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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Semana Aloisio Teixeira na UFRJ

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Seminário Violência Contra as Mulheres e o Tráfico Internacional de Pessoas

Convite-virtual

Mostra "Games N' Rio"

Artigos: Memória



Um dos fatos mais curiosos com relação à memória é a ilusão do déjà-vu (o já visto), em que uma pessoa tem a falsa impressão de familiaridade com situações que, no entanto, são vividas pela primeira vez. Estudiosos da memória ainda buscam uma explicação para o fenômeno.
Memória é a capacidade da mente humana de fixar, reter, evocar e reconhecer impressões ou fatos passados. A função de lembrar e sua oposta, esquecer, são normalmente adaptativas. O aprendizado, o pensamento e o raciocínio não seriam possíveis sem a memória, mas a capacidade de esquecer também tem muitas funções. Serve como referência de tempo (pois as lembranças tendem a se tornar mais difusas com o passar do tempo), como instrumento de adaptação a novos aprendizados (pela supressão de antigos padrões) e ainda como forma de aliviar a ansiedade decorrente de experiências dolorosas.
Os primeiros estudos experimentais sobre a memória foram realizados pelo psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus. No fim do século XIX, ele planejou e executou experiências sobre o aprendizado de sílabas sem sentido (a fim de reduzir a interferência do significado nos processos de retenção), que lhe permitiram avaliar a capacidade e o tempo de armazenamento da informação, bem como a facilidade de recuperação do material armazenado.
O britânico Frederic C. Bartlett, ao contrário de Ebbinghaus, trabalhou com material significativo: formas, fotografias, figuras que sugeriam objetos etc. Sua hipótese básica afirma que a pessoa só retém esquemas muito gerais daquilo que experimentou anteriormente. O processo de evocação seria, assim, melhor definido como processo de reconstrução.
Também na psicanálise se elaborou uma teoria da memória. Para Sigmund Freud, o mecanismo da recuperação da informação e, principalmente, o fenômeno do esquecimento teriam como causa um fator repressivo de caráter inconsciente. De fato, muitas das técnicas psicanalíticas são destinadas a desfazer esse bloqueio repressivo que impede o acesso a antigas experiências armazenadas que, segundo Freud, nunca se perdem verdadeiramente. Para os behavioristas, o mecanismo da recuperação da informação se constrói, sobretudo, pela associação entre estímulos e respostas. Os behavioristas e neobehavioristas explicam o esquecimento da informação armazenada por interferências no processo de recuperação.
Alguns autores, insatisfeitos com as teorias behavioristas e influenciados pelas críticas antibehavioristas do lingüista americano Noam Chomsky, assim como pelas novas teorias de manipulação da informação e da comunicação, abordaram o problema da memória de uma nova perspectiva. Estudaram a capacidade humana de processar a informação como parte da temática geral da percepção e recorreram aos esquemas de funcionamento dos computadores para descrever a organização de todo o sistema.
Memória e processamento da informação.
Segundo as modernas teorias cognitivas, que estudam fenômenos básicos da inteligência como a percepção, o aprendizado e a memória, relacionando-os aos mecanismos da informática, são três os processos básicos da memória: codificação da informação, armazenamento e recuperação. Codificação é o processo pelo qual a forma física da informação de entrada transforma-se numa representação interna. O armazenamento consiste na fixação da representação interna mediante o estabelecimento de relações entre ela e as demais representações que o indivíduo possui. Se essas relações se destroem, produz-se o esquecimento. O processo de recuperação permite utilizar a informação armazenada quando necessário.
No que diz respeito ao armazenamento da informação, distinguem-se três tipos: sensorial, memória a curto prazo e memória a longo prazo. Assim, o indivíduo utilizaria estratégias, desde as mais simples até as mais complexas e estruturadas, para representar e recuperar a informação que recebe. Essas estratégias variam conforme o tipo de informação e a finalidade com que o sujeito se propõe utilizar posteriormente tal informação.
Dessa perspectiva, os processos da memória adquirem caráter dinâmico e ativo, de forma que o sistema aprende pela interação com o meio e não pelo estabelecimento de conexões entre estímulos e respostas, como quer a teoria behaviorista. A estrutura interna utilizada para organizar a informação está em contínua mudança e se reconfigura de acordo com cada nova experiência. Durante a vida dos indivíduos, modifica-se a forma de codificação da informação e aumenta progressivamente o número de conceitos dos quais se parte, assim como o das relações que se estabelecem entre os diferentes elementos da informação. As estratégias são semelhantes para todos os indivíduos, embora seu resultado difira em função de serem diferentes as capacidades e circunstâncias.
Aprimoramento da memória.
Os estudos psicológicos sobre a memória podem ter aplicações imediatas no desenvolvimento e fortalecimento da capacidade individual de memorização. A maioria das técnicas mnemônicas (ou de memorização) baseia-se na rápida transferência da informação contida na memória de curto prazo para a de longo prazo, mediante a utilização de códigos de informação que facilitem a retenção. Algumas das regras mais usadas consistem em agrupar os diferentes elementos que compõem a informação, descobrir regras simples por meio das quais ordenar uma seqüência determinada de elementos, organizar hierarquicamente a informação que se deve guardar, estabelecer correlação entre os elementos que se oferecem à aprendizagem e outros já conhecidos etc. De qualquer maneira, nenhuma dessas técnicas pode remediar situações de origem patológica, mas tão-somente beneficiar uma memória normal.

Artigos: Sociedade e Positivismo



"Embasado numa concepção biológica, vê a sociedade como um organismo cujas partes constitutivas são heterogêneas, mas solidárias, pois se orientam para a conservação do conjunto. como num organismo, também sociedade é dividida em funções especiais, onde se nota a presença da espontaneidade, da necessidade, da imanência e da subordinação de todas as suas partes a um poder central e superior"(68).
A sociedade evolui e esta evolução, é incompatível com a evolução violenta. Por isso a sociedade para Comte deve ser sempre harmônica.
A sociedade se estrutura de dois modos: dinâmica e estética. O dinâmico, seria esta evolução da sociedade e o estético a ordem social, que se preocupa em estudar a consenso (solidariedade) ou organismo social em suas relações com as condições de existência, traçando a teoria da ordem. A dinâmica parte do conjunto para as particularidades, e determina o progresso geral da humanidade.  

