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segunda-feira, 17 de março de 2014

MMM PROMOVE ESTREIA EM BH DE DOCUMENTÁRIO SOBRE OBRA DE CILDO MEIRELES




Filme dirigido por Marcela Lordy acompanha o artista plástico na busca do som das águas para
suas esculturas sonoras. Evento será quinta-feira, 20 de março, às 19h30, no MMM, com entrada franca

Para a programação cultural Toda Quinta e Muito MMMais e o Dia Mundial da Água, comemorada no dia 22 de março, o Museu das Minas e do Metal – no Circuito Cultural Praça da Liberdade e que tem como mantenedora a Gerdau – promove na quinta-feira, 20 de março, às 19h30, nova edição do programa “Língua Afiada”, desta vez com a estreia em Belo Horizonte do documentário “Ouvir o rio: uma escultura sonora de Cildo Meireles” (Brasil, 2012, 79 min.), seguida de bate-papo com a diretora Marcela Lordy. Produzido pelo Itaú Cultural em coprodução com a Movie&Art, o filme mergulha no trabalho do artista plástico na busca do som das principais bacias hidrográficas brasileiras, assim como das águas processadas pelo homem. A entrada franca.

Marcela Lordy e equipe acompanharam o artista plástico em seu trabalho de construção da obra sonora “RIO OIR”, criada a partir do jogo e da articulação entre palavras e conceitos. Um vinil, que tem de um lado as águas, e de outro, risadas. O filme é o relato das viagens que Cildo fez, seja das cataratas de Foz do Iguaçu (PR) à pororoca de Macapá (AP) ou do Parque das Águas Emendadas (DF) à foz do rio São Francisco (SE e AL). Após a captação, o áudio foi levado a estúdio para a junção dos vários trechos, combinados à cacofonia das águas residuárias e às gargalhadas humanas.

O filme revela o processo de criação do artista, que constrói uma escultura sonora num momento em que a civilização ocidental está cada vez mais imagética e menos suscetível à fisicalidade de outros sentidos e, no limite, da própria natureza. A trilha sonora original, composta por Sergio Kafejian, inspira-se nas paisagens brasileiras por onde a expedição passou: ora cria uma dança singular entre as cordas do violão e o movimento das águas, ora se confunde com os ruídos do próprio ambiente, trazendo o silêncio como elemento de jogo.

Ouvir o rio: uma escultura sonora de Cildo Meireles revela a relação dos habitantes dessas regiões com a água e potencializa a percepção entre o som e a imagem. Cildo, visto em plena atividade, encontra nova forma de exprimir a relação da humanidade com esse elemento essencial à vida. O trabalho começou com um caráter puramente poético e sonoro, mas acabou ganhando dimensões políticas dentro de um tema de importância planetária. Desde o seu lançamento, o filme já participou de diversos festivais e mostras no Brasil, Argentina, França, Rússia, China, Colômbia, Chile e Canadá.

Há mais de 40 anos, o carioca Cildo Meireles tem se afirmado como voz única na arte contemporânea, construindo uma obra impregnada pela linguagem internacional da arte conceitual, mas que dialoga de maneira pessoal com o legado poético do neoconcretismo brasileiro de Lygia Clark e Hélio Oiticica. Seu trabalho pioneiro no campo da arte da instalação prima pela diversidade de suportes, técnicas e materiais, apontando quase sempre para questões mais amplas, de natureza política e social. No pavilhão que leva o seu nome no Centro de Arte Contemporânea Inhotim (MG), há três de suas instalações: “Através” (1983-1989), “Desvio para o Vermelho: Impregnação, Entorno, Desvio” (1967-1984) e “Glove Trotter” (1991).
                                                                                                                         
Marcela Lordy nasceu e mora em São Paulo (SP). Graduada em cinema pela FAAP, foi assistente de direção de diversos cineastas. Em 2002, estudou direção de atores na Escuela Internacional de Cine y Televisión (EICTV) em Cuba e começou a desenvolver projetos autorais. Em 2010, filmou os vídeos do monólogo “Louise Valentina”, com a atriz Simone Spoladore, que ganharam vida própria e tornaram-se o curta “Sonhos de Lulu”. Em 2012, filmou o curta “Aluga-se”. No ano seguinte, fez parte da comissão de seleção do 24º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo. Para a TV, dirigiu episódios da série infantojuvenil “Julie e os fantasmas”, da Mixer, vencedora do International Emmy Awards 2012. Atualmente prepara seu primeiro longa de ficção, “A origem da primavera”, adaptação da obra “Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres”, de Clarice Lispector.

A programação cultural Toda Quinta e Muito MMMais é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Rouanet), do Ministério da Cultura, com patrocínio da Gerdau.


SERVIÇO

Língua Afiada – Estreia do documentário “Ouvir o rio: uma escultura sonora de Cildo Meireles” (Brasil, 2012, 79 min.), seguida de debate com a diretora Marcela Lordy
  • Data: 20 de março de 2014, quinta-feira
  • Local: Museu das Minas e do Metal
  • Horário: 19h30
  • Classificação etária: 12 anos
  • Entrada franca