Como resultado de uma possível mescla entre a Química, a Física e a Astronomia, surgiu a Astroquímica, uma ramo ainda novo da ciência que trata dos fenômenos químicos que se dão no espaço, bem como, a constituição elementar e a evolução química do universo. Essa ciência se ocupa com questões como a origem, formação, abundância e degradação de moléculas interestelares, além de moléculas pré-bióticas (aminoácidos, por exemplo) como bases da origem da vida na Terra.
Considera-se que o início da Astroquímica se deu com a descoberta do radical OH- no espaço interestelar no ano de 1963. A partir daí, essa ciência passou a se desenvolver, principalmente devido aos avanços no campo da radioastronomia (área da física que estuda os corpos celestes por meio de comprimentos de onda) e das sondas (foguetes e satélites) que são enviadas a outros planetas a fim de coletar materiais e estudá-los aqui na Terra.
A Astroquímica, em geral, é dividida em 3 áreas:
- Astroquímica Observacional – trata-se da área responsável pela análise das moléculas em comprimentos de ondas de rádio e infravermelho.
- Astroquímica Teórica – estudos teóricos de alguns temas de ordem química ou físico-química com base nas análises da Astroquímica Observacional.
- Astroquímica experimental – verificação, por meio de experiências laboratoriais, de questões sobre a ocorrência, a constituição e a sobrevida de moléculas em determinados meios.
Através das pesquisas no campo da Astroquímica foram descobertas, por exemplo, algumas semelhanças importantes entre a Terra e outros planetas. Sabe-se hoje que, tal como a Terra, os planetas Mercúrio, Vênus e Marte também possuem superfícies rochosas e se originaram de elementos químicos pesados, como o magnésio, o ferro e o alumínio. É sabido, ainda, que a atmosfera, camada gasosa que envolve os planetas, tem uma composição diferente em cada planeta.