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sábado, 10 de dezembro de 2016

Seminário debaterá desafios da regionalização e conformação em Redes de Atenção


Na segunda e terça-feiras, 12 e 13 de dezembro, o Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Daps/ENSP), promoverá o seminário Desafios da Regionalização e conformação das redes de atenção em contextos de desigualdades territoriais. A atividade, que é aberta aos interessados e não necessita de inscrição prévia, reunirá pesquisadores da ENSP e de outras instituições de ensino e pesquisa para debater, entre outros assuntos, desigualdade e fragmentação de políticas e sistemas de saúde, desigualdade e diversidade territorial, desafios de governança regional no SUS, além de desafios da integração na atenção básica. Dividido em dois dias, o seminário contará com a participação de Asa Cristina Laurell, reconhecida como uma das pesquisadoras mais representativas da corrente da medicina social latino-americana e autora de mais de 50 artigos publicados em revistas científicas especializadas e 10 livros.

Na segunda-feira, 12 de dezembro, a partir das 9 horas, será realizada a abertura da atividade, com participação do diretor da ENSP, Hermano Castro, e da chefe do Daps/ENSP, Maria de Fátima Tavares Lobato. Em seguida, acontecerá a mesa-redonda Desigualdades e fragmentação de políticas e sistemas de saúde: a experiência da América Latina e a especificidade brasileira, sob a coordenação da pesquisadora do Departamento de Administração, Maria Helena Mendonça, e com exposições de Asa Cristina Laurell, do Centro de Análises e Estudos de Seguridade Social (Caess), e Cristiani Vieira Machado, pesquisadora do Daps/ENSP.

A partir das 14 horas, terá início a mesa-redonda Desigualdades e diversidade territorial: implicações para o planejamento regional e a universalização do sistema de saúde no Brasil. A mesa será coordenada pela pesquisadora do Daps Mariana Vercesi de Albuquerque e terá como palestrantes Antonio Carlos Figueira Galvão, do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do Ministério da Ciência e Tecnologia; Fabio Betioli Contel, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP); e José Carvalho de Noronha, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz).

Iniciando as atividades do segunda dia do seminário, na terça-feira, 13 de dezembro, a partir das 9 horas, haverá a mesa-redonda Instituições, redes e atores na condução de políticas públicas: desafios da governança regional do Sistema Único de Saúde (SUS). Sob a coordenação da pesquisadora do Daps, Luciana Dias de Lima, a mesa contará com as exposições de Eduardo Cesar Leão Marques, professor e pesquisador do Departamento de Ciência Política da USP; do presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gastão Wagner; e da professora da Faculdade de Medicina da USP, Ana Luiza d'Ávila Viana.

Para encerrar o seminário, a partir das 14 horas, terá início a mesa-redonda A atenção básica e os desafios da integração regional de políticas, serviços e práticas. A mesa contará com as exposições das pesquisadoras do Daps/ENSP Marcia Fausto e Rosana Kushnir e do pesquisador do Icict/Fiocruz Francisco Viacava.

Todas as mesas do evento serão no Salão Internacional da ENSP, localizado no 4º andar do prédio principal da Escola.

Confira aqui a programação completa do seminário Desafios da Regionalização e conformação das redes de atenção em contextos de desigualdades territoriais

'Estamos distantes do sonhado controle da tuberculose no Rio', aponta pesquisa da ENSP

A tuberculose (TB) é um grave problema de saúde na cidade do Rio de Janeiro. A Zona Sul da cidade é uma região de grandes contrastes sociais, onde bairros com ótimos indicadores sociais são vizinhos de bolsões de pobreza. Com o objetivo de analisar a distribuição espacial dos casos de abandono do tratamento para tuberculose em relação às condições socioeconômicas nos diferentes setores censitários da região, no período de 2009 a 2013, a aluna do mestrado profissional em Epidemiologia em Saúde Pública da ENSP, Patricia Canto Ribeiro, desenvolveu sua dissertação sobre o tema sob orientação do pesquisador Hermano Albuquerque de Castro. “Apesar da expansão da Estratégia de Saúde da Família, ainda estamos distantes do sonhado controle da tuberculose, indicando que, apenas investimentos em saúde, ainda que essenciais, não são suficientes para o controle da doença. Por meio desse estudo, foi possível demonstrar a clara associação espacial do abandono com precárias condições socioeconômicas da população e a localização das regiões de maior risco. O conhecimento dessas regiões é de suma importância para ações direcionadas e mais efetivas no controle da doença. As áreas de maior abandono apontadas são as comunidades, em especial a Rocinha” disse. Para ela, enquanto não houver políticas públicas de inclusão social e reais melhorias das condições de vida da população, não haverá sucesso no controle da tuberculose. “A informação espacial pode contribuir para direcionar as estratégias políticas de combate às iniquidades regionais e territoriais”, acrescentou.
 