Impacto e continuidade do Positivismo:
As idéias de Comte nunca foram aceitas no todo, mesmo por seus seguidores. Os que utilizaram-se do pensamento o fizeram por parte, como por exemplo Pierre Lafftti que é um dos mais fiéis seguidores aceitando inclusive a religião.
Outros como Littré e Taine, fundaram a escola francesa e os Ingleses Spencer e Stuart Mill. No Brasil aparece Benjamin Constant que alia os conceitos, aos ideais republicanos, juntamente com Luiz Pereira Barreto, Miguel Lemos e Teixeira Mendes.
O que mais perdurou porém, do positivismo de Comte foi a proposta de uma filosofia e uma metodologia da ciência.
Taine (1828-1893) tornou-se conhecido pelas leis da sociologia, segundo as quais toda vida humana se explica por 3 fatores: a raça, o meio e o momento. A raça que traz os caracteres hereditários, o meio onde o indivíduo é submetido a fatores geográficos e o momento que é a época em que se vive. Ou seja, o homem não é livre, mas determinado por fatores, aos quais não pode escapar. Esta teoria se estende ao direito com Lombroso, que com ela pretendia encontrar o criminoso nato. Na literatura surge a preocupação de ver o comportamento humano, sem a possibilidade de transcendência, como por exemplo Émile Zola, romancista francês, onde se pretende substituir o homem abstrato e metafísico, pelo homem natural, submetido as leis físicas-químicas determinada pelas influências do meio. No Brasil Aluízio Azevedo enquandra-se nesta linha com as obras: O mulato, o cortiço e casa de Pensão.
Em nosso século após a 1º guerra houve um ressurgimento do positivismo através do movimento neopositivista, do círculo de Viena e o positivismo lógico e perduram até hoje, quando se despreza a metafísica e se super valoriza a experiência e a prova, a confiança sem reservas a ciência, o esforço pela forma científica a fenômenos sociais, com uma sociedade planejada, organizada, prevista e controlada em todos os seus níveis.
Herbert Spencer um agnóstico detalha a descrição histórica das instituições sociais e os princípios do evolucionismo social. Advoga um individualismo extremo, que ir florescer plenamente na obra "O homem contra o Estado" (tida como a obra mais positiva). Classificou Kant como idiota ao saber que este considerava o tempo e o espaço como percepção dos sentidos. Nega a lei dos 3 estados de Comte, mas afirma o princípio evolutivo.

O POSITIVISMO NO BRASIL
Contexto de Surgimento do Positivismo no Brasil
Os primeiro aspectos do positivismo no Brasil são de 1850, em teses de doutoramento da escola de medicina e da escola militar, mas a partir de 1870 a questão positiva tem nuances na política. Surgem as primeiras divisões especialmente no calend rio filosófico-religioso, onde um grupo chamado de religiosos ou ortodoxos, seguidores fiéis da doutrina como um todo, mas especialmente da Religião da humanidade e crentes no GRANDE SER, tendo como expoentes Miguel Lemos e Teixeira Mendes (fundadores da primeira Igreja positiva no Brasil no RJ), e o heterodoxos ou dissidentes que aceitavam apenas parte da questão filosófica-cientifíca, representados por:
a) Luís Pereira Barreto, que é médico. Suas obras que eram para serem em três tomos (só saiu 2, devido as divergências com os ortodoxos) são o "documento mais importante do positivismo brasileiro, por seu sentido filosófico e pela originalidade de aplicar a lei dos três estados à realidade brasileira, afirmando que o Brasil havia ultrapassado o estado teológico, achava-se no metafísico e caminhava para o positivo" (69).
b) Alberto Sales, Não chegou a criar uma filosofia, mas foi um dos grandes ideólogos da República, fundamentando sua ação em Comte e depois Spencer. Em sua obra aparece pela primeira vez formulada a idéia de que a Republica exigia uma mudança no regime de vida do país, como também posicionava-se favor vel a uma doutrina sobre o homem e a sociedade a fim de que com isto pudéssemos ter um guia à política para as novas gerações.
Podemos destacar ainda como grandes expoentes do positivismo, Benjamin Constant, Pedro Lessa e Vicente Licínio Cardoso, etc.
O positivismo também teve erradicações políticas, especialmente no Rio Grande do Sul, com Júlio de Castilhos, que orientou a ação política de setores militares e civis da pequena burguesia em outros pontos do país.
Tiveram os positivista participação marcante na proclamação da República de 1889 e na constituição de 1891, além do lema na bandeira brasileira "ordem e Progresso". O positivismo vinha expor de maneira sistem tica a confiança da burguesia em seu impulso transformador da estrutura.
"Na Europa o positivismo servia para justificar as novas atitudes da burguesia em sua fé no progresso retilínio da humanidade, nas Américas se apresenta de maneira diversa daquela como era compreendido no continente europeu, trazendo em seu bojo um acentuado car ter político (...) No Brasil preenche as aspirações revolucion rias da classe média urbana, que assenta suas bases nas cidades e sobretudo nas academias de Direito, na pretensão de se criar e definir uma nova consciência da realidade nacional, frente a ordem política social dominante" (70).

A realidade X pensamento nacional
A realidade nacional, fez com que os cafeicultores, ou oligarcas rurais, alcançassem a hegemonia própria acima do Estado.
"O império cumpria sua missão histórica, mantendo a unidade nacional, assentado no num romantismo político, cujo fundamento ideológico vinha das doutrinas políticas do escritor francês Benjamin Constant (...). (Porém), Constant era partid rio da soberania popular e considerava a vontade geral superior à vontade individual do monarca; contudo, repudiava a autoridade absoluta e ilimitada do povo. Para ele os ministros constituem poder executivo, e são respons veis perante o rei, que representa um poder neutro - o poder moderador, tendo a seu cargo a defesa do equilíbrio governamental"(71).
O romantismo traduzia as alterações de uma sociedade em que novos fatores surgiam e velhos fatores mudavam de sentido e força. Os intelectuais (pertencentes a aristocracia dominante), ligavam literatura e política, sem separação das mesmas. No fundo negligenciavam o real, caraterizando-se por uma atividade criadora do espírito, numa reação contra a razão iluminista, impregnando espiritualismo, ontologismo e idealismo todo o pensamento europeu e brasileiro. Com o findar do século XIX é abalada esta visão pelo naturalismo cientificista e com ela todas as instituições baseada sobre este pensamento.
Na década de 1850 o Brasil sofre uma grande crise provocada pelas restrições as exportações, gerando uma elevação dos gêneros de 1@ necessidade. A economia nacional sofre um grande abalo até 1864. A mão de obra é escassa e as epidemias de varíola e de cólera, flagelavam as províncias.
"No ambiente político, alternavam-se no poder o Partido Liberal e o Conservador, face ao sistema de governo criado pela constituição imperial de 1824. Tanto um como outro não tinham nenhuma significação ideológica, caracterizando-se pela ausência de fixações doutrin rias. O conservador defendia a ordem constitucional vigente, o liberal a abolição do poder pessoal e a descentralização, mas aceitavam ambos a concepção liberal do Estado, cujo princípio axiom tico era: o mínimo de governo e o m ximo de iniciativa.(72).
A mentalidade conservadora convertia todos os problemas políticos em questões administrativas, obtendo um monopólio em matéria de decisão. Em concomitância com a realidade política econ"mica e social, surge o ecletismo que domina o pensamento teórico, explicando a realidade e empolgando a inteligência brasileira do segundo reinado. O ambiente histórico era propício para tal. As idéias de Cousin admitia no conhecimento percepções sensíveis a concepções racionais. Reduzindo a quatro todos os sistemas filosóficos: sensualismo, idealismo, ceticismo e misticismo, acolhendo destes o que julgou aproveit vel. Os conservadores encontraram no ecletismo o equilíbrio para a estabilidade imperial.
"Ao lado desta corrente dominante, havia um grupo de `reação católica' identificado no tradicionalismo, Krausismo, romantismo, além de neotomismo, que traduziam os anseios de uma elite espiritualistas que se opunha a cultura oficial, então empirista e liberal, senão mesmo espiritualista, mas de um espiritualismo racionalista, indiferente ao cristianismo" (73).
Na década de 1868 à 1878 o romantismo começa a se romper. Surge a ilustração brasileira que ataca Victor Cousin, tendo como base o positivismo. O pensamento de Cousin é banido, mas sua herança eclética permanece.

