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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Companhia Fiandeiros de Teatro."Noturnos"




O espetáculo resulta de uma pesquisa sobre invisibilidade social e traz para a cena três fragmentos de dramaturgia que dialogam, de maneira poética, com as várias situações vivenciadas pelos atores durante o processo de estudos sobre o universo dos moradores de rua.

A peça será apresentada no Rio de Janeiro (25 e 26) e Niterói (28 e 29). Em seguida, segue em turnê para São Paulo e Curitiba.

Em seus nove anos de existência, a Companhia Fiandeiros de Teatro vem desenvolvendo pesquisas e realizando trabalhos acerca da obra de autores pernambucanos. Ao longo dos anos, criou um repertório de espetáculos com base em estudos no campo da poética, da dramaturgia pernambucana, da musicalização e dos desdobramentos da interpretação do ator.

Seu novo espetáculo, Noturnos, é resultado de nove meses de intensa pesquisa e levanta discussões sobre a condição humana existente, não apenas no universo das ruas em suas várias instâncias, mas também numa sociedade regida cada vez mais por uma banalização do consumo. Três quadros compõem a peça: O presente, A cura e Salobre. Em cada quadro é possível identificar as referências relativas aos temas: violência, sexualidade, solidão e ociosidade, que foram identificados nas entrevistas e nas vivências dos atores em seu contato com as ruas e seus moradores. O título da peça, Noturnos, faz referência a esses seres que ressaltam nas ruas à noite, quando a cidade esvazia, e também faz referência ao tipo de designação musical que remete a reflexão, a um estado taciturno da alma.

“A cena de Noturnos é a representação dos escombros de uma sociedade doente em seus delírios de consumo, em suas neuroses e na sua solidão. A visão do homem contemporâneo como reflexo de sua incapacidade em ver a si mesmo, incapaz de perceber suas ruínas interiores e o desmoronamento de sua própria condição de humanidade.”
Diz André Filho, Diretor e autor da peça


Companhia Fiandeiros de Teatro desenvolve espetáculos com excelente repercussão desde 2003. Em seu repertório figuram premiados espetáculos, como “Vozes do Recife - um concerto poético”, O Capataz de Salema” e “Outra Vez, Era Uma Vez...”. Nesse mês de setembro, o público carioca e fluminense terá quatro oportunidades para prestigiar o mais novo feito dessa companhia de pesquisa recifense: Noturnos. Em seguida, o espetáculo será apresentado em São Paulo e Curitiba.


FICHA TÉCNICA
Texto e Direção: André Filho
Elenco: Daniela Travassos, Karine Gaya, Jefferson Larbos, Manuel Carlos e Samantha Queiroz.
Sonoplastia: André Filho/Charly Jadson
Execução de luz: Gabriel Santos
Direção de Arte: Manuel Carlos
Direção de Produção: Daniela Travassos
Produção executiva: Renata Teles
Assessoria de Imprensa: Moretti Cultura e Comunicação


SERVIÇO
Espetáculo: NOTURNOS (Cia. Fiandeiros de Teatro Recife-PE)
Texto e direção: 
André Filho
Classificação etária: 16 anos

SERVIÇO – Rio de Janeiro
Local: Teatro Glaucio Gill (Praça Cardeal Arcoverde, s/n - Copacabana)
Dias: 25 e 26 de setembro 
Horário: terça às 21h e quarta às 20h
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$10,00 (estudantes, artistas e idosos)
Informações: 21 2332-7904

SERVIÇO – Niterói
Local: Café Teatro Papel Crepom (Rua Mariz e Barros, 296 - Niterói)
Dias: 28 e 29 de setembro
Horário: 20h
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$10,00 (estudantes, artistas e idosos)
Informações: 21 2711-4657

Informações complementares: Fiandeiros, a Cia


Fundada em Recife, a Companhia Fiandeiros de Teatro iniciou seus trabalhos em 2003, tendo como foco o estudo do Teatro para Infância e Juventude. Formada por músicos, atores, artistas plásticos e arte-educadores, a Companhia procura mesclar em seus trabalhos, a harmonia dos elementos de cena a partir da linguagem trazida por cada um de seus componentes.

