Uma espécie de árvore nativa do Rio de Janeiro, a guarajuba (Terminalia accuminata), havia sido dada como extinta na natureza pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) - organização que é autoridade mundial em listas vermelhas. Só se conheciam cinco indivíduos adultos vivos no mundo, cultivados no arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, além das mudas que o JBRJ fez dessa espécie e enviou para outras instituições no Brasil – uma tentativa de salvá-la da extinção total.
Mas ainda havia esperança de que se conseguisse encontrar a guarajuba em alguma mata remanescente. E foi isso o que aconteceu em julho de 2015. O pesquisador Caio Baez, bolsista do Centro Nacional de Conservação da Flora – Jardim Botânico do Rio de Janeiro, identificou alguns indivíduos dessa espécie no Parque Municipal do Grumari, a partir de informações do colega Pablo Viany. A identificação definitiva foi feita posteriormente pela pesquisadora Elsie Guimarães (JBRJ).
Antes dessa descoberta em Grumari, não havia registros de guarajuba na natureza desde 1942. Foram 73 anos sem que os botânicos conseguissem encontrar essa árvore carioquíssima, que foi muito explorada no passado na fabricação de embarcações e móveis.