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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Filhos da Terra Exposição de Fotografias de Milton Guran

Exibindo Ph Milton Guran. Yanomami, Watoriki-teri (Demini), Amazonas, 1991.jpg

Abertura no dia 4 de dezembro de 2013

No Brasil se falam mais de duzentas línguas indígenas. Cada uma corresponde a uma cultura diferente, a uma forma especial de se viver neste planeta.  Algumas delas estão aqui representadas através de observações, mensagens, testemunhos.
Milton Guran

O Centro Cultural Correios Rio de Janeiro inaugura, dia 4 de dezembro, às 19h, a exposição Filhos da Terra, com cinquenta fotografias em preto-e-branco de Milton Guran, realizadas em dezesseis diferentes grupos indígenas, da Amazônia ao sul do país, durante quase vinte anos de trabalhos de campo seja como repórter-fotográfico, fotógrafo do Museu do Índio ou antropólogo. São eles: Yanomami, Makuxi, Marubo, Matis, Kayapó, Kamayurá, Kuikuiro, Yawalapiti, Arara, Xavante, Guarani, Kaingang, Pankararu, Jaminawa, Machineri e Suyá.

Milton Guran, que também assina a curadoria, destaca que cada uma dessas culturas representa uma maneira de se viver neste planeta, e deve ser respeitada e considerada como tal. Esta diversidade cultural representa um dos maiores patrimônios do país. As diferentes culturas interagem entre si e, principalmente, com a sociedade nacional, e é isso que a exposição pretende mostrar através de imagens que representam desde os povos mais isolados aos mais integrados à sociedade nacional.

O olhar do fotógrafo, mesmo orientado pelos protocolos do jornalismo e da antropologia, incorporou às fotografias sua preocupação etnográfica como forma de documentar, mantendo a emoção dos primeiros contatos e adentrando no mundo do afeto.

O índio é apresentado como portador de uma cultura diferente e rica que se mistura com o que é ser brasileiro e não como um ser exótico.  Há registros de costumes da vida cotidiana e de rituais que podem ser considerados históricos, já que hoje se transformaram completamente ou mesmo desapareceram. Da documentação de uma relação de primeiros contatos com um subgrupo Arara do Sul do Pará até a prática urbana dos Guaranis do Estado do Rio, Filhos da Terra se constitui em um significativo repertório do que é ser indígena no Brasil de hoje.

Milton Guran, fotógrafo, antropólogo e curador,  iniciou este trabalho de documentação em 1978, tendo realizado um grande número de exposições sobre o tema. Doutor em Antropologia (EHESS - França, 1996) e mestre em Comunicação Social (UnB, 1991). É professor visitante do Programa de Pós-Graduação em História pesquisador do LABHOI – Laboratório de História Oral e Imagem da UFF e do Departamento de Ciências Sociais da UFPR. Realizador e coordenador geral do FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro e realizador dos Encontros sobre Inclusão Visual do Rio de Janeiro. Em 2006, fez parte do Comitê internacional do “Mois de la Photo” de Paris. Co-curador, juntamente com Jean-Luc Monterosso, da participação brasileira no Photoquai (Musée du Quai Branly, 2007) e curador convidado da MEP – Maison Européenne de la Photographie (Paris) para exposição do Mês da Fotografia de 2010. É membro do Comitê Científico Internacional do Projeto Rota do Escravo da Unesco, e da diretoria executiva da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil.

Serviço
Exposição Filhos da Terra - cinquentas fotografias preto-e-branco de Milton Guran
Abertura: 4 de dezembro de 2013, às 19h
Visitação: até 14 de janeiro de 2014
Horário de funcionamento: de terça-feira a domingo, das 12h às 19h
Entrada franca
Livre
Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro
Rua Visconde de Itaboraí, 20 (Corredor Cultural)
Telefone: 21 2253 1580