Na terça-feira, 13 de outubro, o Departamento de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/ENSP), em parceria com a Cooperação Social da Presidência e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), realizará o Seminário Saúde e Segurança Pública: desafios em territórios vulnerabilizados. A atividade busca promover discussões sobre os efeitos das políticas de segurança pública no Brasil, no campo da saúde, especialmente em territórios vulnerabilizados no campo, na floresta, em favelas e nas periferias dos centros urbanos. Para discutir o tema estarão presentes as pesquisadoras do Claves/ENSP, Cecília Minayo e Patrícia Constantino, o delegado da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Orlando Zaccone, além do representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Alexandre Fonseca, entre outros convidados. O evento acontecerá no auditório do Museu da Vida, a partir das 9 horas, é aberto a todos os interessados e não necessita de inscrição prévia.
Quais os efeitos das políticas de segurança pública no Brasil no campo da saúde? Como a violência influi nas dimensões política, econômica, cultural e psicológica das populações residentes em favelas e periferias? Como as práticas da saúde influenciam a segurança pública? Essas são algumas questões que serão exploradas ao longo do Seminário Saúde e Segurança Pública: desafios em territórios vulnerabilizados, que reunirá especialistas para debater e explorar propostas de ações, medidas e políticas que possam apontar caminhos de transformação do atual contexto de insegurança pública característica dessas regiões.
Dados preliminares do Mapa da Violência 2015 apontam um crescimento de 24% da participação de causas externas - aquelas que não estão ligadas à morte natural: homicídios, acidentes e suicídio - na mortalidade de jovens de 0 a 19 anos, de 1980 a 2013. Os homicídios passaram de 0,7% para 13,9% no total de mortes de crianças e adolescentes. Uma pesquisa da Anistia Internacional apontou que das 56 mil vítimas de homicídio em 2012 no Brasil, 30 mil eram jovens de 15 a 29 anos, e desse total, 77% eram negros.
Além das pesquisadoras do Claves/ENSP Cecília Minayo e Patrícia Constantino, do delegado da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Orlando Zaccone, e do representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Alexandre Fonseca, a atividade contará com a participação do diretor da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Paulo Ribeiro, de representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e dos movimentos sociais Fórum de Manguinhos e Rede de Instituições do morro do Borel. A perspectiva é que as exposições proferidas pelos convidados se transformem em uma publicação, elaborada pelo Claves/ENSP em parceria com Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, para ser distribuída gratuitamente à sociedade civil.
Serviço:
Seminário Saúde e Segurança Pública: desafios em territórios vulnerabilizados
Horário: 9 às 16h30
Local: Auditório do Museu da Vida, no campus Fiocruz Manguinhos.
Endereço: Avenida Brasil, nº 4.365 – Manguinhos.