III CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL - ABRASME
Aperreios e Doidices: saúde mental como diversidade,
subjetividade e luta política
Tema
central:
"Aperreios e
Doidices: saúde mental como diversidade, subjetividade e luta
política".
Os autores que inscreverem trabalhos para
qualquer atividade (apresentação oral, Livro de Resumos, cursos, oficinas,
apresentações culturais) devem indicar em qual Eixo Temático melhor se
inserem.
Eixo 1 - Formação e a Produção do
Conhecimento em Saúde Mental
Produção do conhecimento: ensino, educação permanente e
pesquisa. Modelos de avaliação CAPES/CNPq no ensino de pós-graduação. Formação
em saúde mental no contexto do SUS. Supervisão e formação em serviço. Políticas
indutoras de transformação das práticas.
Eixo 2 - Políticas em Saúde Mental:
Primazia do Público Sob(re) o Privado
Abordar as crescentes e distintas formas de
terceirização do sistema de saúde em geral e da saúde mental em particular,
assim como a precarização do trabalho e da gestão, as denominadas parcerias
público-privado, as transferências de recursos públicos para o privado, os
subsídios públicos aos planos de saúde, as OS’s, OSCIP’s, as cooperativas, a
renúncia fiscal para as filantrópicas, a desvinculação dos recursos da União
(DRU) e temas análogos.
Eixo 3 - Práticas integrativas e
complementares no contexto da Atenção Psicossocial
Saúde mental comunitária, massoterapias, novas formas
de intervenção e abordagem, promoção de saúde mental, arte como intervenção
terapêutica, redes sociais de apoio, reiki, fitoterapia, recursos terapêuticos
da comunidade, espiritualidade, saberes e práticas populares
Eixo 4 - Cidadania: Participação
Social e Construção dos Sujeitos
No final dos anos 1970, os movimentos sociais
intensificam a sua luta contra a ditadura militar, reivindicando seus direitos,
entre eles, o movimento de reforma sanitária que luta por “Direito à saúde” para
todos, envolvendo entidades como Centro Brasileiro de Estudos de Saúde,
Movimento de Renovação Médica, Ordem dos Advogados do Brasil, Associação
Brasileira de Imprensa, Comunidades Eclesiais de Base, associações comunitárias,
entre outras. No mesmo período surge o Movimento dos Trabalhadores em Saúde
Mental no ano de 1978 e, em 1987, se transforma no Movimento Nacional de Luta
Antimanicomial radicalizando sua luta ao incorporar os usuários dos serviços de
saúde mental e seus familiares na luta pelo direito à saúde mental e ao adotar o
lema “Por uma Sociedade sem Manicômios”. Nos últimos anos, os movimentos sociais retomam a
sua mobilização lutando pela re-politização do SUS. Os atores políticos envolvem
desde os conselhos de saúde, as mobilizações da reforma psiquiátrica e reforma
sanitária, da luta antimanicomial, a incorporação na luta pelo direito à saúde
com um papel de destaque para o Ministério Público e Defensorias na defesa dos
direitos, a luta pela extinção dos manicômios judiciários, práticas co-gestivas
e de emancipação. Ainda ampliam a discussão sobre a violação aos Direitos
humanos em saúde mental, gestão autônoma da medicação e a luta contra o estigma
e exclusão social.
Eixo 5 - Linhas de Cuidados e suas
abordagens, sentidos e práticas em Saúde Mental
Frente a novas formas de sofrer próprias aos tempos atuais, abordar experiências clínicas inovadoras com grupos sociais que passam a ser objeto da atenção psicossocial, tais como idosos, população em situação de rua, indígenas, trabalhador (a) s do sexo, LGBT, imigrantes clandestinos, etc.
Eixo
6 - Processo de Trabalho no cotidiano dos serviços: experiências
exitosas em Saúde Mental
Aborda as questões do trabalho em saúde mental, com
ênfase no processo de trabalho e subjetividade; na atuação da equipe
multiprofissional e interdisciplinar com seus saberes e práticas, considerando o
cuidado integral a partir da interlocução da saúde mental com a rede de serviços
assistenciais, intersetoriais, no território e junto as comunidade. Nesse
contexto, destacam-se temas como, apoio matricial, participação da
família/cuidadores no trabalho em SM, ações em rede e intersetoriais, a inserção
do usuário como protagonista no processo de cuidar. Busca discutir, ainda, a
precarização do trabalho em saúde mental no Sistema Único de Saúde (SUS), a
organização dos trabalhadores de saúde mental.
