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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Artigos: John Dewey e a Escola Nova


Poderíamos estar falando em tirar coelhos da cartola, ou, ainda de fazer nascer dinheiro em árvores, porém é muito mais do que mágica... Despertar o interesse da criança em aprender o que o programa escolar lhe propõe.
Seria muito cômodo para o professor não se preocupar com mais nada, a não ser a mera tarefa de repetir o conteúdo das disciplinas do programa escolar, para seus alunos. Porém este comodismo para DEWEY e seus seguidores não era o bastante.
Baseando-se na proposta de DEWEY, Escola Nova, temos a posição educativa em que:
Filosofia e Educação não podem ser separadas uma da outra, são indissociáveis;
O cruzamento do filosófico, do educativo e político é, portanto, um dos traços mais característicos.
Partindo do ponto inicial, que é o aluno, e que sua aprendizagem vai depender diretamente do interesse que ele venha a ter pelos conteúdos, podemos dizer que é de grande importância e prioritário que a escola deva considerar, alguns itens:
• Ensinar aos alunos a viverem no mundo em que encontraram;
Priorizar os interesses desses alunos, a partir de suas necessidades e experiências;
A pratica docente deve estar baseada na liberdade do aluno e este deve elaborar suas próprias certezas, seus próprios conhecimentos e regras;
O professor deve oferecer uma orientação que propicie ao aluno o contato com situações novas, estimulando a organização das experiências e possibilitando a criança dirigir seus impulsos para um caminho inteligente;
O método de ensino, nas escolas, deve priorizar a descoberta, a reflexão e a experimentação dos seus alunos;
Os conteúdos programáticos apresentados através de questões problemas, jamais devem ter respostas e soluções prontas, pois desta forma irá impedir que seu aluno caminhe com seus próprios pés.
A escola deve ter um programa educativo bem democrático, podendo fazer adaptações ou mudanças que favoreçam seus alunos:
► Educação como necessidade social;
Educação constituída pelo processo natural e social que permita aos grupos humanos manter e transmitir suas crenças, idéias e conhecimentos;
Educação deve ser para formação de pessoas que estejam, prontas para ação, e de serem capazes por si mesmas, pela pesquisa ou pela atuação, encontrar os caminhos para o seu lugar na sociedade;
A educação como intercambio de experiências que se dará por meio da comunicação entre os indivíduos, uma vez que a compreensão do mundo, advinda da experiência, adquire significado através da linguagem.
Todas estas considerações vêm de uma base teórica, da fundamentação da proposta educacional de DEWEY. Que esta baseada no conceito de “experiência”, a escola é o espaço ideal para que se manifestem as experiências que as crianças já possuem; o ambiente é mais do que propicio para estas crianças incorporem as novas experiências que serão adquiridas na aprendizagem.
Afinal, quando um aluno chega à escola, não chega com grande vazio, e sim cheio de experiências que a vida lhe deu.  
 
Pragmatismo – Doutrina de Charles Sanders Peirc, filosofo americano (1839-19140), cuja tese fundamental é que a idéia que temos de um objeto qualquer nada mais é se não a soma das idéias de todos os efeitos imagináveis atribuídos por nós a esse objeto, que possam ter um efeito pratico qualquer;
Pragmaticismo – Doutrina segundo a qual a verdade de uma profissão é uma relação totalmente interior a experiência humana, e o conhecimento são um instrumento a serviço da ação, tendo o pensamento, caráter, puramente finalístico: a verdade de uma proposição consiste no fato de que ela seja útil, tenha alguma espécie de êxito ou de satisfação.

Com base na obra lida, podemos observar que o interesse é o ponto mais importante para que a aprendizagem e educação ocorram na vida de nossos alunos.
O interesse não é adquirido de forma consciente, devemos promover condições que sejam estimulantes e até curiosas, para que desta forma possa despertar o interesse do aluno, que surgirá naturalmente.
A educação é, portanto uma necessidade social. Os seres humanos necessitam ser educados para que se assegure a continuidade social.Desta forma, a educação se constitui num processo natural e social que permite aos grupos humanos manter a sociedade democrática. Afinal de conta a DEMOCRACIA é o nome do processo continuo de libertação da inteligência.
“O problema de educadores, mestres, pais e do próprio Estado, em matéria de educação, é fornecer ambiente no qual as atividades educativas se possam desenvolver”.
“Onde essas atividades existam, existe sempre a necessidade vital que à educação importa” (VIDA E EDUCAÇÃO, DEWEY, P. 85).