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quarta-feira, 25 de maio de 2016

OcupaENSP: estudantes promoverão dia de debates sobre a crise

O Fórum dos Estudantes da ENSP promoverá, na quarta-feira, dia 1º de junho, uma série de eventos dedicados a discutir a atual crise política e o cenário de ameaça aos direitos dos cidadãos brasileiros. Com o nome OcupaENSP, a programação prevê um "Aulão pela democracia", na parte da manhã. À tarde, será realizado um debate com o tema "Qual o papel do sanitarista no momento político atual?", e prevista, ainda, uma assembleia de estudantes e atividades culturais.
 
- Nós queremos convocar a todos para participarem desse dia de manifestação pela democracia, contra a perda de direitos e contra os ataques ao SUS, informaram os integrantes do Fórum.
 
Na segunda-feira, dia 30, haverá uma oficina aberta de cartazes, às 12h, no espaço dos alunos, localizado no segundo andar (dentro do antigo restaurante).
 
 
Com a crise política na pauta do dia, diversos debates têm sido promovidos na Fiocruz para análise da conjuntura e avaliação das mudanças que vêm ocorrendo no campo da Saúde Pública, com sucessivas medidas que retiram direitos conquistados de trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde. Na quarta-feira, 25 de maio, pela manhã, uma roda de conversa no Centro de Recepção do Museu da Vida deu voz a diversos trabalhadores e estudantes da Fiocruz para expressarem suas preocupações e avaliações sobre o atual momento político. A presidente do sindicato que representa os servidores da Fiocruz, ASFOC, Justa Helena, ao abrir o debate, anunciou a realização de uma assembleia geral no dia 2 de junho. Em seguida, as falas se concentraram em temas como as ameaças ao SUS e a seguridade social, com mudanças legais no campo da Saúde e da Previdência, além da necessidade de superação de divergências políticas ou corporativas diante do atual cenário.
 
- Eu fui e serei oposição ao governo Dilma, mas não é hora de marcar posição sobre isso. E precisamos dialogar com as pessoas que não querem ser confundidas com governistas. Precisamos ter uma unidade que parta de diferentes posicionamentos sobre o que foi o governo Dilma, lembrou Cátia Corrêa Guimarães, da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio.
 
Márcio Bóia, do Instituto Oswaldo Cruz, citou as demissões na Empresa Brasileira de Comunicação para explicitar a gravidade do momento que o país vive.
 
- Ninguém está preparado para viver o dia a dia de um golpe de Estado. Esse pode ser, inclusive, muito pior do que o de 1964. Quando há uma quebra da Constituição, é um dever de todo cidadão organizar a resistência. Estão fazendo um balão de ensaio para saber até onde podem chegar. Com o que aconteceu na EBC, o governo promovendo mudanças em seu comando, a Fiocruz pode se tornar a bola da vez. Por isso, pode durar uma semana, um ano, dois ou dez, mas nós vamos resistir, disse Márcio.
 
Hermano Castro, diretor da ENSP, falou da importância de se manter a mobilização, principalmente em razão do papel da Fiocruz na defesa da saúde da população.
 
- O que estamos vendo é o retorno da ditadura. Mesmo que a gente consiga pequenas vitórias, é preciso nos mantermos organizados para resistir aos ataques aos nossos direitos. Aqui é o lugar de defender o SUS, e é o que temos que fazer nesse momento.
 
Encerrada a discussão, um grupo de trabalhadores e estudantes da Fiocruz se dirigiu, para uma foto, à estátua do sanitarista Sergio Arouca carregando um cartaz. Nele, lia-se uma mensagem condenando, classificando ilegítimo e pedindo o fim do governo de Michel Temer.