentos distintos, ao longo de dois anos. Na etapa inicial, prevista para ocorrer entre março e dezembro de 2017, professores da ENSP e da UDELAR elaboram e conduzem as oficinas pedagógicas para um grupo de 30 profissionais, sendo 24 uruguaios e seis brasileiros, numa lógica de formação de formadores. As atividades e discussões são organizadas em torno de três Unidades de Aprendizagem: 1) Organização dos Sistemas de Saúde; 2) Vigilância em Saúde; e 3) Educação e Promoção da Saúde. Com essa organização, as atividades acadêmicas partem do reconhecimento das características de cada sistema nacional (SUS e SNS) para trazer à discussão estratégias e ferramentas voltadas para o fortalecimento da vigilância em saúde, com ênfase na vigilância do HIV/AIDS. E, ao longo da última Unidade de Aprendizagem, discute os princípios pedagógicos da formação em saúde, com vistas à elaboração de novos Programas de Formação para diferentes grupos de profissionais e trabalhadores da saúde que atuam, em ambos os países, na região fronteiriça. Ao final dessa primeira etapa, cada departamento uruguaio e município brasileira terá construído um Programa de Formação voltado ao fortalecimento da vigilância do HIV/AIDS, a ser executado ao longo de 2018. 
 
Na segunda etapa do Programa, os profissionais-alunos que participaram da formação ao longo de 2017 conduzirão os respectivos Programas de Formação em seus departamentos/municípios, com o acompanhamento pedagógico e técnico dos docentes da ENSP e da UDELAR. Espera-se que, ao final de dois anos, o Programa tenha envolvido entre 450 a 500 profissionais de ambos os países, contribuindo assim para o aprimoramento permanente da vigilância em saúde na região de fronteira entre Brasil e Uruguai, assim como o fortalecimento de capacidades formativas locais.
 
Segundo Frederico Peres “o caráter inovador do Programa está, entre outros aspectos, na possibilidade de construção de um conhecimento de aplicação direta nos serviços de saúde, numa lógica mais horizontal que rompe com o modelo do déficit de informação ainda vigente nas mais distintas iniciativas formativas oferecidas por escolas e centros formadores em Saúde Pública da região latino-americana. E, dessa maneira, possibilita construir percursos formativos que atendam de maneira efetiva e direta às necessidades colocadas pelos atores da prática, dado o contexto local, a organização do trabalho real e as condições existentes para o desenvolvimento de suas atividades de trabalho”. 


 
Para o pesquisador, o Programa abre uma perspectiva de repensar o papel dessas escolas e centros formadores em Saúde Pública como espaços estratégicos para a formação no âmbito dos serviços, programas e sistemas de saúde regionais, além de possibilitar o fortalecimento da cooperação técnica da ENSP.
 
Mestrado e expansão da formação
 
Como ação estratégica de cooperação internacional, cabe destaque ao espaço de articulação entre instâncias acadêmicas e de governo criado no processo de organização e oferta do Programa, que envolve não apenas o trabalho colaborativo permanente entre docentes brasileiros e uruguaios, como também a estreita colaboração entre os Ministérios da Saúde do Brasil e do Uruguai com a prestadora de serviços públicos em saúde uruguaia – ASSE – e com as secretarias municipais de saúde das cidades brasileiras fronteiriças. Esse arranjo complexo, porém fundamental, vem possibilitando o deslocamento de alunos e professores para os quatro departamentos uruguaios que fazem fronteira com o Brasil, onde acontecem as oficinas uma vez ao mês, assim como vem favorecendo a discussão de outras ações formativas e de cooperação técnica e o acompanhamento permanente das atividades do curso.
 
Como mostras da relevância da ação e de seu papel estratégico para o desenvolvimento de capacidades formativas, já se encontram em discussão dois outros projetos formativos que nascem no processo de organização e condução desse Programa de Formação. O primeiro está relacionado com a construção de um mestrado em Saúde Pública no Uruguai, a ser oferecido pela UDELAR com apoio da ENSP, voltado à formação docente para os serviços de saúde, numa perspectiva semelhante a dos mestrados profissionais. E o segundo, que se encontra em discussão no âmbito da cooperação técnica entre a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz e a Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, sobre a possibilidade de expansão do Programa de Formação para outras áreas de fronteira do Brasil.
 
Além de Frederico Peres, participam do Programa pela ENSP os professores Eduardo Melo, Gustavo Matta, Maria de Fátima Lobato e Rosa Rocha, do DAPS, Fernando Verani e Cosme Passos, do DEMQS, e Pedro Lima, do CEPI-DSS.

