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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

19ª MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES EXIBE 117 FILMES EM PRÉ-ESTREIAS, DEBATE SOBRE OS ESPAÇOS EM CONFLITO NO CINEMA BRASILEIRO, HOMENAGEIA O CINEASTA ANDREA TONACCI EM NOVE DIAS DE PROGRAMAÇÃO GRATUITA


A 19ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontece de 22 a 30 de janeiro, abre o calendário audiovisual do país de 2016 apresentando o cinema contemporâneo brasileiro. Presta homenagens ao cineasta ítalo-brasileiro Andrea Tonacci. Seu filme Serras da Desordem, que teve pré-estreia em Tiradentes no ano de 2006, será reapresentado em tributo aos seus dez anos. Coloca em debate“Espaços em Conflito” que vai nortear a temática central do evento e reunir nas mesas de discussão profissionais do audiovisual para refletir uma tradição do cinema brasileiro em vincular seus personagens aos espaços onde vivem, assim como algumas mudanças nos últimos anos na resolução e no tom desses conflitos.
Nesta edição, são 117 filmes em pré-estreias nacionais e mundiais (35 longas e 82 curtas-metragens), distribuídos em 57 sessões de cinema e três espaços de exibição instalados para atender a programação do evento – Cine-Tenda, Cine BNDES na Praça e Cine-Teatro Sesi. Representantes de 14 estados do país: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo apresentam suas produções e marcam presença no evento.
“A produção audiovisual que será apresentada na 19ª Mostra Tiradentes tem todos os olhares e sotaques brasileiros, advindas das mais diversas fontes. A pluralidade de conteúdos audiovisuais exibida torna-se o evento um espaço enriquecedor de formação, reflexão, exibição do cinema brasileiro de hoje que tem muito a contribuir com o futuro do país”, afirma a coordenadora geral e diretora da Universo Produção, Raquel Hallak.
Na seleção de longas-metragens, com curadoria de Cléber Eduardo, serão exibidos 35 filmes, em nove mostras conceituais (Homenagem, AutoriasAurora, Transições, Cena Mineira, Praça, Bendita, Sessão Debate e Mostrinha) e o filme de encerramento (Para Minha Amada Morta, produção paranaense de Aly Muritiba). Para o curador, todos os títulos trazem, em alguma medida, a noção central dos espaços em conflito, mesmo que nem sempre como o centro das propostas. “O que se pode esperar ver na Mostra este ano, de modo geral, é um aumento de temperatura na média dos filmes”, comenta Cléber.
Assim como no ano passado, são duas as seções com caráter competitivo: a Aurora e a Transições. A Mostra Aurora, dedicada a filmes independentes de diretores com até três longas no currículo, será avaliada pelo Júri da Crítica e é composta por “Animal Político” (PE), de Tião; “Aracati” (RJ), de Aline Portugal e Julia De Simone“Banco Imobiliário” (SP), de Miguel Antunes Ramos;“Filme de Aborto” (SP), de Lincoln Péricles“Índios Zoró – Antes, Agora e Depois?” (PE), de Luiz Paulino dos Santos“Jovens Infelizes ou Um Homem que Grita não é um Urso que Dança” (SP), de Thiago B. Mendonça; e “Taego Ãwa” (GO), de Marcela Borela e Henrique Borela. “São filmes de reação e de reflexo, tendo o mundo contemporâneo como motivador. Essa reação pode vir por meio de uma fuga do mundo urbano e tecnológico, pela beleza da natureza ou pela crítica à sua ameaça”, diz o curador, sobre a Aurora. “Esses universos rompidos com nossa atualidade metropolitana e cosmopolita, artificiosa e virtual, parecem estimular os realizadores a olharem para outros modos de existência, de funcionamento e de problemas sociais e políticos”.
Na Mostra Transições, quem vai escolher o melhor filme é o Júri Jovem, formado por estudantes que cursaram a oficina de Análise de Estilos Cinematográficos ministrada por Cléber Eduardo durante a Mostra CineBH 2015. A grade este ano tem os longas “Tropykaos”(BA), de Daniel Lisboa; “Clarisse ou Alguma Coisa sobre nós Dois” (CE), de Petrus Cariry; “A Noite Escura da Alma” (BA), de Henrique Dantas; “Planeta Escarlate” (MG), de Dellani Lima e Jonnata Doll; “Jonas” (SP), de Lo Politi; e “Urutau” (RJ), de Bernardo Cancella Nabuco. “Todos partem de uma impossibilidade, de uma crise insolúvel ou de um mal-estar sem superação, às vezes no limite, às vezes de modo mais moderado, às vezes a ver com contingência política, como metáfora ou como qüiproquó psicológico”, afirma o curador, em relação à Mostra Transições.
Na Mostra Autorias, junto com “Através das Sombras” (Walter Lima Jr) e “Quase Memória” (Ruy Guerra), está “Futuro Junho” (SP), novo longa-metragem de Maria Augusta Ramos, uma das mais respeitadas documentaristas brasileiras em todo o mundo. A Mostra Cena Mineira terá a exibição de “Introdução à Música do Sangue” (MG/RJ), filme de Luiz Carlos Lacerda que retoma projeto inacabado do escritor mineiro Lúcio Cardoso (1912-1968).
Na Mostra Praça, o público assistirá, no centro de Tiradentes, a filmes de diálogo direto com temas universais e de grande interesse, casos de Campo Grande” (RJ), de Sandra Kogut; “Geraldinos” (RJ), de Pedro Asbeg e Renato Martins; Invasores” (SP), de Marcelo Toledo; Prova de Coragem” (RS), de Roberto Gervitz; e Santo Daime – Império da Floresta” (PE), de André Sampaio (PE).