O início do positivismo no Brasil
Por volta de 1870, o movimento do espírito humano se voltam para a Europa, especialmente pelo not vel progresso do espírito científico. Segundo Sílvio Romero, surge um bando de idéias novas. "É a coexistência de orientação, muitas vezes antag"nicas. Mas o grande ponto de adesão da intelectualidade é o positivismo de Comte e o evolucionismo social de Spencer. Todas as leituras da intelectualidade redundaria numa reflexão sobre o social, na busca de uma ideologia política adequada as lutas pelo poder da oligarquia rural. O que se transfere de imediato são as normas, as instituições e os valores sociais, que irão orientar o comportamento das classes dominantes do ajustamento de seus interesses sócio-econ"mico imediato.
Inicialmente o positivismo foi trivial criando uma mentalidade científica generalizadora, alheia as particularidades sul-americanas. Aos poucos, frutificou como instrumento teórico a ser utilizados na transformação da realidade concreta.       
Antes mesmo da morte de Comte j existiam positivistas no Brasil, porém, "A primeira manifestação do positivismo no Brasil verificou-se em 1844, quando o Dr. Justiniano da Silva Gomes apresentou a faculdade de medicina na Bahia uma tese; Plano e método de um curso de filosofia. Com tudo a primeira manifestação social do positivismo data de 1865, com a publicação da obras de Francisco Antonio Brandão Junior sobre a escravidão no Brasil. A escravatura no Brasil. Precedida de um artigo sobre a agricultura e colonização no Maranhão" (74).
O positivismo brasileiro, j surge dividido entre o grupo de Pierre Laffitte, com a ortodoxia dogm tica da religião da humanidade, mostrando seu papel unificador e o de Paul-Émile Littré que buscava a emancipação do espírito, considerando o ateísmo como a única possibilidade que caminha a um autêntico positivismo, desprezando a religião da humanidade proposta por Comte.
"Grande pontífice do positivismo no Rio de Janeiro foi Benjamin Constant Botelho de Magalhães (formado em ciências físicas e matem tica) na escola normal da qual é fundador, e na Escola Militar, onde ensina à juventude as bases do positivismo. Seu prestígio maior se d entre os jovens oficiais, chegando com estes a república. "O positivismo dava-lhe a justificativa para rechaçar a cultura política imperial baseada sobre os estudos jurídicos e não sobre as novas ciências naturais e sociais, como também descobriam os instrumentos adequados para formular as exigências de um novo tipo de autoritarismo em defesa dos seus interesses corporativos" (75).
Tobias Barreto em Pernambuco, foi um opositor do positivismo, vindo a resultar a Escola de Recife, donde surgiram grande expoentes como Silvio Romero, Clóvis Bevilaqua, Artur Orlando, Martins Jr, Fausto Cardoso, Tito Livio de Castro.
No Rio de Janeiro Luiz Pereira Barreto, tenta um ressurgir do positivismo, buscando seus aspectos morais, um despotismo da sociedade sobre o indivíduo.
Miguel Lemos e Teixeira Mendes organizam um positivismo integral com método e religião, espalhando-se pelas províncias. O grande objetivo é a insaturação do culto ao GRANDE SER sem se envolverem politicamente nos movimentos republicanos pois acreditam que o progresso acontecia fatalmente.
Estes positivistas, chamados de positivistas de apostolado proclamam que o governo da república devia ser exclusivamente tempor rio. Eram adeptos de uma república ditatorial para se efetuar a "ordem e o progresso" sem perturbações sociais.
O poder deve concentrar-se nas mãos de uma pessoas só, o ditador ou presidente da república, onde o sucessor, seria por ele indicado. O conceito de ditadura é diferente, não é uma tirania, não é autocracia, pois é república. "Ditadura (...) significa governo em que se concilia o predomínio político da força material que desconhece a livre supremacia de uma autoridade espiritual independente com a preocupação exclusiva do bem público" (76).
A reação ao positivismo, gerou o chamado grupo dissidente tendo como inspirador Littré com seu desprezo as abstrações metafísicas do subjetivismo centrado sobre o "eu" pessoal, esposando o evolucionismo liberal de Herbert Spencer, buscando melhor o ideal de democracia, de evolução sem saltos, de constitucionalismo.
Para alguns, o positivismo seria simples rótulo para a conduta ideal de oposição à monarquia. Esta visão formou-se na "Faculdade de Direito de São Paulo com acentuado criticismo no plano lógico e um republicanismo de aspectos nitidamente revolucion rio no plano das realidade político-sociais (77).
"O positivismo ofereceu os ingredientes ideológicos à classe média urbana, onde lavrava maior descontentamento com regimes, e que tinha meios para a "liberalização" do país para coloc -lo ao nível do século, mostrando a contradição entre os modelos ideais e as formas reais de organização social que exprimiu o conceito de democracia liberal que concretizava também os ideais políticos da elite dirigente, dentro de um esquema lógico da evolução liberal-democr tica, segundo o critério de Spencer" (78).
O positivismo e o evolucionismo no Brasil, não são simplesmente um gosto pelas coisas européias, mas um tentativa de adaptar esse idéias ao pensamento racional, opondo-se ao romantismo, ao idealismo e ao ecletismo que tem por base o império. Portanto surgem como uma contribuição para o advento de uma nova concepção de valores ao lado da remodernização do império. Esta idéias tem duas conseqüências: Se por um lado representam a renovação do sistema dando esteio aos intelectuais na construção da ideologia, por outro, nada contribuíram para o progressos que pregavam, pois faltava-lhes o respaldo popular e enfeudamento olig rquico cafeeiro que mantinha o prestígio e o poder, mantendo o sistema político.