O estudo comprovou a relação entre maiores taxas de abandono e condições de vulnerabilidade socioeconômica. Houve redução significativa da taxa de abandono entre os anos de 2009 e 2013, que também foram anos de expansão acentuada da Estratégia de Saúde da Família, que ainda não foi suficiente para alcançar a meta de 5% de abandono. Por meio desse estudo, foi possível mapear as áreas de maior concentração de casos, o que pode influenciar diretamente ações específicas e mais efetivas de combate à doença nessas áreas, bem como facilitar o monitoramento, controle e avaliação dos casos.
 
Entre os objetivos da pesquisa, também esteve o de descrever a distribuição geográfica dos casos novos de tuberculose na Zona Sul do Rio de Janeiro, no período de 2009 a 2013, e os casos de abandono de tratamento da tuberculose, no mesmo período. Para tal, foi realizado um estudo espacial ecológico, com georrefenciamento dos casos novos e dos casos de abandono, utilizando-se a base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Encontrado o total de 3.396 casos novos e 316 abandonos, com predomínio de adultos jovens, do sexo masculino e da forma clínica pulmonar.
 
Ainda segundo a pesquisa, as variáveis relacionadas ao abandono foram sexo masculino, alcoolismo, coinfecção TB/HIV e Aids. O tratamento diretamente observado (TDO) não influenciou o desfecho abandono de forma estatisticamente significativa. O número de equipes da ESF passou de 10 para 53, nos cinco anos de estudo. Nesse período, houve queda na taxa de abandono de 11,4%, em 2009, para 6,8%, em 2013. Quanto à análise espacial, o georreferenciamento dos casos novos mostrou zonas quentes em áreas que se repetiram ao longo dos anos, especialmente nos aglomerados subnormais. Os abandonos seguem o mesmo perfil de distribuição espacial, com destaque para as comunidades da Rocinha e Vidigal. 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Fórum de energia promove debate sobre questões-chave para o setor elétrico

Um amplo debate sobre as principais questões que permeiam o setor energético no país. Assim pode ser classificado o VI Seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, realizado no dia 1º de dezembro pela FGV Energia, com patrocínio de Eletrobras Furnas, Itaipu, United Airlines, Shell, Enel e Wärtsilä. O evento reuniu especialistas e representantes de importantes empresas que atuam direta e indiretamente nesse mercado.
Na ocasião, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, enviou um vídeo que foi apresentado na abertura do evento. “É extremamente oportuno poder ter um momento de reflexão com as grandes cabeças do setor elétrico do nosso país para que possamos pensar em expansão e na segurança do setor elétrico energético brasileiro, respeitando as legislações em vigor, mas sem abrir mão daquilo que nós temos direito, que é garantir a segurança e a energia para o desenvolvimento do nosso país”, destacou.
Durante o evento, o presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior, falou sobre a construção de duas usinas no rio Tapajós, no Pará – a de São Luiz do Tapajós e a de Jatobá – que somadas representariam um ganho de 10.300 megawatts (MW) que podem agregar capacidade para a empresa a partir de 2022. Citou também que, em ambos os projetos, a questão das licenças ambientais ainda precisa ser solucionada. O executivo falou ainda que o estoque de novos projetos da estatal chega a 21 mil MW, o equivalente a 14% da capacidade instalada atualmente.
Sobre o licenciamento ambiental da usina de Tapajós, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata, disse que é preciso reformular os estudos para atender às exigências ambientais. “Vamos trabalhar para defender Tapajós, para esclarecer à sociedade que, a despeito das críticas dos ambientalistas, ela é boa para o Brasil, para a sociedade, para a economia, mas sobretudo, para as regiões onde vai ser instalada. Não é razoável renunciar a esse potencial”, declarou.
Já o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso, afirmou que o projeto das megahidrelétricas deve ser estudado com mais cautela e que prefere apostar em usinas de menor porte, com potencial de geração entre 400 e 700 MW.
O evento também debateu questões como planejamento, regulação e segurança energética, além do papel do consumidor e as demandas da sociedade e o fortalecimento da expansão do Sistema Elétrico Brasileiro (SEB), o mercado de petróleo e gás e suas perspectivas, as novas tecnologias, o reposicionamento dos operadores no Brasil e as respostas às demandas de sustentabilidade a partir da COP 21. Por fim, houve um debate sobre como a tecnologia e a sociedade vão influenciar a demanda de energia no século XXI.
Além de pesquisadores e professores da FGV, o evento contou com a presença representantes da ABRADEE, ANEEL, ANP, BNDES, CEMIG, ELETROBRAS, EPE, FIRJAN, FURNAS, GE, Governo do Estado, IBM Brazil, IBP, MME, ONS, PETROBRAS e SHELL.

Prêmio Assespro-RJ 40 Anos