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terça-feira, 2 de setembro de 2014

CAFÉ LITERÁRIO com Claudio Castro Filho



“Pensamiento de enfrente, luz de ayer”: Lorca traduzido na poesia luso-brasileira

Faz muito tempo que traduzir Lorca para a língua portuguesa é tarefa de poetas. Autores como Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Olga Savary, Eugénio de Andrade e José Bento, apesar de pertencerem a diferentes gerações e escolas literárias, compartilham o fato de terem vertido a obra do granadino para a língua de Camões. Ao compararmos os métodos e soluções adotados por esta nobre linhagem de tradutores lusófonos, fica patente a inevitável impressão de marcas estilísticas pessoais sobre a letra original lorquiana, o que nos permite observar o caráter criativo, sobretudo no âmbito literário, do gesto de traduzir, que se põe além dos aspectos técnicos da língua. Além de desenvolver um breve panorama das principais traduções de Lorca para o português, a conferência refletirá sobre os limites entre fidelidade filológica e criatividade na arte da tradução. Discutirá, ainda, algumas das questões conceituais e eixos metodológicos do projeto de tradução da obra tardia de Federico García Lorca desenvolvido atualmente nas universidades de Coimbra e Granada, e iniciado em 2013 com a tradução de Assim que passarem cinco anos.
Claudio Castro Filho é doutor em Literatura Comparada pela UERJ (2012), onde também se licenciou em História da Arte (2005), e mestre em Artes pela UNICAMP (2007). É pesquisador do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra (na linha de Semântica e Pragmática da Arte) e colaborador do Departamento de Lingüística General y Teoría de la Literatura, na Universidad de Granada.