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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Lançamento do Livro de Francisco Terranova


Poeta de mão cheia, com 13 livros publicados, o italiano Franco Terranova não desenha e nem pinta. Mas foi justamente dentro deste universo que ficou conhecido. Fundador da memorável Petite Galerie, a primeira galeria de arte moderna no Brasil, que funcionou de 1954 a 1988 no Rio de Janeiro, o eterno marchand está à frente de um projeto grandioso: a publicação de um livro de poesia ilustrado com obras de arte especialmente criadas por 73 artistas plásticos.

O time é forte. Nas páginas de Sombras (Réptil Editora) estão presentes criações de craques como Millôr Fernandes, Anna Bella Geiger, Cildo Meireles, Abraham Palatnik, Nelson Leirner, Waltercio Caldas, Luiz Aquila, Wesley Duke Lee e Frans Krajcberg, entre vários outros que aceitaram sem pestanejar o convite feito por Franco Terranova há quase 10 anos. O texto de abertura é do poeta e amigo de longa data, Ferreira Gullar.

Finalmente a obra será lançada dia 27 de outubro pela Réptil Editora, junto com uma exposição dos trabalhos originais, no MAM Rio.  Com curadoria de Denise Mattar, a mostra apresenta as obras inéditas que estão no livro e cerca de 80 fotografias dos artistas e dos vernissages que aconteceram na Petite Galerie. “Este livro é dos artistas que, com sua generosidade, interviram em meu texto acreditando cegamente (ou quase) na qualidade dele. Muito devo aos que participaram deste projeto comigo e aos ausentes sempre presentes”, diz Franco.

Edição de luxo, o livro presta uma homenagem a um dos mais importantes marchands brasileiros. Os artistas utilizaram técnicas variadas sobre papel fabriano 300g. Dois filhos de Franco participam do projeto: a artista plástica Paola Terranova, responsável pela diagramação e arte final; e o fotógrafo Marco Terranova, que assina a imagem de capa da publicação.
As poesias contidas em Sombras, segundo Franco, funcionam como uma “autobiografia inventada”, organizadas de acordo com suas lembranças afetivas. Entram flashes de sua vivência na Itália, do mundo das artes e das perdas de amigos como Millôr Fernandes, Mário Faustino, Iberê Camargo, Angelo de Aquino, Volpi, Pancetti, Avatar Moraes, Moriconi, Bruno Giorgi, Guignard, Maria Leontina e tantos outros.

O convite para participar do livro foi aceito de imediato pelos artistas, que nutrem por Franco carinho e admiração. Cada um recebeu uma página em branco com o trecho da poesia. A intervenção fluiu livremente, sem qualquer direcionamento. “É uma honra participar deste projeto maravilhoso. O Franco foi fundamental na minha vida, foi o primeiro que acreditou no meu trabalho e comprou grande parte da minha produção inicial. É uma pessoa de muitos admiradores” exalta o pintor Luiz Aquila, um dos expoentes dos anos 1960 que estão em “Sombras”, assim como Antonio Dias, Carlos Vergara, Antonio Manuel etc.

Daniel Senise não chegou a expor na Petite, mas lembra bem da importância do marchand para os artistas. “A Petite foi um marco no Rio de Janeiro. O Franco é um personagem querido e respeitado, que incentivou muitas carreiras. A relação amorosa que ele tem com a vida e com o trabalho me impressiona”, observa Senise.
O livro Sombras conta com o apoio cultural da Concremat, através dos benefícios da Lei Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.

SOBRE FRANCO TERRANOVA
Vindo da Itália em 1947, depois de lutar na Segunda Guerra Mundial, Terranova criou a Petite Galerie em um diminuto estabelecimento na Avenida Atlântica, em Copacabana. Seu último endereço, na Barão da Torre (onde hoje é a churrascaria Porcão), fechou ao longo de três dias de 1988, num evento que Terranova batizou de “O eterno é efêmero”, com artistas criando obras nas paredes, em seguida pintadas de branco. A galeria foi berço para muitos dos principais artistas plásticos do Brasil contemporâneo. O marchand também é reconhecido por introduzir no mercado brasileiro técnicas atualizadas de marketing cultural, realizar os primeiros leilões de arte moderna e fomentar a produção cultural no país. Desde 1988, quando sua galeria fechou as portas por contingências do mercado, Terranova tem se dedicado de forma mais exclusiva a escrever poesias.