CIENTIFICISMO OU POSITIVISMO CIENTÍFICO
O positivismo é o fen"meno mais significativo durante a república, chegando a ser num primeiro momento quase uma religião. reformou-se o ensino para adequa-lo a hipótese comtiana de que o real se esgotaria na série hier rquica das ciências, e como Comte havia condenado as universidades, não se cuidou da sua estruturação. Posteriormente os estudiosos contentavam-se em distinguir, no movimento positivista a corrente ORTODOXA da vertente dissidente. O modelo era o pensamento francês, mas não atendia a circunstância brasileira. Os estudos realizados no pós guerra no Brasil buscavam entende sua ascensão e não tanto a divisão cl ssica ortodoxos X dissidentes.
"O sucesso do comtismo decorre do fato de inserir-se numa tradição da cultura brasileira que passamos a denominar de cientificismo (...). Além disto a predominância no ciclo cientificista da primeira república advém (...) do autoritarismo doutrin rio representado pelo castilhismo" (79).
Toda a reação cientificista poderia se colocar nas reformas acontecidas após a condenação de Galileu, que serviu apenas como pretexto para este eclodir. Porém à medida que os cientistas também lutaram pela autonomia e sua institucionalização, recusando os rumos que tomou ao dissociar-se em dois momentos a propaganda da ciência e a pr tica científica. A busca do reconhecimento da ciência pela sociedade, uma vez atingida, não desaparece de cena para que a ciência ocupe o seu lugar, mas começa a se contrapor com a própria ciência. E esse ide rio que se introduziu na cultura brasileira na segunda metade do século XVIII e não propriamente o interesse real pela ciência. É este no fundo o grande movimento pombalino de 1772.
A geração pombalina evoluiria no sentido de afirmar a competância da ciência em matéria de reforma social (...) A difusão do cientificismo no Brasil seria obra do Semin rio de Olinda, organizado em 1800 por Azevedo Coutinha e da Real Academia Militar. Os padres saídos de Olinda evoluíram para o liberalismo radical derrotado nas fraticidas que desemcadeou por todo o país na fase da Independência. A Real Academia Militar teria ação mais duradoura e maiores conseqüências no curso histórico do país" (80).
A Real Academia não se limitava apenas a promover os estudos militares, mas empreendeu algumas das s bias diretrizes da política cultural de D. João VI. Sistematizou o estudo da matem tica e das ciências físicas, acompanhando a evolução que ocorria na Europa. No fundo logrou manter o espírito da reforma de 1772, elaborada sob a égide da suposição de que o núcleo do saber encontra-se nas ciências experimentais. É por meio da real academia que os intelectuais basileiros tomam contato com o positivismo. O primeiro contato foi com a obra matem tica de Comte, como também as ciências naturais, com isso dispondo os espíritos para mais tarde, sob o influxo do esforço de ilustração também aceitarem sua sociologia.
"O cientificismo preservado na real academia militar adquire forma acabada em mãos de Benjamin Constant (1836-1891), que se torna professor da escola em 1873 e viria a ser o chefe militar do movimento republicano vitorioso. A partir deste tem lugar o ciclo de predomínio do positivismo, abrangendo toda a república velar" (81).
Este movimento cientificista é de cunho religioso mantido pela Igreja positiva, tendo como figura centrais Miguel Lemos (1854-1916) e Teixeira Mendes (1855-1927), sendo este último um dos principais argumentadores, discutindo horas a fio e escrito em favor desta doutrina, da qual jurava fidelidade em muitos casos porém, também abusava da dedução. O positivismo como ciência possuía dois aspectos: o primeiro a filosofia como síntese das ciências; o segundo é o entendimento da própria ciências, que Comte considerava esgotada com a construção da mecânica celeste, termo de sua evolução normal. Os positivistas brasileiros deram costas as ciências, para manter-se fiéis a doutrina de Comte.
A reação a concepção de ciências não tardou a ocorrer, um dos opositores, foi Otto de Alencar, que deu-se conta que as contradições de sua obra, eram refutadas pela evolução da matem tica. Sob a coordenação de Otto de Alencar, funda-se a academia de ciências que ser uma grande opositora a concepção comtista.
A vinda de Alberto Einstein ao Brasil em 1925 (06 de maio), serviu para mostrar o isolamento do positivismo no mundo científico. E foi pela ciência que o positivismo adquiriu prestígio. Sua maior derrota, porém deve-se ao cultivo da ciência e a criação da universidade na década de 30. A difusão do comtismo em terras brasileiras, ocorreu por meio da corrente denominada: positivismo ilustrado que tinha como seus maiores destaques: Luís Pereira Barreto, Alberto Sales, Pedro Lessa e contemporaneamente Ivan Lins (1904-1975). Esta corrente apostou no aspecto pedagógico do comtismo, apostando na reforma dos espíritos.
A filosofia positiva é contemporânea do comtismo brasileiros, teve porém adesão da parcela substancial da elite, no período republicano. Sua concepção baseava que no advento da política científica implicava o término do sistema representativo e o começo do regime dilaterial a ser exercido por quem houvesse assimilado seu espírito (...) A versão mais importante da filosofia política de inspiração positiva é o denominado castilhismo, obra de Julio de Castilhos (1860-1903) e da liderança rio grandense por ele formada: Borges de Medeiros (1864-1961), Pinheiro Machado (1851-1915) e Getúlio Vargas (1883-1954). 

O CASTILHISMO
"Julio de Castilhos empolgaria a liderança das facções republicanas riograndense graças a prolongada guerra civil ocorrida no Estado, em seguida a proclamação da república. Assumiu o poder em 1893 e pode, então dar início a aplicação da doutrina que havia inserido na constituição estadual, inspirando-se em Comte. Segundo esta, não existe poder legislativo aut"nomo. A assembléia reúne-se apenas para votar o orçamento e aprovar a prestação de contas do governante. A leis são elaboradas pelo executivo (...) o poder executivo centraliza-se em torno da presidência, sendo substituto eventual de sua livre nomeação. Dispõe da faculdade de intervir nos executivos municipais. Assegura-se a sua reeleição (...) A constituição gaúcha nada tinha a ver com a carta Magna de 1891 (...) Castilho manteve o poder até 1898, transmitindo-o a Borges de Medeiros que governou até 1928" (82).
O castilhismo só terminou com a intervenção federal. Getúlio com a revolução de 1930 o difundiu a nível nacional.
"O castilhismo é, pois, uma doutrina política, que guiando-se pelos ensinamentos da Comte, afirma ser o governo questão de competência (...) No castilhismo a origem do poder esta no saber. Interesse vigente no império é a base da representação - passa a condição da imobilidade. Só h um interesse, o bem comum, que o castilhismo identifica prontamente, prescindindo-se da política em seu sentido próprio , isto é, como campo da disputa, da barganha e do compromisso. Essa doutrina revelou-se de uma consistência inusitada, tendo sido vão os esforços de Francisco Campos (1891-1968) para dar, sob o estado novo, uma fundamentação contemporânea a plataforma do executivo forte" (83).
"Como conclusão, vê-se que "o positivismo abrange toda a república velha, caracterizando-se pela: 1) Emergência do autoritarismo republicano que repudia e abandona a tradição liberal do império-estribado basicamente na pregação dos partid rios da Augusto Comte; 2) Sucessivas reformas do ensino prim rio e secund rio sobre a égide da hipótese comtiana de que o real se esgota na ciência, a qual também incumbe o estabelecimento de política e moral científicas; 3) aceitação pela elite dirigente da interdição positivista à universidade, para introduzir, no país, a investigação científica sem objetivos pr ticos, conservando-se o ensino superior restrito a formação profissional, 4) Adesão do professorado de ciências ao entendimento comtiano da ciência como algo de concluso, e, 5) Transferência do magistério moral, tradicionalmente exercido pelo Igreja católica, para a Igreja positiva" (84). "Tudo nos leva a crer que o ciclo positivista esteja esgotado com a república velha(...). "A exaustão do comtismo não serviu entretanto para erradicar o cientificismo de nosso panorama cultural, paulatinamente esse lugar passa a ser ocupado pelos marxistas" (85).
"São estas as principais teses dessa compreensão do marxismo: 1) a economia é disciplinada fundamentalmente, porquanto a atividade produtiva de bens materiais condiciona toda a elaboração teórica, tanto a filosofia, a história, a genética (a formação da família) a estética, a arte, a religião, a moral o direito ( como a política); 2) a filosofia é apenas a classificação das ciências como queria Comte; 3) pode-se adquirir conhecimento rigorosamente científico da sociedade e do curso histórico, inclusive prevendo-se a evolução dos acontecimentos; 4) os marcos fundamentais no processo de constituição das ciências sociais são as obras de Comte e Marx; 5) Existe plena identidade entre Comte e Marx, inclusive no que respeita a ditadura do proletariado como culminância da evolução social" (86). 

