Debate discute o projeto e sua relação com a cidade
Como a população percebe os espaços culturais da cidade? E como se dá a apropriação destes espaços por produtores e artistas locais? Essas são algumas das questões presentes no Café Controverso: Quatro Anos de Circuito Cultural – Desafios e Perspectivas, cuja discussão aborda a trajetória do Circuito Cultural da Praça da Liberdade, desde a sua criação, em 2010, e o trabalho desenvolvido no que diz respeito ao acesso, fruição e participação dos diversos públicos.
O debate será realizado no sábado, 29 de março, às 11h, na cafeteria do Espaço do Conhecimento UFMG e contará com as presenças da Gerente Executiva do Circuito Cultural da Praça da Liberdade, Cristiana Kumaira, e do Professor Titular do Instituto de Geociências da UFMG, Ralfo Matos.
O Circuito Cultural da Praça da Liberdade reúne 10 espaços que trazem uma programação variada entre exposições, debates, palestras e até apresentações musicais. De acordo com Cristiana Kumaira, Gerente Executiva do projeto, cada centro cultural tem autonomia para definir as próprias atividades. “Os espaços são bem democráticos e as ações realizadas estão de acordo com o perfil específico dos museus, o que determina também o público interessado”, contextualiza.
Dialogando com a cidade
O professor Ralfo Matos (UFMG), pesquisador que trabalha com temas relacionados a indicadores de pobreza e desigualdade socioespacial, analisa a relação da população com a Praça da Liberdade do ponto de vista da localização geográfica e do próprio projeto arquitetônico dos prédios do complexo. ”Grande parte do público, por força da realidade econômica e social, não se sente à vontade nestes espaços com caráter de ‘monumento’. Eles causam certo efeito esmagador na percepção do cidadão comum”, pontua.
O professor observa que, embora a praça tenha um histórico importante na vida da cidade, como a feira de artesanato realizada no local até meados dos anos 80, entre outras atividades realizadas, pessoas de outras localizações ainda estão longe de desenvolver algo parecido com uma apropriação do espaço. “Acredito que a maioria dos que desenvolvem essa relação de pertencimento estão no entorno da Praça”, conclui.
Segundo Kumaira, o projeto do Circuito é recente, o que representa novos desafios, no entanto, ela avalia de forma positiva a atuação nestes primeiros quatro anos. “É um processo constante de construção e a adesão das pessoas é cada vez maior. Acredito que isso se deve ao fato de termos uma programação bem diversa, que vai além do entretenimento, incluindo atividades de formação e da abertura para intervenções através de editais como o Circuito Aberto”, diz.
O Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes através da utilização de recursos museais. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates. Integrante do Circuito Cultural Praça da Liberdade, o Espaço do Conhecimento é fruto da parceria entre a operadora TIM, a UFMG e o Governo de Minas. O Espaço conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG.
Serviço
Café Controverso: Quatro Anos de Circuito Cultural – Desafios e Perspectivas
Data: 29 de março, 11h
Local: Espaço do Conhecimento UFMG - Circuito Cultural Praça da Liberdade
Entrada Franca
Mais informações: www.