ARTISTAS QUE PARTICIPAM DO LIVRO: Abraham Palatnik, Adriano de Aquino, Alexandre da Costa, Amélia Toledo, Angelo de Aquino, Angelo Venosa, Ana Bella Geiger, Anna Letycia, Anna Maria Maiolino, Antonio Dias, Antonio Henrique Amaral, Antonio Manuel, Artur Barrio, Ascânio MMM, Avatar Moraes, Barrão, Benevento, Carlos Fajardo, Carlos Vergara, Chica Granchi, Cildo Meireles, Cristina Salgado, Daniel Senise, Dileny Campos, Eduardo Sued, Enéas Valle, Ernesto Neto, Florian Raiss, Franco Terranova, Frans Krajcberg, Frida Baranek, Gastão Manoel Henrique, Gianguido Bonfanti, Hildebrando de Castro, Iole de Freitas, Ivald Granato, Jac Leirner, José Resende, José Roberto Aguilar, Leda Catunda, Lena Bergstein, Lu Rodrigues, Luiz Alphonsus, Luiz Aquila, Luiz Paulo Baravelli, Luiz Pizarro, Luiz Zerbini, Malu Fatorelli, Marcia Barrozo do Amaral, Marco Terranova, Maria Bonomi, Maria do Carmo Secco, Millôr Fernandes, Mo Toledo, Monica Barki, Myra Landau, Nelson Leirner, Paola Terranova, Roberto Magalhães, Rubem Grilo, Samico, Sergio Romagnolo, Serpa Coutinho, Sérvulo Esmeraldo, Siron Franco, Tino Stefanoni, Tomoshige Kusuno, Tunga, Urian, Victor Arruda, Waltercio Caldas, Wanda Pimentel, Wesley Duke Lee.

SOBRE O LIVRO SOMBRAS
Réptil Editora
Textos: Franco Terranova
Foto da capa: Marco Terranova
Projeto gráfico: Franco Terranova
Diagramação e arte final: Paola Terranova e Gabi Caspary
Produção executiva e Marketing Cultural: Marcela Bronstein
Preço: R$ 120,00

SOBRE A RÉPTIL EDITORA – Fundada em 2004 pela editora e jornalista Luiza Figueira de Mello, a Réptil desenvolve livros que valorizam a arte em suas diversas expressões. Unindo qualidade textual e alto padrão gráfico, a editora busca registrar a riqueza cultural brasileira em livros capazes de estender as fronteiras territoriais, sempre através de propostas criativas e inovadoras. Entre seus projetos estão: Desenhos – Como uma piscada de vaga-lume, de José Bechara; Rio de Cantos 1.000, de Custodio Coimbra, Cristo Redentor de Braços Abertos, de Maria Izabel Noronha e Blocos de Rua do Carnaval do Rio de Janeiro, de Aydano André Motta, Andre Arruda e Custodio Coimbra.

SERVIÇO:
Lançamento do livro e abertura da exposição: 27/10 (sábado), às 15h
Período da mostra: de 27/10 a 11/11
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Realização: MAM Rio
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
De terça a sexta, das 12h às 18h Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h A bilheteria fecha 30 min antes do término do horário de visitação.
Ingresso: R$ 12,00
Estudantes maiores de 12 anos R$ 6,00
Maiores de 60 anos R$ 6,00
Amigos do MAM e crianças até 12 anos entrada gratuita
Quartas-feiras a partir das 15h entrada gratuita
Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$12,00
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140
Telefone: 21.2240.4944