O aerogami é uma parte do estilo artístico japonês origami, que consiste em dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objetos com as dobras geométricas de uma peça de papel, com a peculiaridade de nunca cortar ou colar o papel. No aerogami, essas dobraduras são usadas para a criação de modelos aerodinâmicos, como os conhecidos aviões de papel.
Supõe-se que a origem de planadores feitos de dobraduras de papel reside na China Antiga, no entanto, o processo de refinamento e desenvolvimento dessa técnica teve espaço no Japão. Com a fabricação de papel em larga escala na China, em 500 a.C., a arte da dobradura de papel logo se tornou popular no período. É impossível determinar onde e em qual forma o primeiro avião de papel foi feito, ou mesmo o tipo de papel usado. Mais de mil anos depois, aviões de papel mais pesados que o ar já eram populares, influenciando até inventores da época, já que muitos deles usavam miniaturas de papel para tentar recriar um protótipo em tamanho maior.
Da Vinci relatou em seus escritos que o uso de modelos de aviões de papel o ajudou com os testes com seu ornitóptero, uma nave que poderia voar batendo asas, além de também ter usado a técnica para a criação de modelos de pára-quedas. Já depois de Da Vinci, Sir George Cayley trabalhou na observação da performance de planadores feitos de papel, no final do século XIX. Muitos outros inventores usaram modelos de papel para simulação de resultados em escala, antes de colocarem suas teorias em prática, como como Clement Ader, Charles Prof Langley e, inclusive, Santos Dumont frequentemente testados idéias com papel, bem como modelos de balsa para confirmar (em escala) antes de colocar suas teorias em prática.
Em tempos modernos, os aviões de papel se tornaram bastante sofisticados, com notável alta no desempenho de vôo, muito distante de suas origens do origami. Os desenvolvimentos dos modelos permitiu resultados muito melhores na velocidade e altura que os aviões podem alcançar.
Já existem testes sendo feitos para criar um avião de papel que parta do espaço. Protótipos já foram aprovados em testes de resistência em túneis de vento em 2008, e já se considera o lançamento de alguns, realizados da Estação Espacial Internacional. No entanto, os desenvolvedores preferiram adiar a tentativa pois chegaram à conclusão que os aviões ainda não estavam prontos para chegar ao espaço, principalmente porque não encontraram uma forma efetiva de rastreá-los, além do fato de quê os aviões seriam sugados pela gravidade da terra, sendo incendiados, posteriormente, pela atmosfera.
Em fevereiro de 2011, 200 aviões, foram lançados a partir de um balão meteorológico, há vinte e três quilômetros acima do nível do mar. Os aviões foram especialmente desenhados para manter um vôo estável, mesmo sob o efeito de ventos de aproximadamente 320km/h. Os aviões também foram equipados com chips de dados, que ajudou no envio de informações para os pesquisadores. Os aviões foram encontrados em muitos lugares, incluindo Europa, Canadá e África do Sul.