A escolha inicial pelo aleitamento  materno tem mostrado ser esse o melhor caminho,  por uma série de  fatores: melhor crescimento e desenvolvimento da criança; sensação de  saciedade frente a novos sabores que podem se modificar a cada mamada;  prevenção da obesidade; a sucção da aréola e mamilo facilita o  desenvolvimento oral levando a melhor oclusão dentária futura, assim  como contribui para o desenvolvimento correto da fala; supre  adequadamente às necessidades de ácidos graxos essenciais que  desempenham papel relevante no desenvolvimento visual e cognitivo. Na  introdução dos alimentos complementares é importante o consumo de  frutas, legumes, verduras, carnes e derivados do leite para garantir um  adequado crescimento e desenvolvimento. 
Alguns erros dependem de falsos  conceitos alimentares, como os alimentos considerados "porcarias", que  na verdade não o são, desde que adequadamente preparados. Como exemplo  teríamos a pizza, pastel, coxinha de galinha, risoles, pastel de banana,  cachorro quente, entre outros. Esses alimentos fazem parte da realidade  do dia a dia e muitas vezes constituem parte do cardápio do adulto. 
  Erro muito comum é considerar o alimento como um prêmio ou punição. A  sobremesa é um exemplo clássico, com o doce sendo usado como chantagem  para obrigar a criança a comer o quanto e o que determinamos como  necessário para sua nutrição. Também erramos quando consideramos somente  os aspectos nutricionais em detrimento dos prazerosos. Muitas vezes,  esquecemos de avaliar outros aspectos nutricionais, dando importância  somente ao ganho de peso. Vale a pena ressaltar os erros dependentes de  condutas médicas e sociais, muitas vezes mais influenciadas pela moda ou  publicidade do que por argumentos científicos (rigidez no horário, na  quantidade, na introdução precoce de alimentos sólidos, na permanência  prolongada de alimentos líquidos ou pastosos, escassa variação,  concentração ou temperatura inadequada , etc). Quando esquecemos a  importante relação da alimentação com o prazer, a apresentação do  alimento à criança é relegada a segundo plano, ocorrendo a persistência  das famosas sopas por longos anos, onde se pode esconder todo tipo de  vegetais. Sabe-se que a estética, o marketing do  alimento, é fundamental. Quem não se rende a uma bela torta, um prato  bem montado ou salada colorida? Assim como o aroma e o paladar, a  apresentação do alimento produz efeitos organolépticos,  despertando  todo o cortejo de estímulos sensoriais e afetivos,  importantes para o  correto desenvolvimento da criança. 
A preocupação exagerada com a limpeza  na mesa, também pode ser prejudicial. Quando não deixamos a criança  manipular os alimentos, impedimos que adquira novas experiências. A  criança só aprende a se alimentar se utilizar todos os estímulos  sensoriais possíveis, incluindo o tato e é um grave erro limitar sua  atividade nesse sentido. 
Deve-se lembrar também, que a criança  tem o direito de possuir preferências alimentares, não gostando do  sabor de alguns alimentos. Muitas vezes, na expectativa de que a  alimentação de nossos filhos seja extremamente saudável, esquecemos do  seu direito a livre escolha, que deveria ser exercido sob o controle  discreto dos responsáveis. Outro comportamento comum é o de  &ldquoforçar&rdquo hábitos alimentares saudáveis, que os  próprios pais ou responsáveis não possuem. Muitos adultos não gostam de  verduras, legumes, saladas e frutas, porém querem que suas crianças os  apreciem. Sem o exemplo dos responsáveis, é muito difícil a criança  aceitar a imposição de condutas saudáveis com relação à alimentação.
Fatores Positivos: 
- Estimular a amamentação
- Estimular a sensação da fome
- Autoregulação. Livre eleição
- Participar das refeições junto com os pais. 
- Introdução correta de novos alimentos
- Ambiente agradável. Estética (pratos bem arrumados)
- Participação na compra dos alimentos
- Participação na elaboração
- Escolha do cardápio
- Conduta não restriva à mesa
- Respeitar preferências e aversões aos alimentos manifestados pela criança
- Respeitar o apetite em qualidade e quantidade de alimentos
- Eliminação de condicionamentos negativos
Fatores Negativos 
- Rejeição ao leite materno
- Valorização da alimentação/nutrição em detrimento da alimentação prazer
- Obsessão por ganho de peso
- Não respeitar auto-regulação (refém do relógio)
- Preparação e apresentação incorreta
- Introdução incorreta de novos alimentos
- Escassa variedade de alimentos
- Não participação da criança em sua alimentação
- Restrição de manipulação e movimentos
- Falta de autonomia na alimentação por si mesmo
- Chantages e rituais na comida
