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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Artigos: Esquizofrenia



A esquizofrenia é um dos quadros psicóticos mais importantes e se caracteriza pelo que, no senso comum, podemos chamar de mente dividida. Clinicamente, a esquizofrenia manifesta-se de formas diferenciadas, mas algumas características aparecem de forma habitual. 

É comum observar-se incoerência afetiva e de pensamento, afastamento da realidade e atividade delirante. A esquizofrenia é um distúrbio das associações que regem o pensamento, por isto o pensamento do esquizofrênico não apresenta lógica.

A esquizofrenia pode aparecer em qualquer idade e é uma doença crônica que evolui em surtos ou crises que são intercaladas com períodos de melhora. As formas mais conhecidas de esquizofrenia são: esquizofrenia paranóide, hebefrênica, catatônica, a simples e a residual. Os pacientes esquizofrênicos enfrentam sintomas muito complicadores e podem adquirir seqüelas denominadas “defeito esquizofrênico”, que é uma característica que os torna estranhos, com uma feição demencial. Uma pessoa que sofre de esquizofrenia apresenta uma queda severa em seu desempenho social, prejuízos na capacidade de trabalho e atividades cotidianas e indiferença aos estímulos afetivos. 

Fatores orgânicos, como a transmissão genética e alterações bioquímicas, são muito importantes na gênese da esquizofrenia mas, como grande parte das doenças, ela pode ser encarada como conseqüência de um conjunto de fatores orgânicos, psicológicos e sociais. O tratamento é feito com medicamentos conhecidos como neurolépicos ou antipsicóticos, que reduzem o tempo de duração do surto e permitem que cada vez menos pacientes voltem a apresentar os sintomas da síndrome. 

A colaboração da família é fundamental para o controle e evolução da doença e, muitas vezes, é importante que o paciente passe por uma psicoterapia, para que adquira mais conhecimentos a respeito da sua nova condição e para que consiga, mais rapidamente, uma readaptação ao convívio social.

Ela chega silenciosamente e ataca o cérebro! A esquizofrenia é uma doença caracterizada pela medicina como uma perturbação, onde a pessoa passa a ter comportamento amplamente desorganizado  e acaba envolvendo uma série de disfunções  cognitivas e
emocionais,  que atacam a percepção, o raciocínio lógico, a linguagem e a comunicação, o controle comportamental, o afeto, a fluência e produtividade do pensamento, o impulso e atenção. A professora de psicanálise  da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)  Rosilene  Caramalac , explica  os principais sintomas da doença: as alucinações que podem ocorrer na modalidade auditiva, visual, olfativa, gustativa e tátil. “Os delírios bizarros são considerados especialmente característicos da esquizofrenia”, explica a professora.
A desorganização do pensamento pode acontecer nas situações em que a pessoa salta de um assunto para o outro; as respostas podem não estar relacionadas com as perguntas , o discurso pode ser incompreensível. Com relação ao comportamento desorganizado, podem aparecer dificuldades no desempenho da vida diária , por exemplo ao preparar as refeições ou até mesmo manter a higiene do corpo. Segundo Caramalac, “os comportamentos catatônicos incluem uma diminuição acentuada na reatividade ao ambiente, podendo alcançar uma total falta de consciência”.
Pesquisadores norte-americanos estudam as causas da doença e dão passos importante para identificar as causas biológicas da esquizofrenia , transtornos que vem a cada dia atingindo cerca de 60 milhões de pessoas no mundo. Só no Brasil, a doença atinge cerca de 1,8 milhão de pessoas, tanto adultos, jovens como  crianças.  Uma equipe coordenada pelo neurocientista Fred Gage, do Instituto Salk, na Califórnia, realizou pesquisas através das células de pele de pessoas com a doença , chamadas de células-tronco de pluripotência induzida (iPS). Essas células foram depois convertidas em neurônios , uma das variedades de células do tecido cerebral. É a primeira vez que se conseguem criar, a partir de células de seres humanos vivos, pois antes só podiam ser analisadas depois da morte. Para Gage “esse modelo não apenas nos dá a oportunidade de olhar para neurônios vivos de pacientes com esquizofrenia e de pessoas saudáveis, como também deve permitir entender melhor os mecanismos da doença e, avaliar medicamentos que podem revertê-la”, afirma.
Um problema que desenvolve lentamente, a pessoa e nem mesmo a família percebem, mas  quando comportamentos se manifestam é preciso agir rapidamente para ser controlado com medicamentos. Quando se diz em “saída da esquizofrenia” a professora fala que “não devemos pensar em uma cura no sentido da previsibilidade de que o sujeito nunca mais surtará , mas sim em uma estabilidade do sujeito”, ressalta.