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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

FGV Energia avalia Programa de Investimentos em Energia Elétrica anunciado pelo governo

O governo anunciou nesta terça, 11 de agosto, o Programa de Investimentos em Energia Elétrica (PIEE). Para que o país não viva uma nova crise energética como a ocorrida no início deste ano, foram anunciados investimentos na ordem de R$ 186 bilhões. Consultor sênior da FGV Energia, Paulo César Fernandes da Cunha avalia os impactos do anúncio.
“Essas obras já tinham sido sinalizadas anteriormente. O que se vê de forma positiva é a sinalização de prioridade para isso. Aparentemente, não se tem um elenco novo de obras além do que se tinha no horizonte, mas demonstra um reconhecimento das necessidades de investimentos no setor”, explica.
Os investimentos contemplam R$ 116 bilhões para obras de geração de energia e outros R$ 70 bilhões em linhas de transmissão, além do leilão de 37,6 quilômetros de linhas. A pretensão do Ministério de Minas e Energia é gerar até 31,5 mil megawatts de energia. Com o Brasil em crise econômica, Paulo é cauteloso ao avaliar esses investimentos.
“Um aspecto que não foi mencionado foi o financiamento desses investimentos. A própria viabilização das obras vai depender de como isso será equacionado, até porque estamos em uma situação econômica não favorável. O efeito prático desses investimentos só serão vistos no médio prazo e para isso essas obras terão que ser viabilizadas com a continuidade dos leilões”, explica.
Por outro lado, o consultor da FGV Energia elogiou a proposta de agilizar o licenciamento ambiental dessas obras. Pela complexidade das intervenções que são necessárias em obras como as de usinas hidrelétricas, esse licenciamento, em muitos casos, leva anos, o que acaba atrasando a conclusão das obras e, consequentemente, prejudicando a geração de energia.
“Gerar energia elétrica, independentemente da fonte, tem impacto ambiental e, portanto, isso tem que ser muito bem cuidado. O processo de licenciamento tem que ser muito eficaz e robusto, mas nem por isso tem que ser demorado. Isso é uma boa sinalização”, analisa.
Paulo ainda destacou que há, dentro do planejamento, projetos que preveem a diversificação da matriz energética brasileira, com foco em energias renováveis, como a eólica – já em bom estágio de desenvolvimento e com previsão de gerar 17 gigawatts (GW) de energia em 2019 contra os atuais 6 GW – e a solar, que ainda carece de investimentos. Para o consultor, a continuidade do processo de diversificação da matriz terá como consequência o aumento de oferta, mas destacou que os efeitos não serão sentidos no curto prazo.