FOTOGRAFIAS

AS FOTOS DOS EVENTOS PODERÃO SER APRECIADAS NO FACEBOOCK DA REVISTA.
FACEBOOK: CULTURAE.CIDADANIA.1

UMA REVISTA DE DIVULGAÇÃO CULTURAL E CIENTÍFICA SEM FINS LUCRATIVOS
(TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS PUBLICAÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DE QUEM NOS ENVIA GENTILMENTE PARA DIVULGAÇÃO).

domingo, 18 de novembro de 2018

II Jornada Africanias UFRJ

A II Jornada Africanias UFRJ propõe reunir músicos e pesquisadores do Brasil, compartilhando saberes a respeito da presença do legado africano nas Américas. Este evento homenageará a fundadora do Africanias, a etnolinguista Professora Yeda Pessoa de Castro. Suas pesquisas são referência em todo o mundo e recebeu vários convites da ONU e da UNESCO a respeito das relações culturais e linguísticas entre o Brasil e a África. É autora de duas importantes publicações: Falares Africanos na Bahia: um vocabulário afro-brasileiro, considerado pela crítica a obra mais completa a respeito de línguas africanas no Brasil e a publicação A língua mina-jeje no Brasil: um falar africano em Ouro Preto do séc. XVII. É de sua autoria a definição do termo Africania, extraído da proposição feita pela antropóloga Nina Friedmann em Cabildos negros, refúgios de africanias en Colombia (Revista Montalbán, Universidade Católica Andrés Bello,1988). Segundo Yeda, podemos entender africanias como:
A bagagem cultural submergida no inconsciente iconográfico dos negroafricanos entrados no Brasil em escravidão e que se faz perceptível na língua, na música, na dança, na religião, no modo de ser e de ver o mundo, e, no decorrer dos séculos, como forma de resistência e de continuidade na opressão, transformaram-se e converteram-se em matrizes partícipes da construção de um novo sistema cultural e linguístico que nos identifica como brasileiros (CASTRO: 2012, p. 15).
A partir desta definição, compreendemos que a música brasileira foi se constituindo intrinsecamente pela presença legado africano. A segunda homenagem que a II Jornada irá realizar é à cantora Zaíra de Oliveira (1891-1951) que foi medalha de ouro do Instituto Nacional de Música em 1921 e que cantou na inauguração do Salão Leopoldo Miguez, considerada por Paschoal Carlos Magno uma das melhores cantoras líricas do mundo.