Na terça-feira, 25 de junho, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), em parceria com a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), realizará o seminário Políticas Públicas de Meio Ambiente e Saneamento. O evento acontecerá no salão internacional da ENSP, das 10h às 17h, e será aberto aos interessados.
A atividade contará com as participações do pesquisador da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Marco Antônio Mitidiero Júnior e do professor do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP), Ary Miranda, na mesa Os direitos dos povos dos campos: retrocessos e resistências, das 10h às 12h.
Na parte da tarde, das 14h às 17h, a mesa Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) terá como convidados o Vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), Marco Menezes; o pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Alexandre Pessoa; a Vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental do Distrito Federal (Abes/DF), Tatiana Santana Timóteo Pereira e a pesquisadora do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da ENSP/Fiocruz, Bianca Dieili.
Para Marco Menezes, o evento tem como objetivo fazer uma análise crítica das políticas de meio ambiente, saúde, as suas inter-relações e o impacto na determinação da saúde, colaborando para o fortalecimento dessa agenda na Fundação. “A Fiocruz, como instituição pública estratégica de Estado, dispõe na sua trajetória de importantes contribuições para o aprimoramento das políticas públicas, especificamente na revisão do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab).”
No caso do Plansab, afirmou Menezes, a instituição cooperou com 29 propostas, tendo como perspectiva a compreensão do saneamento como um direito humano. Para ele, a atividade também se constitui em um espaço importante para auxiliar na agenda que a Fiocruz está estruturando com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), com a finalidade de avaliar lacunas nos indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de saneamento e saúde.
“O melhor plano de saneamento é aquele que realmente seja efetivado tendo como estratégia a saúde pública”, destacou Alexandre Pessoa, ao analisar as constantes inundações e outros desastres provocados por chuvas, ocasionando tragédias e impactos sociais e ambientais. Para ele, com a redução de recursos públicos para o saneamento no Brasil, que vem acontecendo nos últimos anos, o Brasil corre um grave risco de ter o agravamento das doenças emergentes e reemergentes, a exemplo das doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (DRSAI), dentre elas as arboviroses, como dengue, zika e chikungunya.