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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Pesquisa inédita elucida papel da capacidade tecnológica na mitigação de danos ambientais

Nas últimas décadas tem havido crescente preocupação com os danos ambientais derivados do crescimento industrial nas economias em desenvolvimento. Argumenta-se que a mitigação desses danos ambientais depende, em grande parte, de inovações implementadas pelas empresas industriais. A implementação de inovações, por sua vez, depende das capacidades tecnológicas. Uma pesquisa inédita da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da FGV (EBAPE), liderada pelo professor Paulo N. Figueiredo, avançou no entendimento sobre como a acumulação de capacidades tecnológicas, em nível de empresas, contribui para inovações mitigadoras de danos ambientais.
Para isso, a pesquisa examinou diferenças e similaridades inter e intra-empresariais em termos da acumulação de níveis de capacidades inovadoras, as escalas de tempo para acumulação dessas capacidades, as interdependências com organizações externas, tais como fornecedores, universidades e institutos de pesquisa e, principalmente, os impactos nas atividades inovadoras.
Com base em evidências da indústria brasileira de bioetanol e indo além da empresa como unidade de observação, a pesquisa mostra que a implementação de inovações ambiciosas, isto é, com grau de novidade nacional e internacional, depende da acumulação de variadas capacidades tecnológicas para áreas específicas na empresa.  O estudo também aponta que tais capacidades inovadoras não mais residem somente nas empresas, mas estão distribuídas em diversas organizações externas. Além disso, áreas das empresas que acumularam níveis altos de capacidades tecnológicas com grande colaboração com organizações externas implementaram inovações mais ambiciosas. A pesquisa mostra, porém, que existem diferenças consideráveis ​​entre as empresas e até mesmo dentro delas em termos da acumulação de níveis de capacidades inovadoras, das escalas de tempo para tal acumulação, e nos graus de colaboração com organizações externas.
Os resultados da pesquisa adicionam contribuições relevantes ao debate internacional sobre o papel das capacidades tecnológicas de empresas na mitigação de danos ambientais associados ao crescimento industrial. Além de criar uma base para análises futuras, a pesquisa gerou recomendações práticas que podem servir de insumos para políticas públicas e corporativas orientadas a um padrão de desenvolvimento industrial menos dependente de combustíveis fósseis.
A pesquisa foi realizada no âmbito do Programa de Pesquisa em Aprendizagem Tecnológica e Inovação Industrial no Brasil, da EBAPE, com financiamento do CNPq. O estudo completo está disponível no site.