Café Controverso debate a relação entre patrimônio e arte de rua
A cidade é um ambiente em constante transformação. As mudanças ocorrem em função das diferentes formas de apropriação que seus habitantes fazem do espaço urbano ao longo do tempo. Algumas vezes, no entanto, a forma como essa apropriação se dá pode gerar conflitos. O pixo, por exemplo, apesar de possuir um forte aspecto político de resistência das minorias sociais, é considerado crime ambiental pela Constituição Brasileira.
Recentemente essa forma de expressão foi amplamente questionada após a pichação da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, considerada patrimônio histórico do país. O ato gerou grande repercussão nas diversas mídias sociais, colocando em lados opostos aqueles que entendem que o patrimônio histórico deve ser preservado a todo custo e aqueles que defendem o direito à liberdade de expressão dos pichadores.
Enquanto as pichações são criminalizadas, outros tipos de arte de rua, como o grafite, vão ganhando cada vez mais aceitação popular e ocupando, inclusive, galerias de arte; o que nos leva a perguntar se é possível que as artes de rua e o patrimônio histórico possam coexistir harmoniosamente dentro das cidades.
Para debater sobre o assunto, o Café Controverso de maio apresenta o tema “Patrimônio e arte de rua”, com as convidadas Michele Arroyo, Presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e Ludmilla Zago, professora da FUMEC, pesquisadora da Faculdade de Direito da UFMG e diretora da Borda – Convivência, Cidade, Pesquisa. O evento integra a programação da 14ª Semana dos Museus e acontecerá no dia 21 de maio, às 11 horas da manhã, na cafeteria do Espaço do Conhecimento. A entrada é gratuita.
Semana dos Museus
Entre 16 e 22 de maio, o Espaço do Conhecimento UFMG participa da 14ª Semana Nacional de Museus. O evento, já consolidado na agenda cultural do país, é promovido
pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) e propõe, este ano, o tema “Museus e paisagens culturais”. Participam do evento 1.236 instituições brasileiras. Em consonância com as reflexões provocadas pelo tema, o Espaço do Conhecimento elaborou uma programação diversificada que perpassa temas como grafite e pixo, danças urbanas, ocupação de espaços públicos, direito à cidade e a alimentação saudável, patrimônio material e imaterial e produção audiovisual. No total, são quatro rodas de conversa, um Café Controverso, duas exposições na Fachada Digital, três oficinas e um Minicurso Fulldome - mídia audiovisual imersiva, muito utilizada em planetários. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público.
O Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes por meio da utilização de recursos museais. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates. Integrante do Circuito Liberdade, o Espaço do Conhecimento é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo de Minas. O Espaço conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG, da Rede de Museus e Espaços de Ciências e Cultura da UFMG e está subordinado à DAC – Diretoria de Ação Cultural da UFMG.
Serviço:
Café Controverso – Patrimônio e Arte de Rua
Data: 21 de maio de 2016, às 11h
Entrada gratuita
Local: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700.