Comprar um jornal impresso na banca de jornal ou recebê-lo por meio de assinatura em casa está se tornando num hábito cada vez menos frequente entre os leitores de mídia impressa que estão encontrando nas mídias digitais a possibilidade de obter notícias atualizadas constantemente por meio de sites, blogs, newsletter e mídias sociais acessadas a partir do PC, do laptop, celulares e tablets. Apesar da entrada dos grandes jornais nesse novo mercado, ninguém poderia esperar que a mudança de hábito e os modelos de negócio pudessem mudar tão rápido.
“(…) O ‘El País’ e qualquer jornal do mundo. Ou os jornais se convertem em jornais muito locais ou em jornais globais. Mas não tem espaço para muitos jornais globais. Portanto, estamos num momento de transição fundamental. Quiosques e livrarias estão fechando, e a distribuição física dos jornais vai ser cada vez mais difícil.”
Em todo o mundo o jornalismo digital é a atividade que mais evolui, conquistando mais leitores e anunciantes. Em países como EUA, Noruega, Taiwan e Hong Kong (China), a publicidade digital já superou a publicidade inserida nos meios de comunicação tradicionais como o jornal impresso, considerando os dados do World Press Trends 2012.
Essa pesquisa é uma das mais completas sobre a tendência global jornalística, analisando as condições da imprensa em 150 países, realizada desde 1998. Na Europa, em países como Dinamarca e Reino Unido, a publicidade digital também já supera a publicidade tradicional.
Considerando esse novo cenário para a publicação de notícias e as análises do fundador do El País, as empresas proprietárias de veículo jornal terão que investir mais em inovação para meios digitais e, além de conseguir receita a partir de anúncios, gerar modelos de negócio para a venda de conteúdo on-line.
Segundo a pesquisa, metade da população adulta do mundo lê um jornal ao dia. Em 2011, os jornais impressos (pagos e gratuitos) registram um crescimento de circulação em todo o mundo, porém, registraram queda na Europa Ocidental e na América do Norte numa proporção de 17% nos últimos cinco anos.