Dirigida por Pádua Teixeira, peça traz Amália Freud ao teatro Marília
Espetáculo é um monólogo que conta uma parte da vida de Amália Freud
A peça ‘Frau Amália Freud’, dirigida por Pádua Teixeira, estreia em Belo Horizonte com quatro sessões, nos dias 26, 27, 28 e 29 de outubro, no Teatro Marília. O espetáculo estrelado por Beth Grandi é um monólogo que aborda a vida de Amália Freud a partir do ano 1900, quando ela tem 64 anos.
O texto foi escrito pela consagrada autora Ísis Baião e toda a trajetória de Amália no monólogo está ligada aos fatos da vida do seu primogênito, com quem mantinha uma relação apaixonada, embora nem sempre entendesse as “invenções” do filho genial, que às vezes lhe pareciam perigosas “extravagâncias”.
Durante o espetáculo, Amália conta as conquistas gloriosas de “Sig”, mas também expõe as suas fraquezas, sobretudo no amor. Neste quesito, o Dr. Freud não era um homem seguro como se poderia imaginar.
Para Beth Grandi, foi prazeroso e desafiante construir este trabalho. “A ideia surgiu do meu filho que é psicólogo. Achei interessante e comecei a reunir os profissionais que me ajudariam a desenvolver o projeto. Fizemos vários estudos sobre o assunto e estamos empolgados. Esperamos que o público goste”, afirma.
A trilha sonora original é de Leandro Grandi e Guto Grandi.
Serviço
Peça – Frau Amália Freud
Dias de apresentação: 26, 27, 28 e 29 de outubro
Horário: Quinta, sexta e sábado às 20h; domingo às 19h
Onde: Teatro Marília - Avenida Professor Alfredo Balena, nº586, Santa Efigênia.
Ingresso: R$ 40,00 a inteira e R$ 20,00 meia; R$ 15,00 (Sinparc – bilheteria Mercado das Flores).
Sinopse
Esta história tem raízes na realidade, mas é uma ficção. Começa em 1900, quando Amália tem 64 anos e seu filho, Sigmund Freud, lança o livro que seria considerado sua obra prima, A Interpretação dos Sonhos. Toda a trajetória de Amália neste monólogo está ligada aos fatos da vida do seu primogênito, com quem mantinha uma relação apaixonada, embora nem sempre entendesse as “invenções” do filho genial, que às vezes lhe pareciam perigosas “extravagâncias”.
Mulher bonita, vaidosa, de temperamento forte (“típica judia asquenaze”) e extremamente determinada, inclusive a continuar viva... Sofre de tuberculose, doença mortal na época, mas só vai morrer aos 95 anos. Numa das vezes em que é internada, Amália permanece muitos dias em coma. À beira da morte, ela repassa a sua vida: a partir de 1860, quando, aos 25 anos, na cabine de um trem, está a caminho de Viena com o marido, Jacob Freud, e os filhos “Sig” e Anna, esta, ainda bebê. Em Viena, no bairro judeu de Leopoldstadt. Amália e Jacob terão mais quatro filhas e um filho. Este flash back abrange boa parte da trajetória de Amália/Sigmund, indo até 1898, ano em que assassinam a Imperatriz da Áustria, Sissi, que ela admira e com quem se identifica.
Mãe apaixonada, Amália conta as conquistas gloriosas de “Sig”, mas também expõe as suas fraquezas, de amor sobretudo. Nesta matéria, o Dr. Freud não era um homem seguro como se poderia imaginar. Ao contrário, o amor e o desejo por Martha Bernays o enlouquecem, tornando-o obsessivo e tirânico.
Durante a trajetória de Frau Amália Freud, a Áustria passa por grave crise econômica, época em que o anti-semitismo cresce perigosamente. “Somos os bodes expiatórios. Eles odeiam cada vez mais os judeus, que já não são só mascates e agiotas, são filósofos, poetas, músicos, escritores, editores”, comenta ela com a amiga Berta.
Amália, a personagem, relata outros acontecimentos até a sua morte.