O psicólogo Júlio Groppa Aquino, mestre e doutor em Psicologia escolar pela USP, livre-docente da Faculdade de Educação desta Universidade, é um dos nomes mais controvertidos da esfera educacional; ele é famoso por suas discussões acaloradas e opiniões apimentadas sobre temas ligados a este campo.
Júlio não só traça um retrato fiel e meticuloso desta situação, mas principalmente aponta respostas que procuram solucionar esta problemática complexa. Seus estudos estabelecem que a indisciplina é um fator diagnosticado tanto por educadores quanto pelos quadros familiares; os que reclamam de sua ocorrência alegam que no mundo contemporâneo a educação é uma tarefa espinhosa.
Segundo este profissional, se nem mesmo o problema da entrada dos potenciais estudantes na esfera educacional foi solucionado, que dirá sua constância na trajetória educacional e, mais ainda, a conquista do saber. Quanto aos meios pedagógicos alternativos, como os oferecidos por Organizações Não-Governamentais, ele aponta a inexistência de um plano político-pedagógico e o amadorismo de muitas destas entidades.
Groppa concorda que a educação pode ser classificada como formal, quando é praticada por educadores no ambiente escolar; não formal complementar, sempre que for realizada pelas Ongs; e informal, no âmbito doméstico e familiar. Porém, ele alerta quanto á necessidade de distinguir suas diferentes faces, para que assim o exercício pedagógico não formal e o informal, ainda que sejam significativos, não arrebatem da práxis escolar sua singularidade.