Artigos: Teorias da Aprendizagem


A história da aprendizagem como atividade humana remonta à própria origem de nossa espécie. Desde a antiguidade, filósofos e pensadores preocuparam-se com os fatos da aprendizagem do tipo verbal ou ideativo. Daí a razão por que as primeiras teorias se confundiram com as explicações dos processos lógicos e com as teorias do conhecimento.
A noção de aprender se confundia com a ação de captar idéias, fixar seus nomes, retê-los e evocá-los. Podemos citar Sócrates, Platão e Aristóteles como alguns filósofos que discorreram sobre as primeiras concepções da aprendizagem.
Para Sócrates, o conhecimento preexiste no espírito do homem e a aprendizagem consiste no despertar esses conhecimentos inatos e adormecidos.
Platão formulou uma teoria dualista que separava o corpo (ou coisa) da alma (ou idéias), sendo que a alma está sujeita à metempsicose e guarda a lembrança das idéias contempladas na encarnação anterior que, pela percepção, voltam à consciência. Assim, a aprendizagem nada mais é do que uma reminiscência.

Já Aristóteles apresenta um ponto de vista definidamente científico. Ensina que todo conhecimento começa pelos sentidos, rejeitando a preexistência das idéias em nosso espírito. Lançou, portanto, o fundamento para o ensino intuitivo. Utilizou o método dedutivo,característico de seu sistema lógico e o método indutivo, aplicando-o em suas observações, experiências e hipóteses.
No entanto, a aprendizagem como atividade socialmente organizada é mais recente. As mudanças mais notáveis na cultura da aprendizagem se devem a uma nova revolução: a tecnologia da escrita.
A crise da concepção tradicional da aprendizagem, baseada na apropriação e reprodução memorística dos conhecimentos e hábitos culturais, deve-se não tanto ao impulso da pesquisa científica e das novas teorias psicológicas - como a conjunção de diversas mudanças sociais, tecnológicas e culturais, a partir das quais esta imagem tradicional da aprendizagem sofre uma deteriorização progressiva -, mas também se deve ao desajuste crescente entre o que a sociedade pretende que seus cidadãos aprendam e os processos que ela põe em marcha para consegui-lo.
A nova cultura da aprendizagem, própria das modernas sociedades industriais, se define por uma educação generalizada, por uma formação permanente e massiva, por uma saturação de informações produzidas pelos novos sistemas de comunicação e conservação de informação e por um conhecimento descentralizado e diversificado. Em nossa cultura da aprendizagem, a distância entre o que deveríamos aprender e o que finalmente conseguimos aprender é cada vez maior.
O desenvolvimento humano é um processo longo e gradual de mudanças. Neste processo, cada pessoa, à sua maneira e no seu tempo, dá sentido à sua vida. Presente, passado e futuro são demarcações individuais da existência. Somos capazes de descrever nossa vida cotidiana, relembrar nossa infância e enumerar nossos planos para o futuro. Quando tenta-se explicar relações, fenômenos ou processos da realidade apresenta-se argumentos que, para nós, fazem todo o sentido. Construímos e defendemos nossa própria "teoria", baseada em nossas observações, em nossas experiências, em nossos valores, em nossas suposições.
Do mesmo modo, a ciência procura descrever e explicar aspectos observados na realidade a partir da organização e sistematização de conceitos, proposições, dados e interpretações.
Portanto, os estudiosos do desenvolvimento humano também estão interessados na relação entre o tempo e a existência humana, procurando descrever e explicar as mudanças que ocorrem nos modos de pensar, sentir e agir ao longo da vida.


Jean Piaget: Estágios do Desenvolvimento Humano

Jean Piaget conduziu uma série de investigações sobre o desenvolvimento do pensamento, abrangendo o período compreendido desde o nascimento até aadolescência. Com base nessas investigações, elaborou a teoria do desenvolvimento cognitivo ou intelectual. Para Piaget, a tomada de consciência da criança se dá em termos lógicos e não em termos de qualquer tipo de atividade mental, sua ou de outros.
A relação existente entre a formação de pensamento e a aquisição da linguagem, na visão piagetiana, configura-se de caráter apenas correlacional, sendo o pensamento constituído por um processo bem mais amplo que remete ao desenvolvimento da função simbólica. Desse modo, na concepção piagetiana defende-se que a maneira como a criança faz uso da linguagem exprime o tipo de lógica que caracteriza seu pensamento.
A linguagem da criança preenche outras funções além da comunicação. Ela pode, por exemplo, durante seu desenvolvimento, ser duplamente categorizada, ou seja, pode ser apreendida enquanto uma linguagem 'egocêntrica' ou enquanto uma linguagem 'socializada'.
Fases do desenvolvimento humano segundo Piaget:
Período Sensório-Motor (0 a 2 anos)
  • Aprendizagem da coordenação motora elementar;
  • Aquisição da linguagem até a construção de frases simples;
  • Desenvolvimento da percepção;
  • Noção de permanência do objeto;
  • Preferências afetivas;
  • Início da compreensão de regras;
Período Pré-Operatório (2 a 7 anos)
  • Domínio da linguagem;
  • Animismo, finalismo e antropocentrismo/egocentrismo, isto é, os objetos são percebidos como tendo intenções de afetar a vida da criança e dos outros seres humanos;
  • Brincadeiras individualizadas, limitação em se colocar no lugar dos outros;
  • Possibilidade da moral da obediência, isto é, que o certo e o errado é aquilo que dizem os adultos;
  • Coordenação motora fina;
Período das Operações Concretas (7 a 11 ou 12 anos)
  • Início da capacidade de utilizar a lógica;
  • Número, conservação de massa e noção de volume;
  • Operações matemáticas, gramática, capacidade de compreender e se lembrar de fatos históricos e geográficos;
  • Auto-análise, possibilidade de compreensão dos próprios erros;
  • Planejamento das ações;
  • Compreensão do ponto-de-vista e necessidades dos outros;
  • Coordenação de atividades, jogos em equipe, formação de turmas de amigos (no
  • início de ambos os sexos, no fim do período mais concentrada no mesmo sexo);
  • Julgamento moral próprio que considera as intenções e não só o resultado;
  • Período das Operações Formais (11-12 anos em adiante)
  • Abstração matemática (x, raiz quadrada, infinito);
  • Formação de conceitos abstratos (liberdade, justiça);
  • Criatividade para trabalhar com hipóteses impossíveis ou irreais;
  • Reflexão existencial;
  • Crítica dos valores morais e sociais;
  • Moral própria baseada na moral do grupo de amigos;
  • Experiência de coisas novas, estimuladas pelo grupo de amigos;
  • Desenvolvimento da sexualidade.


Lev Vygotsky: A Teoria do Desenvolvimento Cognitivo

Para Vygotsky, afirmações como essas estão associadas a diferenças históricas e culturais que influenciam o modo como as pessoas, em diferentes sociedades,
As pessoas agem, interpretam e representem o mundo. Vygotsky é conhecido como "sociointeracionista", pois concebe que o ser humano constitui-se nas relações sociais que ocorrem em um determinado contexto histórico-cultural. Sua premissa tem como referencial filosófico o materialismo dialético que pressupõe o estudo histórico dos processos de mudança a partir da análise e reconstrução das relações dinâmicas contextuais e processuais da realidade.
Para tanto, Vygotsky postulou que a vivência em sociedade é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano.
O desenvolvimento psicológico de um indivíduo respeitará a história de sua história, espécie, isto é, a filogênese, que define os limites e as possibilidades das características do corpo humano, das condições de funcionamento psicológico e da plasticidade cerebral.
Portanto, conclui-se que Piaget, em seus estudos deu ênfase ao caráter construtivo, ou seja, das construções realizadas pelo sujeito. Já Vigotsky, aos processos de trocas, de interação do sujeito com seu meio, principalmente seu meio social e cultural.


