O MAR vai ocupar prédios de características bem distintas: o Palacete Dom João VI, de estilo eclético do início do século 20; e a construção modernista dos anos 40 que abrigou algumas delegacias policiais na Praça Mauá, no Centro do Rio. Serão 11.240 metros quadados de área construída em uma área total de 2.300 metros quadrados.
Beneficiando-se dos pés direitos altos, o MAR, propriamente, ficará abrigado no palacete, que já está com sua fachada recuperada. O prédio da polícia sediará a Escola do Olhar. No topo haverá uma praça suspensa. O espaço ainda terá bar – e um bistrô no térreo. Será nesse edifício que ficará a administração. Os pilotis, antes ocupados por um terminal rodoviário, virarão um grande foyer. Foi construída uma passarela suspensa no alto, ligando os dois prédios. E uma cobertura ondulante, feita de isopor industrial hiper resistente por um artesão do salgueiro, emula o movimento do mar.
Nova zona portuária
A cargo do escritório Bernardes + Jacobsen Arquitetura, o projeto surge dentro da grande renovação prevista para essa área, porta de entrada da cidade para quem chega de navio.
A revitalização da zona portuária carioca é um dos maiores projetos em curso no País. Nas últimas décadas, com seus galpões abandonados, sem investimento público, a região era mal utilizada comercialmente e residencialmente. A nova fase começou com obras de valorização do espaço público no Morro da Conceição, um dos pontos onde a cidade nasceu
A transformação inclui a derrubada do elevado da Perimetral, que serpenteia acima da Avenida Rodrigues Alves. A área também receberá o Museu do Amanhã, assinado pelo espanhol Santiago Calatrava, que será um museu científico high tech; e está prevista a construção de um aquário com a ambição de ser o maior da América Latina, com 12 mil animais.
Quase três anos depois do início das obras, os cariocas ganham, na noite desta sexta-feira (1º), a primeira obra concluída do projeto de revitalização da Zona Portuária da cidade. É o Museu de Arte do Rio (MAR), complexo cultural que inclui dois prédios: a Escola do Olhar, cuja proposta é formar professores e alunos a partir da conjugação de arte e educação; e o Palacete Dom João VI, que vai abrigar exposições nas oito salas distribuídas por seus quatro andares.