Eixo 7 - Drogas e Cultura: um Enfoque
Socioantropológico
No atual contexto dos
problemas relacionados ao abuso de Substâncias Psicoativas (DROGAS), novos e
antigos dilemas ainda se tensionam. Impulsionado pela falácia da “epidemia” de
Crack, setores políticos tradicionais e midiáticos pressionam pelo financiamento
público de comunidades ditas “terapêuticas”, centradas na doença, na segregação
e exclusão dos usuários de drogas. Enquanto os serviços de atenção psicossocial
sofrem com a falta de investimentos, seja para melhoria das condições de
trabalho, seja para articular novos equipamentos sociais e de saúde como: os
consultórios de rua, unidades de desintoxicação em hospital geral e casas de
passagens, assim como ações mais concretas de redução de danos. Discursos
higienistas, internações compulsórias e involuntárias põem de lado a discussão
sobre os problemas relacionados à comercialização e a propaganda das drogas
lícitas: álcool, tabaco, medicamentos. O apelo moral concernente ao uso de
drogas desconsidera os laços sociais e culturais destas substancias com a
humanidade, prejudicando ações mais resolutivas de prevenção e tratamento ao uso
problemáticos de drogas pela sociedade.
Eixo 8 - Diversidade Cultural,
Formação Artístico-cultural e a Desinstitucionalização
É
notório como as ações artísticas e culturais vêm colaborando para a construção
de um outro olhar para os modelos e as abordagens na área da saúde mental e
atenção psicossocial, bem como contribuindo no fortalecimento de uma nova visão
de política pública onde o respeito a identidade e a diversidade cultural
contribuem no fomento de um país mais democrático, no sentido de incluir,
socializar, descentralizar e potencializar o direito à criação e a produção. A
Organização dos Grupos de trabalho prevê alguns eixos que tratam dos avanços,
dificuldades e desafios enfrentados nas seguintes esferas: Arte e cultura no
campo da saúde mental; Iniciativas Culturais; Trabalhos artisticos-culturais e
geração de renda; Arte como promoção de saúde, vida, saúde mental e expressão
cultural; Formas de vida e cultura; Regionalismo e saúde mental; Direitos
Humanos e Diversidade cultural.
Eixo 9 -
Saúde Mental e Saúde Suplementar: a
doença como mercadoria ou direito à Saúde
Abordar a concepção do processo saúde-doença no âmbito
da saúde suplementar, experiências assistenciais relacionadas a rede suplementar
(planos de saúde e seguro saúde), mercantilização da doença e do sofrimento,
saúde suplementar e direito à saúde, universalidade, integralidade, subsídios
públicos à saúde suplementar, as contradições e impasses entre o SUS e a saúde
suplementar,
Eixo
10 -Medicalização Social
O marketing da
loucura e a construção social das psicopatologias. A formação dos profissionais
de saúde mental segundo os critérios dos
Manuais de Diagnóstico hoje hegemônicos, e os desafios para o aprofundamento da
desinstitucionalização psiquiátrica. Experiências de movimentos sociais de luta
contra a medicalização da vida.
Eixo
11 - Gênero e Sexualidade
Diferenças de
gênero, modos de adoecimento e políticas públicas de saúde mental. Diversidade
sexual, cidadania e processos de subjetivação. Violência de gênero e sofrimento
mental (homofobia, violência doméstica, discriminação, estígma).
Eixo 12
- Determinação Social no Campo da Saúde Mental
Abordar a relação
entre saúde mental e modo de vida. É importante ressaltar que esse último não
deve ser entendido simplesmente como os comportamentos do individuo perante a
saúde mental, mas refere-se aos aspectos simbólicos dos acontecimentos sociais
da vida cotidiana apreendidos sob a perspectiva sócio histórica. Nesse contexto,
alguns temas se destacam: Qualidade de vida; Proteção e Promoção da saúde;
Processos de Trabalho; Acesso aos bens e serviços; Intersetorialidade; Violência
social; Migração; Equidade em saúde mental; Situação de rua; Marginalização;
Territorialização e Epidemiologia em saúde mental.
PROGRAMAÇÃO
Grade-sínteseHORÁRIO | 07/06/2012 (Quinta) |
08/06/2012 (Sexta) |
09/06/2012 (Sábado) |
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07h30min | Credenciamento (Dia todo) | Credenciamento | |
08h30min - 10h30min | Cursos, Oficinas, Reuniões e Encontros | Rodas de Conversas | Rodas de Conversas |
Tenda de Arte- Cultura | Tenda de Arte- Cultura | ||
10h30min - 12h30min | Grandes Debates |
Grandes Debates | |
Tenda de Arte- Cultura | Tenda de Arte- Cultura | ||
12h30min - 14h | ALMOÇO | ALMOÇO | ALMOÇO |
14h - 16h | Cursos, Oficinas, Reuniões e Encontros |
Rodas de Conversas | Rodas de Conversas |
Tenda de Arte- Cultura | Tenda de Arte- Cultura | ||
16h - 18h | Mesas Redondas |
Mesas Redondas | |
Tenda de Arte- Cultura | Tenda de Arte- Cultura | ||
18h30min | Conferência de Abertura (tema central) |
FESTA DO CONGRESSO | Cerimônia de Encerramento |