REFERÊNCIAS
WRUCK. Dianne Françoise, OLIVEIRA. Germani de. Fernanda. Desenvolvimento e Aprendizagem na Escola. Blumenau. Edifurb; Gaspar, ASSEVALI Educacional 2008.
PIAGET. Jean. A Construção do Real na Criança. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1970. 360 p.

Dia da Justiça no Palácio da Justiça


Ruy Barbosa e Deusa Têmis guiam visita especial pelo Antigo Palácio da Justiça, dia 8/12

O tour, que faz parte do programa Por dentro do Palácio, promovido pelo CCPJ-Rio, comemora o Dia da Justiça

Conhecer o Antigo Palácio da Justiça pode ser um passeio ainda mais interessante e divertido quando os guiam se tratam de personagens históricos e mitológicos. No dia 8 de dezembro, quando se comemora o Dia da Justiça, o grande jurista Ruy Barbosa, interpretado por Eduardo Diaz, e Têmis, a deusa grega protetora das leis e dos juramentos, interpretada por Dulce Penna de Miranda, comandam uma visita guiada mais do que especial, promovida peloCentro Cultural do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. O tour integra o programa Por dentro do Palácio e tem entrada gratuita e classificação livre.

O passeio começa nas escadarias do Antigo Palácio da Justiça, onde o intelectual e a deusa recebem os visitantes. Após uma breve contextualização, os guias os levam para escadaria lateral de acesso ao Salão dos Passos Perdidos. Com o nome oficial de Salão dos Bustos, o espaço ficou conhecido dessa forma por ser o local onde advogados, familiares, jornalistas e curiosos se reuniam durante os intervalos dos julgamentos.

No segundo pavimento, a visita segue pelo suntuoso salão histórico do Primeiro Tribunal do Júri, local preferido das crianças, onde elas podem conhecer o funcionamento de um júri, sentar-se nas cadeiras dos jurados, do réu e até mesmo na do juiz.

Seguindo para o terceiro andar, são visitadas a Câmara Isolada, sala de sessão onde os desembargadores se reuniam para o julgamento em colegiado dos processos em segunda instância; e o Tribunal Pleno, local onde se reuniam os desembargadores, por ocasião das sessões do mais alto órgão do Poder Judiciário. O plenário recebeu eventos marcantes da vida Judiciária e política do país, sendo o mais importante deles a promulgação do Código Penal Brasileiro, em 1940, com a presença do então Presidente da República Getúlio Vargas.

O passeio é encerrado no térreo, quando o público para conhece o Pátio Interno do Palácio e as dependências do CCPJ-Rio, com uma passagem pela Sala de Acervo de Figurinos e a Sala Multiuso, onde são realizadas diversas atividades, como espetáculos teatrais, musicais, exibições de filmes, cursos, entre outros.


Por dentro do Palácio
Considerado um marco de sucesso na programação do CCPJ-Rio, o programa "Por dentro do Palácio" teve início em janeiro de 2011. Em sua primeira versão, os visitantes eram guiados pelo personagem Ruy Barbosa. O tour com a deusa Têmis teve sua estreia em março desse ano. Para Sílvia Monte, diretora do CCPJ-Rio e idealizadora do programa, o projeto tem cumprido seu objetivo original: estimular que o cidadão visite o Antigo Palácio da Justiça para conhecer, de forma lúdica e descontraída, um pouco da memória e do funcionamento do Judiciário.


Centro Cultural do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (CCPJ-Rio)
Braço cultural do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o CCPJ-Rio iniciou suas atividades em novembro de 2010, na ocasião da reabertura do Antigo Palácio da Justiça, construído em 1926 para instalar a Corte de Apelação do então Distrito Federal. Desde então, o CCPJ-Rio tem oferecido à população programação gratuita, rica e diversificada, com o compromisso de criar e estimular programas especiais que, aos poucos, formem a identidade de um Centro Cultural promovido pela e na Casa da Justiça. Consolidando, assim, a sua missão: privilegiar o conhecimento e a arte como condições essenciais ao pleno exercício da cidadania.


POR DENTRO DO PALÁCIO
Visita guiada teatralizada pelo Antigo Palácio da Justiça

Ficha Técnica - Ruy Barbosa
Ruy Barbosa por Eduardo Diaz
Texto e direção: Rafael Ribeiro
Figurino: Daniela Garcia Christino
Caracterização: Ateliê Vavá Torres
Criação e produção: CCPJ-Rio

Ficha técnica - Deusa Têmis
Deusa Têmis por Dulce Penna de Miranda
Texto e direção: Claudio Castro Filho
Figurino: Espetacular Produções & Artes
Adereços: Claudia Taylor
Caracterização: Ateliê Vavá Torres
Criação e produção: CCPJ-Rio


Serviço:
Local: Centro Cultural do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro - Antigo Palácio da Justiça
Site: http://portaltj.tjrj.jus.br/web/guest/institucional/centrocultural
Endereço: Rua Dom Manuel, 29, Centro - Rio de Janeiro - RJ
Datas: 08/12 (sábado)
Horário: 16 horas
Distribuição de senhas no local: 15 min antes do início da visita
Número de visitantes por sessão: 40
Duração da visita: 60 min
Recomendação etária: livre
Telefones para informações e agendamento: (21) 3133-3368
Entrada gratuita

Mesa-Redonda "A Língua Portuguesa e sua Expansão Pelo Mundo"



ABL realiza mesa-redonda sobre o tema “A língua portuguesa e sua expansão no mundo”, com o Acadêmico, filólogo e lexicólogo Evanildo Bechara

Academia Brasileira de Letras realiza mesa-redonda sobre o tema “A língua portuguesa e sua expansão no mundo”, com o Acadêmico, filólogo e lexicólogo Evanildo Bechara. O evento, programado para o dia 04 de dezembro, terça-feira, às 16 horas, na Sala José de Alencar, na sede da Academia, à Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro, contará ainda com a participação da professora Sonia Netto Salomão, da Universidade de Roma “La Sapienza”. Entrada franca.
A mesa-redonda acontecerá poucos dias antes de entrar em vigor, no dia 1º de janeiro do ano que vem, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A data foi estabelecida pelo Decreto nº 6583, de 29 de setembro de 2008. Segundo o Acadêmico Evanildo Bechara, “muito antes do prazo, o acordo já se achava completamente adotado entre nós, graças ao apoio decisivo da maior parte da imprensa, das autoridades de ensino do país, e do magistério de todos os graus, ressalvadas poucas resistências de pequeno grupo de especialistas, escritores, de educadores e de jornalistas contrários a mudanças de hábitos ortográficos”.
Saiba mais
Quinto ocupante da Cadeira da nº 33 da ABL, eleito em 11 de dezembro de 2000, Evanildo Bechara, nascido no Recife em 1928, é professor titular e emérito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), atua nos cursos de pós-graduação e de aperfeiçoamento para professores universitários e de ensino médio e fundamental. É também membro da Academia Brasileira de Filologia, Sócio Correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra. Representa a ABL para a adoção e consolidação do Acordo Ortográfico.
Entre centenas de artigos, comunicações a congressos nacionais e internacionais, Bechara escreveu livros que já se tornaram clássicos pelas suas sucessivas edições. Foi eleito por um colegiado de educadores do Rio de Janeiro, com apoio da Folha Dirigida, uma das dez personalidades educacionais de 2004 e 2005. A convite da Nova Fronteira, integra o Conselho Editorial dos diversos volumes do Dicionário Caldas Aulete. Em 2005, foi nomeado membro do Conselho Estadual de Leitura do Rio de Janeiro e da Comissão para a Definição da Política de Ensino, Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa, iniciativa do Ministério da Educação.
Sonia Netto Salomão é titular da Cátedra de Língua, tradução e cultura portuguesa e brasileira na Universidade de Roma “La Sapienza”. É Doutora em Teoria da Literatura, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde ensinou nos cursos de graduação e pós-graduação, de 1980 a 1992, e possui pós doutorado em Semiótica e História Literária, pela universidade “La Sapienza” de Roma. Nas suas pesquisas tem-se dedicado sobretudo à recuperação e à interpretação da memória artístico literária portuguesa e brasileira através da história das instituições e do estudo em chave filológica e lingüístico literária de textos dispersos em bibliotecas e arquivos.
Algumas publicações: Censores de pincenè e gravata: dois momentos da censura teatral no Brasil, Codecri, Rio de Janeiro, 1981; Tradição e invenção: a semiótica literária italiana, Ática, São Paulo, 1993; A. Vieira, Sermão da Sexagésima, com uma rara versão italiana de 1668, edição, introdução e notas, Senado Federal, Brasília, 1997; A. Vieira, Sermões italianos, edição, introdução e notas, Sette Città, Viterbo, 1998; A. Vieira, As lágrimas de Heráclito, edição, introdução e notas, Ed. 34, São Paulo, 2001; Da palavra ao texto, estudos linguísticos, filológicos, literários, Sette Città, Viterbo, 2004; Machado de Assis: dal “Morro do Livramento” alla Città delle Lettere, Viterbo, Sette Città, 2006.