Como fruto de sua primeira pesquisa surgiu o texto Outra vez, era uma vez...., escrito por André Filho, que em 2004 obteve o 2º lugar no Prêmio Funarte de Dramaturgia- Região NE, na categoria Teatro para infância e juventude. No mesmo ano, o grupo se dedica à montagem do espetáculo Vozes do Recife - um concerto poético. A pesquisa teve como norte a obra de cinco poetas pernambucanos: Ascenso Ferreira, João Cabral de Melo Neto, Joaquim Cardozo, Manuel Bandeira e Carlos Pena Filho.  Com esse espetáculo, participou de diversos Festivais e Eventos, excursionou pelo interior de Pernambuco e em janeiro de 2005, recebeu os prêmios de melhor espetáculo e melhor direção para André Filho, na mostra paralela do Festival Janeiro de Grandes Espetáculos.

Ainda no mesmo ano, o Grupo se dedica a uma nova pesquisa, a convite do Centro Cultural Benfica, espaço vinculado a UFPE, sobre a dramaturgia de Joaquim Cardozo através da realização da leitura dramatizada da Peça: O Capataz de Salema. A pesquisa prosseguiu para dar vida à montagem do mesmo espetáculo, cerca de dez meses depois. Após cumprir temporada em Recife, o Capataz de Salema, através da Caravana Funarte de Teatro, realizou curtas temporadas em quatro capitais do Nordeste. Ainda com o Capataz de Salema, a Companhia recebeu os prêmios de Melhor Cenário, Melhor Iluminação e Melhor Ator Coadjuvante (Manuel Carlos), no Festival Janeiro de Grandes Espetáculos, e os prêmios de Melhor Iluminação e Especial do Júri para o Coro de Parcas, no Festival de Teatro do Rio de Janeiro.

Dando continuidade ao primeiro estudo iniciado pela Companhia sobre a linguagem do teatro para infância e juventude, a Companhia Fiandeiros no ano de 2008 estréia a montagem do texto,. A peça, que foi inicialmente pensada para ser o ponto de partida da Companhia, acabou por comemorar os cinco anos de atividade artística do Grupo, fazendo temporadas na cidade do Recife e participando de diversos Festivais no Nordeste. O espetáculo foi o grande premiado do Festival Janeiro de Grandes Espetáculos realizado em janeiro de 2009, no qual, após concorrer a nove categorias, ganhou os prêmios de melhor cenário, melhor maquiagem, melhor trilha sonora, melhor figurino, melhor diretor, melhor espetáculo e especial do júri como estímulo a dramaturgia para infância e juventude. No mesmo ano, a Companhia Fiandeiros recebe o prêmio Myriam Muniz de Teatro para a realização do projeto: Fiandeiros Repertório, que levou à cena os três espetáculos da Companhia, além da realização de oficinas, palestras e debates.

Ainda em 2009, o espetáculo Outra Vez, Era Uma Vez..., é convidado pela curadoria do Festival Recife do Teatro Nacional para ser o represente de Pernambuco na categoria Teatro para Infância no Festival. Em 2010 a Companhia Fiandeiros, em parceria com o Sindicato dos Artistas – SATED, abre em sua sede (inaugurada em Julho de 2009) a Escola de Teatro Fiandeiros, com 01 ano de duração e 14 disciplinas profissionalizantes na área de Teatro.  No mês de maio recebe o incentivo do Governo do Estado, através do FUNCULTURA, para dar início à sua nova pesquisa: Paralelas do Tempo- A Teatralidade do “não ser”, que realizou estudos acerca dos moradores de rua da cidade do Recife, com duração de 10 meses. Nesse período, a Companhia mergulhou no universo dos moradores de rua, e a partir deste mergulho surgiram três fragmentos de dramaturgia: O PRESENTE, A CURA e SALOBRE, gerando assim o embrião do seu quarto trabalho, o espetáculo: Noturnos, que fez sua estréia em outubro de 2011 e participou da Mostra Capiba, em Recife e dos Festivais de Artes Aldeia Yapoatan (Jaboatão – PE) e Aldeia Olho D’Água dos Bredos (Arcoverde-PE), todos realizados pelo SESC Pernambuco.

Em 2012 participou do Festival Janeiro de Grandes Espetáculos, no qual recebeu as indicações de melhor ator e atriz coadjuvante (Manuel Carlos e Daniela Travassos) e foi agraciado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz para circular pelas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Curitiba.