A teoria do petróleo abiótico busca elaborar de modo diverso a formação e composição do petróleo e do gás natural. Atualmente, a explicação mais aceita pela comunidade científica em geral está na teoria dos combustíveis fósseis. Nela, o petróleo é um combustível fóssil, que apareceu na pré-história geológica há 500 milhões de anos, originário da decomposição de plantas e animais mortos. Os organismos vivos morreram, foram soterrados, comprimidos e aquecidos sob pesadas camadas de sedimentos na crosta terrestre que se acumularam durante longos períodos, onde sofreram transformações químicas até formar o petróleo e o gás natural.
Acredita-se que o geólogo russo Mikhailo Lomonossov formulou esta teoria pela primeira vez em 1757, mas, um questionamento comum sobre seus estudos é que não se sabe exatamente quais foram as observações que fizeram com que Lomonossov chegasse a esta conclusão. Outro ponto controverso está na afirmação, pelos críticos, de que nunca foram encontrados fósseis de animais ou plantas nas reservas de petróleo.
Tais questionamentos serviram de base para a construção da teoria do petróleo abiótico, que sustenta que este não tem origem fóssil mas sim química, o que significa que ele seria continuamente produzido de forma natural. A maior consequencia disso, caso tal teoria fosse comprovada, seria a de deitar por terra a questão chamada de “peak oil”, ou seja, o fim das reservas de petróleo.
Para sustentar a teoria do petróleo abiótico, várias conceitos foram sendo formados, como:
- a renovação das reservas de petróleo, que segundo alegam, deveriam já estar na maioria esgotadas por volta dos anos 70; a explicação para isso seria a produção incessante de petróleo abiótico no interior do planeta.
- a quantidade de petróleo extraída nos últimos 100 anos já teria superado a quantidade que poderia ser formada pela teoria predominante, ou seja, não há material vegetal e animal suficiente para produzir tanto petróleo como o que foi até hoje obtido.
- a origem das grandes reservas de petróleo surgiriam no lugar de contato ou de deslocamento das placas tectônicas. Ali existiriam inúmeras fendas, indício de que o petróleo viria do interior da Terra, migrando vagarosamente através das aberturas para a superfície.
- condições semelhantes àquelas que predominam nas profundezas do planeta teriam sido reproduzidas em laboratório, onde foi possível produzir metano, etano e propano, provando que os hidrocarbonetos podem formar-se no interior da Terra através de simples reações inorgânicas – e não pela decomposição de organismos mortos.
- há ainda a alegação de que, após 500 milhões de anos o petróleo não poderia permanecer tão “fresco” no solo, como ainda se apresenta, pois as moléculas de carbono já teriam se decomposto. Assim, petróleo extraído seria recente, caso contrário já se teria volatilizado há muito tempo.
A teoria do petróleo abiótico não é amplamente aceita, e muito de suas ideias estão concentradas na simples negação da teoria dos combustíveis fósseis, o que, num contexto de estudo científico, não basta para corroborar um argumento.
Bibliografia:
O petróleo inesgotável. Disponível em: < http://informacaoincorrecta.blogspot.com.br/2010/07/o-petroleo-inesgotavel.html >. Acesso em: 16 out. 2012.
ROSA, Agostinho. Petróleo e gás natural podem não ser fósseis. Disponível em: < http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=petroleo-gas-natural-nao-fosseis >. Acesso em: 16 out. 2012.
Teoria: O Petróleo Abiótico (não fóssil). Disponível em: < http://my.opera.com/Khaky/blog/show.dml/10142311 >. Acesso em: 16 out. 2012.