A Fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), promove, no dia 3 de abril, das 9h às 18h, no auditório do edifício-sede, no Rio de Janeiro, o seminário “A elaboração do orçamento de Defesa em tempos de crise: os casos da Alemanha, do Brasil, da França e dos Estados Unidos”. O evento trará ao Rio especialistas nacionais e estrangeiros para discutir como os governos, os militares, a indústria e a comunidade acadêmica se articulam, em seus respectivos países, na elaboração do orçamento de defesa.
O debate, que será realizado no âmbito do Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Assuntos Estratégicos de Interesse Nacional (Pró-Estratégia), financiado pela CAPES, apontará os desafios geopolíticos de cada nação, suas especificidades institucionais – tais como o sistema de governo e o padrão de relações civis-militares, a organização da indústria de defesa, suas vantagens competitivas, escala, concentração geográfica e influência política – e contextos de crise econômica e retração fiscal, os quais têm sido recorrentes desde 2008.
Segundo Octavio Amorim Neto, professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da FGV (EBAPE), que — ao lado do vice-diretor da Escola, professor Alvaro Cyrino — coordena o seminário, é preciso discutir como cortes orçamentários devem ser feitos, de modo a não comprometer a capacidade de defesa de um país.
“Esta será uma oportunidade para debatermos como potências militares decidem o orçamento de defesa em tempos de crise. Quando se trata de questões dessa ordem, não basta fazer um corte linear. É preciso preservar a capacidade de ação das forças armadas. Por isso, vamos analisar as boas práticas neste setor”, explicou.
Um ponto de destaque nas discussões será o papel dos think tanks independentes no que tange à elaboração e implementação da política de defesa. Outro aspecto relevante nas discussões será o papel dos investimentos em defesa e segurança internacional de países pacifistas.
“A Alemanha e o Brasil têm, em comum, o fato de serem nações pacifistas. Vamos provocar um debate sobre como o orçamento e a indústria de defesa se organizam em países que têm tal orientação como eixo da sua política externa”, acrescentou o professor Octavio Amorim Neto, salientando a participação do General de Brigada Richard Fernandez Nunes, comandante da ECEME; do professor da ECEME Carlos Coelho; e do Coronel Carlos Eduardo de Franciscis Ramos na organização do encontro.
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