O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, esteve na sede da FGV na última sexta-feira, 14 de julho, para falar sobre perspectivas econômicas e políticas públicas no Brasil. O evento, promovido pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) e pela EPGE - Escola Brasileira de Economia e Finanças, foi aberto pelo presidente da FGV, professor Carlos Ivan Simonsen Leal. Participaram também da mesa, o Professor Marco Aurelio Ruediger, diretor da DAPP, e o Professor Rubens Penha Cysne, diretor da EPGE.
Considerado um dos principais responsáveis pela retomada, ainda que tímida, da economia brasileira, Henrique Meirelles falou sobre o que foi feito pela equipe econômica para superar a maior recessão da história do Brasil. “A economia começa o seu processo de retomada e nós estamos acompanhando isso de uma forma bastante rigorosa”, destacou o ministro, no início de sua apresentação.
A palestra de Meirelles focou nas medidas que estão sendo tomadas para esta retomada e sobre as reformas econômicas que estão sendo propostas. O ministro apresentou indicadores antecedentes que demonstram que a atividade econômica apresenta crescimento nos últimos três meses e que essas indicações mostram que o Brasil saiu do período recessivo e que é o momento de se começar a pensar quanto o país passará a crescer.
O ministro também destacou sobre a trajetória de queda da inflação, em especial a dos alimentos e ressaltou que a dinâmica inflacionária do país deve ficar próxima da meta de 4% e que isso é fundamental para que o Banco Central possa dar um alívio nas condições monetárias.
Na sequência, Meirelles falou sobre a agenda de reformas econômicas. Ele destacou, primordialmente, a importância da aprovação do teto de gastos por dar o parâmetro necessário para a discussão de todas as demais reformas estruturais, como a trabalhista – já aprovada – e as que ainda estão em curso, como a da previdência e a tributária, bem como as reformas microeconômicas (regulação setorial, controle fiscal e redução do spread bancário).
Em seguida, Meirelles falou sobre as previsões do PIB. Ele apresentou dados que apontam que o Produto Interno Bruto brasileiro cresceu, de 1994 a 2013, na média de 3,3% ao ano e que as reformas propostas irão permitir que na próxima década o Brasil possa crescer entre 3,5 e 4% ao ano.
“Nós estamos tomando as medidas necessárias para garantir a estabilidade da economia. Em primeiro lugar: inflação caindo, ajuste fiscal, metas rigorosas. Em consequência, os fundamentos econômicos têm melhorado nos últimos meses e estamos comprometidos com a redução do papel do estado e com a criação de um ambiente favorável à produção. As reformas estruturais para aumentar a produtividade do país e a ideia é construir um novo ciclo de crescimento que possa oferecer oportunidades de investimento no futuro”, concluiu.