No ano de 1990, já existiam mais de 10 milhões de pessoas infectadas pelo HIV na África. Desde o início da epidemia deAIDS, nos anos 1980, até os dias atuais, esse número já ultrapassou o de 40 milhões de infectados.
A AIDS é um dos problemas que tem dificultado os avanços sociais no continente africano, mantendo piora na esperança de vida e na configuração negativa do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do continente, onde a mortalidade é muito alta. Na África meridional, entre os anos 1980 e 2000, foi registrado a morte de mais de 11 milhões de pessoas vítimas do vírus da AIDS.
Entre os países africanos, Zimbabue e Botswana apresentam o maior número de infectados, com elevada taxa de infecção de 25% entre os adultos. Segundo levantamento da Divisão de Populações da ONU, em 2005, a expectativa de vida no Zimbábue caiu de 66 anos para 41 anos. Em Botswana, a expectativa de vida caiu para 29 anos. A preocupação com os dados forçou a ONU a revisar os cálculos para a confirmação dessas informações.
Em 1997, na África Subsaariana, cerca de 1,5 milhão de crianças ficaram órfãs devido à AIDS. Na Zâmbia, nessa época, um em cada quatro crianças com menos de 15 anos era órfã, e a tendência demonstra aumento desses casos até o ano de 2020. Além das perdas de vidas, a epidemia de AIDS compromete a composição da PEA (População Economicamente Ativa) dos países, adultos que atuam no mercado de trabalho.
Nos últimos anos, os países africanos perderam considerável camada da população profissionalmente ativa, comprometendo o desenvolvimento econômico e social do continente. A taxa dessa perda é de um em cada três adultos em Botswana , Lesoto, Suazilândia e Zimbábue; um em cada cinco adultos se encontra infectado na Namíbia, África do Sul e Zâmbia; e um em cada vinte nos demais países africanos.
Porém, no continente a AIDS atinge todas as classes sociais e profissionais, de professores a agricultores.