STF declara inconstitucionalidade da norma federal que disciplina uso do amianto crisotila

Por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou improcedente, na sessão de quinta-feira (24), a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3937, ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) contra a Lei 12.687/2007, do Estado de São Paulo, que proíbe o uso de produtos, materiais ou artefatos que contenham quaisquer tipos de amianto no território estadual. Os ministros também declararam, incidentalmente (a declaração de inconstitucionalidade incidental se dá nos fundamentos da decisão, em situações em que não figura como pedido principal formulado na ação), a inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Federal 9.055/1995, que permitia a extração, industrialização, comercialização e a distribuição do uso do amianto na variedade crisotila no País. Assim, com o julgamento da ADI 3937, o Supremo julgou inconstitucional o dispositivo da norma federal que autoriza o uso dessa modalidade de amianto e assentou a validade da norma estadual que proíbe o uso de qualquer tipo. "O amianto não pode mais ser usado. O STF não pode proibir porque essa medida cabe ao legislativo, mas o 2º artigo foi extirpado da esfera jurídica. Agora, cabem às Assembleias Legislativas dos estados que permitem o uso da fibra apressarem as leis de banimento", afirmou Fernanda Giannasi, fundadora da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea).
 
"Hoje, o que se observa é um consenso em torno da natureza altamente cancerígena do mineral e da inviabilidade de seu uso de forma efetivamente segura, sendo esse o entendimento oficial dos órgãos nacionais e internacionais que detêm autoridade no tema da saúde em geral e da saúde do trabalhador”, destacou o ministro Dias Toffoli. Ele ressaltou ainda que, reconhecida a invalidade da norma geral federal, os estados-membros passam a ter competência legislativa plena sobre a matéria, nos termos do artigo 24, parágrafo 3º, da Constituição Federal, até que sobrevenha eventual nova legislação federal acerca do tema.
 
Na sessão desta quinta-feira (24), os ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Cármen Lúcia (presidente) formaram a maioria ao seguir o voto do ministro Dias Toffoli. Ficaram vencidos o ministro Marco Aurélio (relator) e o ministro Luiz Fux, que julgavam a norma paulista inconstitucional. O ministro Alexandre de Moraes ficou parcialmente vencido, pois votou pela improcedência da ação, porém sem a declaração incidental de inconstitucionalidade da regra federal.
 
Uma luta de 30 anos
 
Giannasi, que é ex-auditora do Ministério Público do Trabalho e atuou em fiscalizações na indústria do amianto, revelou que a sensação é do dever cumprido. "Não encaro a decisão do Supremo com surpresa porque essa é uma luta de três décadas e está há 16 anos em debate no STF. Apesar do longo período, observamos muita maturidade e conhecimento dos juízes pelos votos proferidos. Estamos satisfeitos e entendemos a medida advém do trabalho de diversos atores sociais, vítimas, familiares, colegas e técnicos comprometidos com essa luta; e falo da Fiocruz, que na figura do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP/Fiocruz), foi parceria do movimento social desde o primeiro momento. Foi a instituição que assumiu o compromisso acolhendo a Abrea e nos permitiu chegar onde chegamos ontem”, afirmou.
 
Ações de vigilância
 
Na opinião do médico pneumologista e diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Hermano Castro, ao mesmo tempo que decisão do STF deve ser comemorada, impõe responsabilidade para o setor saúde. Principalmente na vigilância.
 
"A decisão do Supremo, mesmo que atrasada, é importante e traz responsabilidade para a área de vigilância. O Brasil utilizou e ainda utiliza muitas toneladas de amianto, o que provoca grande exposição aos trabalhadores, ao ambiente e à sociedade. É neste momento que devemos investir em programas de vigilância porque o risco de câncer, principalmente o mesotelioma, permanece pelo período de latência da doença após a exposição, que pode levar 20, 30 ou 40 anos”, afirmou Hermano.
 
Ele destacou a necessidade de um protocolo para diagnóstico e registro de câncer para acompanhar os expostos. “Nos países europeus que baniram o amianto, o pico do mesotelioma será em 2020, e isso está se comprovando por la”, alertou.

Com informações da página eletrônica do STF.

Aula inaugural do Programa de Bioética da ENSP recebe José Luis Fiori nesta sexta-feira (1º/9)


Nesta sexta-feira, 1º de setembro, o Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva (PPGBIOS), receberá o cientista político e professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) José Luis Fiori, que apresentará a aula inaugural com o tema Guerra, paz e ética internacional: relatos de uma pesquisa. A atividade terá início às 9 horas, no salão internacional da ENSP, com a apresentação do PPGBIOS aos novos alunos, seguida da apresentação de Fiori. A atividade é aberta a todos e não necessita de inscrição prévia. O Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva é desenvolvido pela ENSP em associação ampla com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense e (UFF) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Segundo o coordenador do PPGBIOS, Sergio Rego, vivemos um tempo em que os tradicionais conceitos de guerra e paz estão permanentemente sendo resignificados. Segundo ele, a formalidade da decretação da guerra entre Estados parece ser coisa do passado, enquanto o conceito de guerra assimétrica e guerra econômica, entre outros, são cada vez mais importantes.

