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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Inauguração do Museu de Arte do Rio



Inauguração oficial, para convidados, do Museu de Arte do Rio, o MAR, às 19h. A abertura para o público acontece no dia 5 de março.
O MAR – Museu de Arte do Rio pretende promover uma leitura transversal da história da cidade, seu tecido social, sua vida simbólica, conflitos, contradições, desafios e expectativas sociais. Suas exposições vão unir dimensões históricas e contemporâneas da arte por meio de mostras de curta e média duração, de âmbito nacional e internacional. O Museu surge também com a missão de inscrever a arte no ensino público, por meio da Escola do Olhar.
O  MAR será instalado na Praça Mauá, em dois prédios de perfis heterogêneos e interligados: o Palacete Dom João VI, tombado e eclético, onde será o pavilhão de exposições, e o edifício vizinho, de estilo modernista – originalmente um terminal rodoviário –, que abrigará a Escola do Olhar. Com projeto arquitetônico concebido pelo escritório carioca Bernardes + Jacobsen, o Museu possui 15 mil metros quadrados que incluem oito salas de exposições (somam cerca de 2.400 metros quadrados), divididas em quatro andares; área educativa; auditório; biblioteca; restaurante-mirante; café; loja; áreas administrativa e de reserva técnica. Os dois prédios que compõem o MAR são interligados por uma cobertura fluida de concreto, que remete a uma onda, uma praça suspensa e uma rampa coberta, localizada nos fundos do museu.
Com sua própria coleção – já em processo de formação por meio de aquisições e doações correspondentes à sua agenda – o MAR contará também com empréstimos de obras de algumas das melhores coleções públicas e privadas do Brasil para a execução de seu programa. Para sua inauguração, estão sendo produzidas quatro exposições – mais informações abaixo.
O MAR já nasce com uma escola, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação, e usando como base o programa curatorial que norteia a instituição. Por meio da Escola do Olhar, o MAR vai atuar de maneira integrada na formação continuada dos professores da rede municipal de ensino e no recebimento dos estudantes das escolas públicas municipais. Com a expectativa de atender dois mil educadores por ano, o MAR trabalhará em parceria constante com a Secretaria Municipal de Educação. Seu programa de Arte e Educação tem como objetivo implementar, desenvolver e sistematizar ações educativas tomando como premissa a arte em relação à cidade, à comunidade local e ao público diversificado que visita a instituição.
A missão do MAR, sua agenda e programação, a formação de seu acervo e de sua biblioteca, a estruturação de programas educativos e a edição de material, entre outras atividades, serão definidas por um comitê cultural liderado pelo crítico de arte Paulo Herkenhoff, diretor cultural, e Luiz Fernando de Almeida, diretor executivo do Museu. A gestão do Museu de Arte do Rio fica a cargo do Instituto Odeon, organização social (OS) vencedora da concorrência pública aberta pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O Instituto, criado em 1998, tem promovido a cidadania e o desenvolvimento socioeducacional por meio da realização de projetos culturais.
O MAR é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Fundação Roberto Marinho, com a Vale e as Organizações Globo como Patrocinadoras e tem o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
3º Andar
Rio de Imagens: Uma Paisagem em Construção
Curadoria – Rafael Cardoso e Carlos Martins
A exposição Rio de Imagens: Uma Paisagem em Construção ocupa o terceiro andar do pavilhão de exposições do MAR – o primeiro no fluxo de visitação proposto pelo museu – e aborda a evolução da cidade, ao longo de quatro séculos. Com curadoria de Carlos Martins e Rafael Cardoso, a mostra conta com aproximadamente 400 peças e retratará as transformações do cenário urbano e a construção do imaginário sobre o Rio de Janeiro.

Além de importantes obras da arte brasileira dos séculos XIX e XX – entre elas, quadros de Tarsila do Amaral, gravuras de Lasar Segall e aquarelas de Ismael Nery –, a exposição apresenta objetos do cotidiano que são diretamente influenciados pela paisagem carioca, como objetos de decoração, fotos, desenhos e gravuras. A arte contemporânea ganhará um espaço exclusivo na mostra com um apanhado da produção artística brasileira dos anos 50 até os dias de hoje. Três instalações multimídia, criadas especialmente para a exposição, ajudarão o visitante a imaginar a cidade em sua dimensão histórica e afetiva.

2º Andar
O Colecionador : Arte Brasileira e Internacional na coleção Boghici
Curadoria – Luciano Migliaccio e Leonel Kaz
Concebida por Aprazível Edições e Arte, com curadoria artística de Luciano Migliaccio e Leonel Kaz, projeto cenográfico assinado por Daniela Thomas e Felipe Tassara e programação visual de Jair de Souza, a exposição apresentará cerca de 140 peças da coleção particular do marchand Jean Boghici. De forma lúdica, a mostra vai propor um mosaico da nossa arte e história, no século XX. O recorte curatorial se inicia com a Missão Francesa de 1816 e se estende aos dias de hoje. Entre pinturas e esculturas, O Colecionador irá reunir obras de Di Cavalcanti, Brecheret, Guignard, Vicente do Rego Monteiro, Rubens Gerchman,  Antonio Dias, Calder, Lucio Fontana, Morandi, Kandinsky, Max Bill e outros 70 artistas.

1º Andar
Vontade Construtiva na Coleção Fadel
Curadoria – Paulo Herkenhoff e Roberto Conduru
Com cerca de 230 peças, a mostra pretende exibir um expressivo e histórico conjunto de obras da coleção Fadel, todas produzidas por artistas plásticos brasileiros participantes dos movimentos concreto e neoconcreto, que surgiram e se desenvolveram durante as décadas de 1950 e 1960. E apresentar também obras significativas deste período artístico pertencentes ao acervo do Museu de Arte do Rio – MAR, adquiridas ou doadas recentemente.
Um dos principais objetivos da exposição é demonstrar a relação direta que os movimentos modernos e pós modernos no Brasil tiveram, e ainda têm como alicerces sólidos para a edificação cultural do país – vitais no desenvolvimento socioeconômico. Vontade Construtiva na Coleção Fadel reunirá obras de Willys de Castro, Hercules Barsotti, Lygia Clark, Franz Weissemen, Ligya Pape, Hélio Oiticica, Aloísio Carvão, Avatar de Moraes, Amilcar de Castro e Almir Mavigner, entre outros.

Térreo
O Abrigo e o Terreno – Arte de Sociedade no Brasil I
Curadoria – Clarissa Diniz e Paulo Herkenhoff

A exposição concentra sua atenção na ocupação do espaço público, na dinâmica da sociabilidade. Questões como as relações de inclusão e exclusão no contexto urbano; a constituição da propriedade, a ideia de posse e usufruto dos espaços sociais; a discussão das instâncias do público e do privado; as lógicas de concepção e organização das cidades, situações de reforma do planejamento urbano; e a constituição de espaços de convivência, encontro e antagonismo, dentre outras, serão abordadas na mostra. Com obras de Antonio Dias, Antonio Manuel, Bispo do Rosário, Helio Oiticica, Lucia Koch, Lygia Clark, Lygia Pape, Marepe, Raul Mourão, Rochele Costi, Waltercio Caldas e os coletivos Ocupação Prestes Maia, E-OU, Opavivará, entre outros, “O Abrigo e o Terreno – Arte de Sociedade no Brasil I” tem curadoria de Clarissa Diniz e Paulo Herkenhoff e faz parte do projeto “Arte e Sociedade no Brasil”, que deve ser trabalhado pelo MAR nos próximos quatro ou cinco anos.