Seminário Brasil, brasis "A Palavra Cantada de Manuel Bandeira"




Seminário “Brasil, brasis” de novembro debateu na ABL o tema “Jogos e educação: presente e futuro”

"Jogos e educação: presente e futuro" foi o tema do  debate do Seminário Brasil, brasis daAcademia Brasileira de Letras. A coordenação foi do Acadêmico Domício Proença Filho, Primeiro-Secretário da ABL. Os participantes foram os professores Suely Druck e João Mattar. O evento aconteceu no dia 29 de novembro, quinta-feira, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., 280 lugares, na sede da  ABL, na Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. A
O Seminário Brasil, brasis, com entrada franca e transmissão ao vivo pelo Portal da ABL, tem patrocínio do Bradesco.
Saiba mais
Suely Druck é graduada em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em Matemática pela Associação Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, doutora em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com pós-doutorado pela Université de Paris XI. Professora Visitante por diversas vezes na Université Paul Sabatier, Toulouse, França. Foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense por quatro anos.
Presidente da Sociedade Brasileira de Matemática por dois mandatos, quando criou a Bienal da SBM, evento dedicado exclusivamente ao ensino da Matemática. Mentora das Olimpíadas Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), implementou o projeto em todo país e foi sua Diretora Acadêmica por sete anos. Foi membro da Diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, assim como do Scientific Planning Groups - International Council for Science –Latin America& Caribbean que elaborou proposta para o ensino da Matemática para América Latina e Caribe. Atualmente é Professora Associada 2 da Universidade Federal Fluminense. Condecorada com a Ordem Nacional do Mérito Científico em 2009 pelo Governo Brasileiro.
João Mattar é Bacharel em Filosofia (PUC-SP) e Letras – Português, Francês e Inglês (USP), com Especialização em Administração (FGV-SP), Mestrado em Tecnologia Educacional (Boise State University), Doutorado em Letras (USP) e Pós-Doutorado (Stanford University), onde foi visiting scholar (1998-1999). É autor de diversos livros, dentre os quais: Filosofia e Ética na Administração (Saraiva), Metodologia Científica na Era da Informática (Saraiva), ABC da EaD: a educação a distância hoje (Pearson), Filosofia da Computação e da Informação (LCTE), Games em Educação: como os nativos digitais aprendem (Pearson), Introdução à Filosofia (Pearson), Guia de Educação a Distância (Cengage Learning) e Tutoria e Interação em Educação a Distância(Cengage Learning). É professor da Universidade Anhembi Morumbi e pesquisador e orientador de Doutorado no TIDD – Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP).

Ciclo de Conferências "Épicos Brasileiros da Contemporaneidade"



Ciclo de conferências da ABL debate o tema “Épicos brasileiros da contemporaneidade”, com o professor Anazildo Vasconcelos da Silva

O Ciclo de conferências “A epopeia revitalizada”, da Academia Brasileira de Letras, debaterá o tema “Épicos brasileiros da contemporaneidade”, a ser proferida pelo professor Anazildo Vasconcelos da Silva. A coordenação é do Acadêmico e poeta Carlos Nejar. O evento está programado para o dia 04 de dezembro, terça-feira, 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., 280 lugares, na sede da Academia, na Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro.
O ciclo terá ainda mais uma palestra: dia 11 de dezembro, "Dos cavalos da Inconfidência: a voz antiépica de Cecília Meireles", com o Acadêmico e poeta Antonio Carlos Secchin.
Os Ciclos de Conferências da ABL, com entrada franca e transmissão ao vivo pelo Portal, têm patrocínio da Petrobras.
Saiba mais
Anazildo Vasconcelos da Silva é doutor em Letras e professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Além de professor titular de Literatura Brasileira da Universidade Veiga de Almeida, atuou também nos Estados Unidos, como professor visitante, nas Universidades do Arizona, do Novo México e de Illinois. Desenvolveu na UFRJ, durante os trinta anos de ensino nos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Letras, um projeto de pesquisa na área de Semiologia, sobre a criação e os gêneros literários, de que resultaram as Semiotizações literárias do discurso (a ficcional, a lírica, a épica, a ensaística e a retórica), que, reunidas, compõem uma Semiótica Literária.
A Semiotização épica do discurso, publicada em artigo em 1980 e em livro em 1984, teoria épica do discurso que resgata a perspectiva crítico evolutiva da épica ocidental, de Homero ao Pós-modernismo, divulgada em cursos de pós-graduação de Universidades do Brasil e do exterior, em congressos nacionais e internacionais, foi o suporte teórico que possibilitou o resgate crítico da epopeia.
A Formação épica da literatura brasileira, publicada em 1987, é a primeira obra que formula o percurso da épica brasileira no processo de formação da literatura brasileira, das origens ao pós-modernismo, serviu de suporte teórico para dezenas de dissertações e teses na UFRJ e outras universidades brasileiras e estrangeiras.

Mostra Benjamin de Oliveira


HERÓIS NEGROS NO MÊS DE DEZEMBRO

Estreia de Zumbi e reapresentação de Galanga, Chico Rei marcam o segundo mês da Mostra Benjamin de Oliveira

De 13 a 15 de dezembro, quinta-feira a sábado, às 20h, e no dia 16 de dezembro, domingo, às 19h, a Funarte MG recebe a estreia belo-horizontina de Zumbi. O espetáculo, que já passou pelo Rio de Janeiro e por São Paulo, é baseado no antológico Arena conta Zumbi, de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, e conta com direção de João das Neves e direção musical de Titane. Com músicas de Edu Lobo, o espetáculo que estreou em 1965, no Teatro Arena de São Paulo, em plena ditadura militar, narra a história de luta e resistência dos quilombolas de Palmares. Considerado o primeiro musical autenticamente brasileiro, foi nele que Boal também colocou em prática, pela primeira vez, o chamado “sistema curinga”, por ele criado. Pelo sistema, a noção de ator principal desaparece, já que os protagonistas são representados por diversos artistas na mesma encenação.