“Seja qual for o tipo e intensidade do conflito, a comunicação é parte fundamental e a definição de guerra justa parece cada vez mais assumir importância no processo de comunicação, na busca por justificar a guerra. Da mesma maneira, o uso da linguagem retórica e da desumanização dos inimigos são parte essencial para a promoção do desengajamento moral e a conquista da simpatia do público”, explicou o coordenador.

De acordo com Sergio, a discussão que está proposta é relevante e particularmente significativa em tempos de guerras não declaradas e estimuladas pelos mais diversos interesses e motivos.  “O professor José Luis Fiori tem se dedicado ao tema nos últimos anos em atividades de pesquisa e docência na pós-graduação e será uma oportunidade fantástica de ouvir e discutir suas ideias”, destacou.

Sobre Jose Luis Fiori

Cientista político e professor, José Luis Fiori graduou-se em Sociologia e fez mestrado em Economia, pela Universidade do Chile, entre 1965 e 1973. Foi aluno de alguns dos principais autores da economia política estruturalista da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Doutorou-se em Ciência Política pela Universidade de São Paulo e hoje é livre-docente e professor titular de Economia Política Internacional do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

ENSP convida para as comemorações de 63 anos

Espaço Furnas Cultural

Projetos de Linhas de Transmissão Subterrâneas da Rede Básica


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

FGV Energia lança caderno de Biocombustíveis

No fim de 2016, o Ministério de Minas e Energia (MME) lançou o programa denominado RenovaBio, com o objetivo de estimular a produção de biocombustíveis no país e que apresenta propostas de mudanças estruturais amplamente discutidas com agentes do setor. Considerando as oportunidades criadas pelos compromissos assumidos no Acordo de Paris e pela nova regulação proposta pelo RenovaBio e as suas implicações na produção de biocombustíveis no Brasil, a FGV Energia lança, no dia 15 de setembro, às 14h, no auditório do edifício-sede da FGV, no Rio de Janeiro (Praia de Botafogo, 190 – Botafogo), o Caderno de Biocombustíveis.
O objetivo do estudo é levar essa discussão sobre combustíveis renováveis à sociedade brasileira. Para tal, a FGV Energia conversou com mais de 50 agentes do setor, entre representantes do Governo, associações empresariais, empresas, consultorias e academia, dos quais a maioria considera que as metas assumidas são factíveis e que o programa RenovaBio contribuirá para a retomada os investimentos.
Esta publicação da FGV Energia traz uma análise do panorama dos biocombustíveis no Brasil, assim como as principais questões do setor, de forma a fornecer informações para desenvolver uma visão clara, colaborando com a identificação de ações que maximizem o potencial nacional. O trabalho foi estruturado sob os seguintes blocos de análise: a proposta do RenovaBio; etanol e biodiesel; os novos biocombustíveis; panorama do setor, principais entraves e perspectivas de retomada dos investimentos.
Para mais informações e inscrições, acesse o site.

Vice-prefeito de São Paulo fala sobre reflexo da crise para gestão municipal

O vice-prefeito de São Paulo, Bruno Covas, participa do painel “Desafios para o Brasil: Os reflexos das crises econômica e política para a gestão municipal”. O evento será realizado nesta quinta-feira, 31 de agosto, às 10h30, no auditório do edifício-sede da FGV, no Rio de Janeiro (Praia de Botafogo, 190. Botafogo).
O evento, organizado pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) e pela EPGE – Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getulio Vargas, tem o objetivo de promover o debate público qualificado acerca dos desafios para as grandes cidades diante das restrições fiscais e crescentes demandas por serviços públicos.
A abertura do evento será realizada pelo presidente da FGV, professor Carlos Ivan Simonsen Leal. Os diretores Marco Aurelio Ruediger, da DAPP, e Rubens Penha Cysne, da EPGE, também participam do painel.
Para mais informações e inscrições, acesse o site.

