A crise hídrica que atinge várias regiões do país, o avanço do agronegócio e as consequências dos sucessivos acidentes ambientais provocam inúmeros impactos de ordem social e econômica, não só no Brasil como no mundo. Para compreender essas novas demandas e aprofundar o estudo da relação entre bem-estar social, meio ambiente e políticas econômicas, a Escola de Economia de São Paulo (FGV/EESP) lançou o Mestrado Profissional com ênfase em Desenvolvimento Sustentável, que recebe inscrições até o dia 23 de outubro.
Ricardo Rochman, coordenador do programa, explicou que a ideia vem sendo amadurecida há bastante tempo. “Acompanhamos intensamente a movimentação em torno do assunto em diversas universidades europeias e norte-americanas, além de centros de excelência nacionais, como o Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVCes). A conclusão a que chegamos é que não é mais possível dissociar desenvolvimento econômico e sustentabilidade”, afirmou.
O Mestrado em Desenvolvimento Sustentável buscará formar pesquisadores e profissionais que estudem questões socioambientais extremamente impactantes para a economia, como a economia de carbono, o financiamento de projetos sustentáveis e a formulação de políticas públicas.
Um caso que poderia ser perfeitamente analisado durante o mestrado foi a recente decisão de paralisação da hidrovia Tietê-Paraná, importante projeto hidrográfico do Estado de São Paulo, por causa da crise hídrica. “O impacto econômico é muito grande e queremos, com o mestrado, oferecer instrumentos para essa avaliação e a proposição de políticas públicas”, explica Rochman.
Com uma carga horária que prevê disciplinas de matemática, estatística, microeconomia, macroeconomia, políticas públicas para o desenvolvimento sustentável, mudança do clima e economia do clima, o novo mestrado deverá dialogar com diversas áreas centrais para o desenvolvimento econômico brasileiro como, por exemplo, o agronegócio.
A FGV/EESP já está recebendo inscrições para o programa. Para mais informações, acesse o site da Escola.
