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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Seminário Memórias do Holocausto



A UniversidadeFederal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO está propondo oSeminário Memórias do Holocausto, a ser realizado nos dias07, 08 e 09 de maio de 2012.


O evento,desenvolvido por iniciativa de vários Professores de Centros (CLA,CCH e CCJP) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO,desenvolve-se em parceria com o Instituto dos Advogados Brasileiros - IAB,em suas duas sedes. No dia 07 de maio de 2012, na Avenida MarechalCâmara, nº 210, 5º andar - Centro, e no dia 08 de maio noCentro Cultural do IAB - Rua Teixeira de Freitas, 05/301, Lapa, voltando nodia 09 de maio a se realizar na sede da Marechal Câmara. 


O Semináriocontará com amplo envolvimento da comunidade acadêmica, com aparticipação de vários Centros da UNIRIO, bem como compalestrantes e organizadores da Universidade Federal Fluminense,Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade de SãoPaulo e Universidade de Brasília, UFRJ E UERJ.


O objetivo centraldo Seminário é proporcionar debates acadêmicosrelacionados ao Holocausto como fato seminal da modernidade ocidental,analisando seus impactos políticos, sociais, econômicos ejurídicos. Trata-se de atividade que congrega os três pilaresda Universidade - ensino, pesquisa e extensão -, oferecendo aopúblico acadêmico e à comunidade em geral amemória que, ao não se apagar, pode nortear asações presentes.


O Holocausto


Apesar denão ter sido o primeiro genocídio do século XX, oHolocausto - do grego, sacrifício pelo fogo -, levado àfrente pelo regime nazista alemão (1930-1945), assumiu estruturas eprocessos próprios, expondo ao ocidente em escala antesinimaginável seu próprio arsenal de destruição.Em seis anos, de 1939 a 1945, foram exterminados mais de seismilhões de pessoas, dentre elas um milhão e quinhentas milcrianças.
Intelectuais detoda parte o compreenderam inicialmente como a emergência de umabarbárie tipicamente não-moderna, contrária àcivilização racional e pacífica que supostamente sedesenvolvia em todo o hemisfério ocidental. Em especial aanálise dos autores filiados à Escola de Frankfurt inverteuesse diagnóstico, reconhecendo o Holocausto como um genocídiotipicamente moderno, organizado sob a mesma racionalidade industrial quelevou a produção em série capitalista aos seus maisaltos níveis de produtividade. Por outro lado, da perspectivapolítica e jurídica, o genocídio foi analisado como umdos componentes do arsenal de uma política irracional deobtenção da adesão das massas que pode ou nãoter deitado raízes na Kultur ocidental.


Ascontrovérsias intelectuais sobre os fatores causais do Holocaustosão inúmeras e a continuidade dos esforços destinadosa compreendê-lo é crucial para o entendimento dos rumos atuaisda modernidade. O Holocausto vitimou sistematicamente sobretudo judeus, masdestinou-se a extinguir outras minorias - ciganos e deficientesfísicos e mentais -, atingindo também negros, mestiçose homossexuais. Serviu à perseguição políticados comunistas e à discriminação religiosa. Provocouainda um deslocamento imenso de populações ameaçadas.Valeu-se, sem dúvida, de imensos capitais e conhecimentologístico para a construção de prisões, camposde concentração e de extermínio, vigilância eperseguição.
Com impactosimediatos destruidores em vários âmbitos - famílias,cidades, estruturas políticas e jurídicas,organizações sociais e políticas, bensartísticos -, o nazismo produziu reações. Deu ensejoà criação da Organização dasNações Unidas e à Carta das NaçõesUnidas, voltada para a defesa de direitos humanos universais; ao Tribunalde Nuremberg, para julgar os crimes de guerra do Nazismo em basesinternacionais; provocou a reestruturação do sistemapolítico e jurídico em vários países.


Taisinstituições, entretanto, não puderam significaraté então a eliminação dos genocídios nomundo ocidental, a inclusão pacífica de outras etnias,culturas, de imigrantes. Também a extensão da modernidade aohemisfério oriental, contribuindo para a queda de regimesautoritários, não representa qualquer garantia deemancipação humana. Debater o Holocausto, suasmemórias, e suas relações com as estruturas depensamento e institucionais da modernidade é, portanto, central paraos rumos do século XXI.

Programação
 

 7 deMaio
10h Solenidade deAbertura
Doutor Daniel Klabin
 DoutorFernando Fragoso, Presidente do IAB
 Excelentíssimo SenhorDoutor Luiz Fux, Ministro do STF
 Doutora Malvina Tuttman,Coordenadora do Seminário
10:30 Conferência de Abertura:O Insulto do    Holocausto
Doutor Arnaldo Niskier,ABL
11:45 Peça O ESPIÃO, deBertold Brecht
Luciano Maia, CLA/Unirio
13:30 O Direito e oHolocausto
Jackson Grossman, FIERJ/IAB/ANAJUBI,Mediador.
 Menelick de Carvalho Netto, Professor Associado, UNB
Argemiro Cardoso Moreira Martins, Coordenador PPGD/UNB
 Rogerio Dultrados Santos, Coordenador PPGDC/UFF
16:00 ApresentaçãoMusical
Violinista Ayram Nicodemo emúsicos, UNIRIO
8 de Maio
9:30 Palestras eExibição de Filme
"Um Desafio Superado: Os atores e oHolocausto",    por Jane Celeste Guberfain
Exibição do FilmePEQUENA ANNE, MEMÓRIAS    DO CAMPO.
 Texto eDireção Geral de Gláucia Flores y Reyes, Ano: 2011,   RJ.
Palestra "Trauma eDesestruturação    Psíquica", por Sofia déboraLevi, UFRJ, CNPIR/CONIB.
13:30 Depoimentos
Roza Rudnik, Aleksander Henriklacks eSamuel Rozenberg.
 Sofia Débora Levy, Mediadora
15:30 O Brasil e osRefugiados
Vera Lúcia Bogêa Borges,Historiadora,    CP II, Mediadora
 Fabio Koifman, Historiador,Professor da UFRRJ
 Laura Rónai, Doutora e Professora deMúsica, UNIRIO
 Jeronymo Movschowitz, Historiador,UERJ.
17:00 Conjunto Música Antiga,UFF.
9 de Maio
9:30 Holocausto eMemória
Nelson Kuperman; Randolpho Gomes,IAB. Mediadores
 Luís Edmundo de Moraes, Historiador,NEUP/UFRRJ
 Katia Lerner, FIOCRUZ
 Bernardo Sorj,Sociólogo, UFRJ/CEPS
 Michel Gherman, Co-CoordenadorNIEJ/UFRJ
14:00 Holocausto e o DiálogoInterreligioso
Paulo Cavalcante, UNIRIO, Mediador
 Diane Kuperman
 Pe. Jesus Hortal
 Babalao Ivanir dosSantos
16:00 Conferência deEncerramento.
Doutor Roberto Kant de Lima, UFF,UGF, Coordenador    do INCT-InEAC
17:30 Orquestra Barroca, UNIRIO