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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Semana da Economia Criativa- em Recife

Em constante evolução, a sociedade vem se adequando naturalmente às situações que se apresentam. Para Ana Carla (Cainha) Fonseca, membro da REDE de REPENSADORES, a economia criativa vem se reafirmando como solução para o momento de crise que estamos vivenciando e é um caminho sem volta. Mas o que é a economia criativa? “É uma economia baseada na criatividade para desenvolver produtos e serviços com valor agregado. Ela reconhece que o grande diferencial econômico é a criatividade humana, associada ou não aos recursos tecnológicos”, explica.
Exemplos práticos da economia criativa estão surgindo todos os dias e as startups frequentemente são bons cases para exemplificar. O Uber reinventou um modelo tradicional de negócios, agregando um alto valor aos serviços prestados. Mas nem só de start ups vive a economia criativa. Exemplo disso é o Personal Pechincha, um serviço profissional de negociação de preços. A fundadora do projeto, Cristiane Vieira, percebeu que tinha habilidade para negociar e conseguir bons descontos. Resolveu fazer disso uma fonte de renda, abriu sua empresa e atualmente ajuda seus clientes a negociarem melhores preços para qualquer tipo de compra: desde festa de casamento até mensalidade escolar. A remuneração é feita em cima dos descontos conquistados para os clientes.
O mundo corporativo precisa estar atento a esse movimento. O número de empresas que estão se unindo às startups vem crescendo exponencialmente. Sinal de que as grandes organizações estão entendendo que é imprescindível buscar parcerias com empreendedores inovadores, como meio de superar as adversidades. “Esse é um caminho sem volta e em evolução constante. Eu entendo que é algo que beneficia a todos e, portanto, inevitável que permaneça”. Muito mais do que responsabilidade corporativa, Cainha entende que é questão de sobrevivência. “É natural que as empresas façam contenção de despesas em tempos de crise, mas isso não pode de forma alguma sacrificar a sobrevivência do negócio a longo prazo. A estratégia deve ser aproveitar o momento para investir em criatividade e superar a fase difícil de hoje para manter-se competitivo no futuro”, afirma.
Do ponto de vista individual, é vital que os profissionais acompanhem esse movimento e estejam abertos para novas ideias e inspirações. “Não é uma escolha, é uma necessidade real”, diz Cainha. Ela comenta que todos os estudos mais profundos sobre o futuro do trabalho indicam que apenas as profissões relacionadas à criatividade e à inteligência social sobreviverão à automação. “A inteligência artificial chega cada vez mais próximo, desempenhando atividades que antes não pareciam possíveis. Exemplo disso é a função de reconhecimento automático dos seus amigos em fotos do Facebook. Há alguns anos, isso seria inconcebível. Hoje é fato”, afirma.
Novas profissões vão surgir, assim como surgiram os gamers mais recentemente. Entender esse momento de mudança e o potencial da economia criativa significa, para o profissional, buscar novas oportunidades de negócios em trilhas inovadoras, que ele tenha competência e paixão por esbravar. Esse é o caminho para se manter competitivo.
ANA CARLA (CAINHA) FONSECA
Profissional de referência em economia criativa, cidades criativas e negócios criativos, é Administradora Pública (FGV); Economista, Mestre em Administração, Doutora em Urbanismo pela USP (primeira tese do país sobre cidades criativas) e professora no Brasil, na Argentina e na Espanha. Liderou projetos em multinacionais por 15 anos, na América Latina, em Londres e Milão. É diretora da Garimpo de Soluções, consultora e conferencista em cinco línguas e 30 países e assessora para a ONU. Escreveu livros inovadores, como Economia da Cultura e Desenvolvimento Sustentável (Prêmio Jabuti 2007) e Cidades Criativas (finalista do Prêmio Jabuti 2013). Concebeu e realizou projetos de inteligência coletiva nas cidades, comoCriaticidades e Sampa CriAtiva. É membro do Corpo Mundial de Peritos da UNESCO, da Rede deRepensadores e da Virada Sustentável. Venceu o Prêmio Claudia 2013, em Negócios e foi apontada pelo jornal El País Brasil como uma das oito personalidades brasileiras que impressionam o mundo.
REDE de REPENSADORES
A Rede de Repensadores congrega pessoas de diferentes áreas e especialidades para repensarem e juntas influenciarem positivamente a transformação do mundo em que vivemos.
É formada por profissionais diferenciados em suas áreas de atuação, com conhecimentos, reflexões e atuação inovadora, o que possibilita olhares múltiplos sobre a mesma questão: como ser, viver, trabalhar, conviver melhor e de forma sustentável e responsável neste mundo em transformação.
Visa aproximar pessoas com diferentes perfis – profissionais da moda, arquitetura, urbanismo, tecnologia, pesquisa, antropologia, economia criativa, design, sustentabilidade, jornalismo, educação, terceiro setor, dentre outros – a fim de viabilizar a discussão e a troca de ideias, assim como a concretização e a realização de projetos colaborativos.