Para a montagem do espetáculo Zumbi, produzida pelo Instituto Augusto Boal, João das Neves escolheu um elenco negro formado por dez atores-cantores de Belo Horizonte. Eles se revezam no desempenho das pequenas cenas focadas sobre os pontos fortes da trama, deixando a um ator coringa a função de fazer as interligações entre os fatos, pessoas e processos. O emprego da música ajuda as passagens de cena, acrescentando tons líricos de grande efeito. Os arranjos são assinados por Titane, Alysson Salvador e Gilvan de Oliveira.

A Mostra Benjamin de Oliveira também traz para o mês de dezembro outra peça dirigida por João das Neves, com Maurício Tizumba no papel principal: Galanga, Chico Rei. De 20 a 22 de dezembro, quinta-feira a sábado, às 20h, e no dia 23 de dezembro, domingo, às 19h, o público poderá conferir a incrível história da vida de Chico, rei de uma tribo do Congo, que é trazido como escravo para o Brasil e torna-se herói, libertando diversos negros da escravidão. Os textos e músicas são de Paulo César Pinheiro.

DANÇAS, CRIANÇAS E ARTUROS

A extensa programação para o último mês do ano também inclui os espetáculos de dança Faça algum barulho, da Rui Moreira Cia. de Danças (1º de dezembro, sábado, às 20h), Africar, do grupo Código Movimento (2 de dezembro, domingo, às 19h), Mulheres de Baobá, da Companhia Baobá de Dança (6 de dezembro, quinta-feira, às 20h) e a instalação coreográfica Ela vestida, da Cia Suspensa (9 de dezembro, domingo, às 19h). A criançada será contemplada com o espetáculoA Arca de Vinícius, no dia 8 de dezembro, sábado, às 20h, no qual a cantora e atriz Ana Cristina interpreta canções de Vinícius de Moraes.

O Grupo Teatral Filhos de Zambi, da centenária Comunidade dos Arturos, apresenta no dia 7 de dezembro, sexta-feira, às 20h, o espetáculo Abolição, um novo olhar, que tem dramaturgia de Cida Falabella e direção de Carlos Henrique e Epaminondas Reis. Em parceria com o Grupo Trama, a peça é uma releitura do processo da abolição da escravatura e suas consequências na sociedade brasileira, por meio do olhar dos jovens e das tradições culturais dos Arturos.

Todos os espetáculos serão apresentados na Funarte MG (Rua Januária, 68, Floresta) e custam 10 reais (inteira) e 5 reais (meia-entrada), com exceção do espetáculo infantil que será gratuito.

MOSTRA BENJAMIN DE OLIVEIRA

Idealizada pela Cia. Burlantins, companhia teatral que tem à sua frente o cantor e compositor Maurício Tizumba, a mostra tem foco nas artes cênicas e prevê 77 dias de programação, sempre de quinta-feira a domingo. Ao todo, serão 21 espetáculos teatrais, de dança e de circo, entre apresentações para o público adulto e infantil.  A programação contempla ainda oficinas e atividades especiais para escolas públicas.

O nome da mostra já revela seu eixo temático. Benjamin de Oliveira, patrono da Burlantins desde a fundação do grupo, nasceu em 1870 e foi o primeiro palhaço negro do Brasil. É considerado o criador do circo-teatro brasileiro, gênero que levava para as ruas paródias de operetas, contos de fadas teatralizados e grandes clássicos da literatura. Nos entreatos, cantava lundus, chulas e modinhas em companhia de seu violão. Ao escolher o nome daquele que era conhecido como “Rei dos Palhaços”, a companhia reitera seu desejo de valorizar a riqueza cultural dos negros brasileiros. Os espetáculos e demais atividades trazem, portanto, a cultura afro como tema ou um elenco predominantemente negro. “Esses foram os critérios que nortearam a escolha dos grupos, mas somamos a isso a excelência dos trabalhos e dos profissionais envolvidos”, explica Maurício Tizumba, diretor artístico da mostra.

Concorrendo com outros seis projetos, a Mostra Benjamin de Oliveira foi contemplada pela Fundação Nacional de Artes - Funarte no Edital de Ocupação do Galpão 3 da Funarte MG 2012.


Serviço

MOSTRA BENJAMIN DE OLIVEIRA
Funarte MG (Rua Januária, 68, Floresta)  

1º de dezembro, sábado, às 20h: Faça algum barulho (Rui Moreira Cia. de Danças)
2 de dezembro, domingo, às 19h: Africar (Código Movimento)
6 de dezembro, quinta-feira, às 20h: Mulheres de Baobá (Companhia Baobá de Dança)
7 de dezembro, sexta-feira, às 20h: Abolição, um novo olhar (Grupo de Teatro Filhos de Zambi, Comunidade dos Arturos)
9 de dezembro, domingo, às 19h: Ela Vestida (Cia Suspensa)
13 a 15 de dezembro, quinta-feira a sábado, às 20h. Dia 16 de dezembro, domingo, às 19h: Zumbi
20 a 22 de dezembro, quinta-feira a sábado, às 20h. Dia 23 de dezembro, domingo, às 19h: Galanga, Chico Rei

R$10,00 (inteira), R$5,00 (meia)
A bilheteria abre uma hora antes do espetáculo

Programação infantil gratuita:
8 de dezembro, sábado, às 16h: A Arca de Vinícius (Ana Cristina)

Informações:

Seminário "Sociedade dos Intérpretes e a Democratização da Cidade"


IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros

 Seminário
Sociedade dos Intérpretes e a Democratização da Cidade

Dia 12/12/2012, Das 9h30min às 17h - Local: Plenário do IAB


Faça sua inscrição gratuita!



Programação

1ª Mesa | A Ocupação Urbana: a casa e a rua.  Horário: 9h30 às 12h30

Mediador: Joycemar Tejo | Membro da Comissão de Direitos Sociais do IAB

Palestrantes
Jorge Borges | Geógrafo e Assessor Técnico de Planejamento Urbano.
Lurdinha Lopes | Movimento Nacional de Luta pela Moradia - MNLM.
Maria de Fátima da Silva | Conselheira do CEDCA e Pamen Cheifa.
Márcia Gatto | Rede Rio Criança.

2ª Mesa | Sobre a Segurança Pública.  Horário: 14h às 17h

Mediadora: Margarida Prado | Membro da Comissão Permanente de Direitos Humanos do IAB

Palestrantes:
Fernanda Maria Vieira | Centro de Assessoria Popular Mariana-Criola.
Taiguara Souza | Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate a Tortura
José Carlos Brasileiro | Instituto de Consciência Negra Nelson Mandela.
Márcia Jacintho | Rede Contra a Violência.

Público-alvo:
Advogados, bem como todos os demais profissionais de carreira jurídica e estudantes de Direito. 

Concedidas 6 horas de estágio aos estudantes de Direito pela OAB/RJ

Local: Plenário do Instituto dos Advogados Brasileiros
Av. Marechal Câmara, 210 - 5º andar - Castelo -  Rio de Janeiro/RJ

Informações: www.iabnacional.org.br
(21)2252-4538 / 2509-4951

Vagas limitadas. Confirme logo sua participação!