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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

EXPOSIÇÃO SUPERFÍCIES SENSÍVEIS REÚNE TRABALHOS DE JOVENS ARTISTAS CONTEMPORÂNEOS NA CAIXA CULTURAL RIO DE JANEIRO

Em cartaz na CAIXA Cultural Rio de Janeiro até  4 de março, a mostra coletiva Superfícies sensíveis | Pele | Muro | Imagem apresenta  fotografias, vídeos e pinturas de 21 jovens artistas contemporâneos brasileiros realizados no início do século XXI.

Sob curadoria de Ícaro Ferraz Vidal Jr. e Laila Melchior, a exposição aborda a temática da superfície como potência, possibilidade crítica e estética, apresentando obras que estão conectadas ao passado de nossa arte ao mesmo tempo que indicam rotas para o futuro. O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

Description: C:\Users\Raquel\Documents\Superfícies Sensíveis\imagens press\Iris Helena _Notas Públicas II, 2013.JPG

Description: C:\Users\Raquel\Documents\Superfícies Sensíveis\imagens press\Yuri Firmeza_Ação 3..jpg


A pele, o muro e a imagem articulam-se de diferentes modos nas obras selecionadas, discutindo as fronteiras entre o corpo e a cidade, bem como suas tensões e desafios cotidianos. Investigadas pelo olhar dos artistas, essas camadas do mundo despontam como áreas paradigmáticas, zonas de atrito e penetração, percebidas não como fragmentos invisíveis do cotidiano, mas como focos privilegiados de nossa atenção: a pele é o maior órgão do corpo e quase todo contato humano é realizado com sua mediação; o muro abriga os corpos e delimita interditos por força de sua extensão, comunica e separa diferentes tipos de espaços; as imagens, por sua vez, habitam o mundo de tal modo que ora é possível e somos convidados a atravessá-las, ora se transformam em barreiras intransponíveis.

Description: C:\Users\Raquel\Documents\Superfícies Sensíveis\imagens press\Manoela Medeiros_Ruínas.jpg

Description: C:\Users\Raquel\Documents\Superfícies Sensíveis\imagens press\Milena Travassos_No parapeito.jpg


Segundo os curadores Vidal Jr. e Laila Melchior a exposição desloca, desde o seu título, o privilégio concedido historicamente ao que se encontra na profundidade do mundo. “O uso corriqueiro e moralizante do adjetivo superficial para desqualificar uma pessoa ou coisa supostamente desprovida de valores testemunha o privilégio correntemente atribuído ao profundo. Se tendemos a opor o superficial e o profundo nos mesmos termos em que opomos o dentro e o fora, o alto e o baixo, Nietzsche, por outro lado, ao elogiar os gregos, embaralha os pares desta oposição afirmando que eles seriam ‘superficiais - por profundidade!’", afirmam. “Restituir a sensibilidade às superfícies é estender ao mundo o que Paul Valèry já havia belamente percebido no humano: que o que há de mais profundo é a pele", complementam os curadores.

Exposição Superfícies sensíveis | Pele | Muro | Imagem
Curadoria: Ícaro Ferraz Vidal Jr. e Laila Melchior,
Artistas: Alexandre Vogler, André Parente, Bruno Baptistelli, Felipe Morozini, Fernanda Gomes, Fernando Gonçalves, Filipe Acácio, Iris Helena, Járed Domício, Juliane Peixoto, Katia Maciel, Manoela Medeiros, Matias Mesquita, Milena Travassos, Néle Azevedo, Raoni Shaira, Raphael Couto, Ricardo Theodoro, Yana Tamayo, Yuli Yamagata e Yuri Firmeza.

CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 3
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô e VLT: Estação Carioca)
Telefone: (21) 3980-3815
Visitação: de 10 de janeiro a 4 de março de 2018
Horário: de terça-feira a domingo, das 10h às 21h
Entrada franca
Classificação indicativa: 14 anos
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal
Acesso para pessoas com deficiência