Festival Cultura.RJ oferece mais de 200 atrações e promove ações em espaços culturais do Centro em circuito off-Rock in Rio

Festival Cultura.RJ oferece mais de 200 atrações e promove ações em espaços culturais do Centro em circuito off-Rock in Rio

Evento reúne mais de 30 instituições culturais públicas e privadas situadas entre o Porto, a Lapa e a Praça XV: circuito off-Rock in Rio para valorizar o Centro do Rio

Com o objetivo de oferecer uma série de programas culturais de qualidade para moradores e turistas que querem uma opção alternativa ao Rock in Rio, a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro - em parceria com a RIOTUR e mais de 30 instituições culturais - promove entre os dias 15 e 24 de setembro o Festival Cultura.RJ, em uma ação que integra história, arte e entretenimento. O evento oferece uma ampla programação nos teatros, salas de música, museus, casas de shows e praças localizados entre o Porto e a Lapa, trazendo vida cultural ativa ao centro da cidade, paralelamente ao festival Rock in Rio, durante o mesmo período. O projeto reúne mais de 30 pontos culturais dos bairros Lapa, Praça Tiradentes, Cinelândia, Castelo, Praça XV e a região do Porto.

O circuito cultural do Centro Histórico do Rio compreende diferentes roteiros que podem ser realizados a pé pelos visitantes e cariocas - passeios guiados conhecidos como walking tour - que resultam na experiência de conhecer importantes construções e marcos históricos da cidade. Fazem parte programação do Festival Cultural RJ ícones como o Theatro Municipal e a Sala Cecília Meireles, duas das mais importantes casas de espetáculo da cidade; museus e centros culturais como a Casa França-Brasil, o Museu Histórico-Nacional e o Paço Imperial. Casas de shows da Lapa, famosas pelas noites de samba e agenda cultural diversa, como o Circo Voador, a Fundição Progresso e o Rio Scenarium, espaços culturais como Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Museu do Amanhã, Teatro Sesi Centro, Escola de Música Villa-Lobos, além de teatros icônicos, como o João Caetano; galerias de arte, bares e restaurantes centenários completam a longa lista de atrativos que colaboram com a iniciativa.

O objetivo deste “circuitão” em setembro é atrair mais público para o Centro durante o Rock in Rio, seja para quem não vai curtir o festival, para aproveitar o grande fluxo de turistas na cidade e para manter a tradição do Centro como um grande palco da cultura carioca, além de valorizar o patrimônio histórico do Centro. A programação será no período de 15 a 24/09 reunindo mais de 200 atrações em diversas instituições públicas e privadas, entre museus, centros culturais, salas de música, teatros e casas de shows, além de ações artísticas especiais nas ruas e na escadaria de alguns dos espaços.

Já estão participando 30 instituições culturais, entre elas o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), a Sala Cecília Meireles, o Theatro Municipal, o Museu do Amanhã, Escola de Música Villa-Lobos, Museu da Imagem e do Som (MIS), Confeitaria Colombo, Rio Scenarium, Fundição Progresso, Circo Voador, Casa Franç-Brasil, entre outros.

100 kits para os primeiros a percorrer um roteiro com 10 espaços
Além das atrações culturais, uma ação especial foi criada pelos parceiros. Os 100 primeiros que visitarem 10 espaços ganharão um kit com produtos culturais dos parceiros, a ser retirado na Livraria da Travessa da Rua Sete de Setembro. O público deverá fazer um cadastro no site do evento até o domingo, dia 3/9, e imprimir o passaporte para buscar os carimbos que comprovam a visitação. Não serão aceitos carimbos repetidos.

Turismo histórico-cultural
Parceiros no segmento do turismo organizarão visitas guiadas gratuitas passando por esse circuito de espaços, com prédios históricos e monumentos no roteiro.

Serviço
Festival Cultura.RJ
15 a 24 de setembro

Página no Facebook:

#culturaparatodos
#festivalculturarj
#vemprorio

Espaços participantes

Instituições Culturais
Casa França-Brasil
Casa do Choro
Centro Carioca de Design
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro
Circo Voador
Escola de Música Villa-Lobos
Escola de Música da UFRJ
Fundição Progresso
Museu do Amanhã
Museu da Imagem e do Som
Museu Nacional de Belas Artes
Paço Imperial
Sala Cecília Meireles
Teatro João Caetano
Teatro Sesi Centro
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Espaços Privados e Ações Culturais Participantes
Bar Semente
Carioca da Gema
Confeitaria Colombo
La Esquina
Rio Scenarium
Fábrica Bhering
Livraria da Travessa
Rede Carioca de Rodas de Samba
Teatro Rival
Parceiros Institucionais
Secretaria de Estado de Cultura
Secretaria Municipal de Cultura
RIOTUR
Rádio 94 FM
FUNARJ
Polo Novo Rio Antigo
Sindicato de Bares e Restaurantes
SEBRAE RJ