O Centro de Estudos Miguel Murat da ENSP se reúne, no dia 1º de outubro, para debater o vírus ebola. Tendo como tema Doença pelo Vírus Ebola (DVE): desafios para a saúde pública e para a bioética, a atividade contará com as participações do vice-diretor de Serviços Clínicos do INI/Fiocruz, José Cerbino Neto, do representante da Diretoria de Controle e Monitoramento Sanitários da Anvisa, Eduardo Hage Carmo, e do pesquisador da ENSP Sergio Rego. O Ceensp será coordenado pelo também pesquisador da Escola José Fernando Verani. O evento é aberto a todos os interessados, não é necessária inscrição prévia e está marcado para 14 horas, no salão internacional.
Os organizadores desta edição do Ceensp são os pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca José Fernando Verani, Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro e Carlos Machado de Freitas.
Sobre o ebola
O vírus ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire (atual República Democrática do Congo), e, desde então, tem produzido vários surtos no continente africano. Esse vírus foi transmitido para seres humanos que tiveram contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinhos. Existem cinco espécies de vírus Ebola (Zaire ebolavirus, Sudão ebolavirus, Bundibugyoebolavirus, Restonebolavirus e Tai Forest ebolavirus), sendo o Zaire ebolavirus o que apresenta a maior letalidade, geralmente acima de 60% dos casos diagnosticados. (Fonte: Ministério da Saúde)
A África Ocidental está enfrentando um novo surto de ebola, o maior em quase quatro décadas de história da doença. As proporções têm chamado atenção das autoridades e órgãos de saúde em todo o mundo. A Agência Fiocruz de Notícias convidou a médica infectologista Otília Lupi, do Laboratório de Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), para esclarecer as principais dúvidas sobre o ebola. Entre outras informações, ela fala sobre sintomas, contágio e o risco de o Brasil desenvolver uma epidemia. Saiba mais aqui. (Fonte: Agência Fiocruz de Notícias)
Centro de Estudos em 2014
O Centro de Estudos Miguel Murat da ENSP (Ceensp) é um importante espaço de atualização científica, com a troca permanente de experiências e conhecimentos entre pesquisadores de instituições do Brasil e de vários países, que vêm à Escola para debates com pesquisadores, alunos e demais interessados em contribuir com os diversos temas da saúde pública. O objetivo é apresentar e consolidar reflexões para a realidade de saúde pública e para o sistema de ciência e tecnologia. O Ceensp é um componente estratégico para a formação dos alunos, destinado à circulação de ideias e de diálogo com os diversos setores da saúde pública.
Em 2014, foram nove encontros realizados, além de uma solenidade homenageando o pesquisador falecido da Escola Miguel Murat. A primeira atividade, realizada em 26 de março, debateu a Formação profissional em saúde no Brasil: impasses e perspectivas, tendo como palestrantes o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, o professor da UFBA Naomar de Almeida Filho e o professor da Uerj Ruben Araujo de Mattos.
O segundo Ceensp, em 9 de abril, abordou Saúde da Mulher: aspectos da vacinação contra o HPV no Brasil. Participaram a professora do Instituto de Medicina Social da UERJ, Gulnar Azevedo e Silva, e a coordenadora substituta do Programa Nacional de Imunizações da Secretaria de Vigilância Sanitária, Ana Goretti Kalume Maranhão.
O terceiro encontro teve como tema O controle social e a importância do nexo coletivo para a saúde do trabalhador, reunindo Heleno Corrêa Filho, professor da Unicamp, Antônio de Marco Rasteiro, coordenador-geral da Associação dos trabalhadores expostos a substâncias químicas, e Glória Nozella Lima, representante do Sindicato de Químicos Unificados, regional de Campinas.
Cigarro eletrônico: um desafio para a saúde pública foi o assunto da quarta atividade do Ceensp, com exposições da secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle de Tabaco e seus Protocolos (Conicq), Tânia Cavalcante, e do especialista em regulação e vigilância sanitária da Anvisa, André Luiz Oliveira.
Trabalho em saúde: políticas públicas, desigualdade e relações de trabalho foi o tema do quinto encontro, tendo como expositoras a chefe do Departamento de Sociologia da Universidade do Minho (Portugal), Ana Paula Marques; a vice-diretora do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE), Kátia Medeiros; e a diretora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, Isabela Cardoso Pinto.
O sexto encontro do ano tratou do tema Abordagens complementares em gestão e avaliação do conhecimento nas inovações em saúde, contando com as participações de Jorge Lima de Magalhães, do Núcleo de Inovação Tecnológica de Farmanguinhos/Fiocruz, e Zulmira Hartz, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa.
O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária: a construção de uma carreira pública foi o tema discutido na sétima atividade, que contou com as participações de Claudia Cristina Santiago Gomes, da Superintendência de Serviços de Saúde e Gestão do SNVS/Anvisa; Márcia Teixeira, do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Recursos Humanos para a Saúde/Daps/ENSP; e André Ferraz, da Associação dos Servidores da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro.
Metodologias quantitativa e qualitativa, seus usos, desafios e contribuições foram o foco do oitavo Centro de Estudos de 2014, que reuniu pesquisadores da ENSP e uma convidada internacional: a diretora da Unidade de Saúde Pública Internacional e Bioestatística do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade de Nova Lisboa, em Portugal, Sónia Diaz.
O novo encontro debateu o tema Iniciação para Ciência: vocação e formação. A atividade teve como expositores apesquisadora do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Recursos Humanos para a Saúde da Escola Márcia Teixeira e a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Vivian Mary Barral Dodd Rumjanek.
Em 26 de março, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca homenageou um de seus pesquisadores já falecidos: Miguel Murat. A Direção da Escola descerrou uma placa dando o nome do professor ao Ceensp, que passou a se chamar Centro de Estudos Miguel Murat Vasconcellos. A homenagem foi a forma encontrada pela instituição por conta da dedicação do pesquisador em fazer da Ciência e do Ensino espaços de defesa do direito universal à Saúde e ao Conhecimento.