A Mostra Bendita exibe filmes no começo da madrugada no Cine-Tenda. Serão dois longas-metragens inéditos: Being Boring” (RJ), de Lucas Ferraço Nassif, e O Diabo Mora Aqui” (SP), de Dante Vescio e Rodrigo Gasparini. Outra seção que retorna pelo segundo ano seguido é a Mostra Sessão Debate, que exibe nesta edição, quatro filmes a serem discutidos com o público logo depois das exibições: O Espelho” (RJ), de Rodrigo Lima; “Um Salve Doutor” (SP), de Rodrigo Sousa & Sousa; “Garoto” (RJ), de Bressane, e “Ralé”(SP), de Helena Ignez.
A grade de curtas-metragens, apresenta 82 filmes selecionados pelos curadores Cléber EduardoFrancis Vogner e Pedro Maciel Guimarães e serão exibidos em nove seções temáticas: Mostra Foco (9 curtas), a ser avaliada pelo Júri da Crítica; Panorama (19 curtas), Dissonâncias (4), Espaços em Conflito (7),  Praça (12), Cena Mineira (5), Cena Regional (13), Formação (8) e Mostrinha (4). Homenagem (1). Para a mostra Espaços em Conflito, criada especialmente na edição deste ano em Tiradentes, o curador Francis Vogner chama atenção para o caráter de reação dos filmes às situações de crise do país. “Eles reagem formalmente a uma dinâmica do mundo contemporâneo cercada de brutalidades e crises de toda ordem”, diz.
No objetivo constante de formar novas plateias e aproximar a criançada, os jovens e as famílias do cinema brasileiro, a Mostrinha de Cinema vai exibir quatro longas e quatro curtas. Um dos destaques é a estreia do filmes “O que queremos para o Mundo?” (MG), de Igor Amin; para os jovens os filmes “Últimas Conversas” (RJ), filme derradeiro do documentarista Eduardo Coutinho e o premiado“Tudo que o que aprendemos juntos”, de Sérgio Machado e, ainda, a animação “ As aventuras do avião vermelho”, de Frederico Pinto e José Maia.
O CINEMA BRASILEIRO EM DEBATE
Ao longo da semana, acontece o 19º Seminário do Cinema Brasileiro que promove 25 debates com a proposta de refletir o cenário e as tendências da produção audiovisual, sendo três debates conceituais com foco na temática desta edição. Abre a programação do Seminário , o debate Espaços em conflito: Tradição e atualização. Na sequência o debate Os espaços fílmicos do cineasta Andrea Tonacci, que reunirá o homenageado da Mostra a parceiros e estudiosos para falarem de sua obra. A série Encontros com a Crítica, Diretor e Público e as Sessões Cine-Debate somam 23 bate-papos que oferecem olhares variados aos filmes apresentados na programação, com a presença de profissionais, pesquisadores e professores.
EVENTO REÚNE TODAS AS MANIFESTAÇÕES DA ARTE
Além da exibição de filmes, a Mostra Tiradentes promove uma temporada intensa de atividades culturais, incluindo três exposições,10 oficinas de cultura com 280 vagassete lançamentos de livroscortejosteatro de ruaperformances audiovisuais eintervenções artísticas numa programação abrangente e gratuita que agrada e beneficia públicos diversos.
Pelo segundo ano, o evento instala o Cine-Lounge – espaço de encontros pelo cinema e pela arte que vai reunir diversas manifestações artísticas – lançamento de site, performances audiovisual e multimídia, shows e ações de interação com o público que prometem animar todas as gerações após as sessões de filmes. 
Cada vez mais interativa, a Mostra Tiradentes reúne o coletivo #eufaçoaMOSTRA composto por ex-alunos das Oficinas de Processos Audiovisuais Cocriativos realizadas pela Universo Produção em edições anteriores do evento, juntamente com o público para produção de conteúdos audiovisuais que integram a Campanha #eufaçoaMOSTRA. O resultado são microvídeos com conteúdos instantâneos produzidos e exibidos diariamente no Cine-Lounge ao longo do evento sob orientação dos instrutores Igor Amin e Vinicius Cabral.
Abre a programação artística da 19ª Mostra Tiradentes o tradicional Cortejo da arte que percorre as ruas de Tiradentes no sábado, dia 23, comemorando os 312 anos de fundação do Arraial de São José Del Rey e os 298 anos de sua elevação à categoria de cidade, que mais tarde ganhou o nome de Tiradentes. E à noite, para inaugurar a programação do Cine-Lounge, o lançamento do site “Bravo Bravo Leilão” que oferece aos fãs, de todo o Brasil roupas, objetos pessoais, peças raras e peças inusitadas dos seus ídolos, artistas e personalidades, em esquema de leilão on-line. Todas as peças possuem uma etiqueta, com o autógrafo manuscrito do artista, provando a autenticidade e a procedência do produto. Todos os artistas que fornecem suas peças para o Bravo Bravo estão colaborando com o Retiro dos Artistas, entidade filantrópica que acolhe os artistas que tanto fizeram pelas artes.
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A cidade de Tiradentes, localizada a 180km de BH e com apenas 7 mil habitantes, recebe durante a Mostra Tiradentes toda infraestrutura necessária para sediar uma programação cultural abrangente e gratuita, que reúne todas as manifestações da arte. São instaladostrês espaços de exibição: o Cine BNDES na Praça, no Largo das Fôrras (espaço para mais de 1.000 espectadores); o Complexo de Tendas, que sedia a instalação do Cine-Tenda (com 600 lugares), e o Cine-Teatro (com plateia de 120 lugares), que funciona no Sesi Tiradentes- Centro Cultural Yves Alves – sede do evento.
Toda programação é oferecida gratuitamente ao público.