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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Pesquisa sobre capacidades tecnológicas inovadoras e seus impactos na competitividade industrial tem repercussão internacional

O professor Paulo N. Figueiredo, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (FGV EBAPE), participou como keynote speaker do “Third International Workshop on Innovation and Production Management in the Process Industries” (IPM 2019), realizado de 10 a 11 de Outubro, na Suécia. O evento foi organizado pela Mälardalen University e Royal Institute of Technology e envolveu pesquisadores e gestores de empresas da Suécia, Suíça, Alemanha, Holanda, e Dinamarca.
O professor Figueiredo apresentou os avanços de seu Programa de Pesquisa em Aprendizagem Tecnológica e Inovação Industrial no Brasil da FGV EBAPE, criado em 1999. Também apresentou recente estudo, uma coautoria com Bernardo Cabral e Felipe Silva, sobre as fontes e impactos da acumulação de capacidades tecnológicas em empresas de indústrias intensivas em processo no Brasil, tais como, mineração, óleo e gás, etanol, florestas, celulose e papel e aço. Elas respondem por mais de 30% do PIB do Brasil e mais de 40% das exportações.
Inédito internacionalmente, o estudo chamou a atenção dos participantes do evento. Ele revela variações dentro e entre setores industriais em termos da acumulação de níveis de capacidades tecnológicas: do nível de operação/produção até o nível da fronteira internacional de inovação.
A acumulação desses níveis de capacidades tecnológicas tem impactos na produtividade e no desempenho exportador das empresas. Por exemplo, um aumento no nível das capacidades tecnológicas contribui com um aumento médio de 40% na produtividade das empresas e com um aumento de 52% no desempenho exportador das empresas engajadas no mercado internacional.
“O Brasil precisa urgentemente aumentar a sua produtividade e seu desempenho exportador. Os estudos no âmbito deste Programa de Pesquisa e este estudo, especificamente, contribuem para demonstrar o papel fundamental das capacidades tecnológicas inovadoras, em nível de empresas e indústrias, como insumo vital para o crescimento industrial e econômico”, destaca o professor Figueiredo.