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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Clima econômico nas maiores economias da América Latina melhora

O Indicador Ifo/FGV de Clima Econômico (ICE) da América Latina — elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV — melhorou entre julho e outubro, embora continue registrando clima desfavorável com um saldo negativo de 10,7 pontos. A melhora foi puxada pelo Indicador das Expectativas (IE) que passou de um saldo zero para um positivo de 21,6 pontos. O Indicador da Situação Atual (ISA) também registrou uma melhora, mas foi de apenas de 1,7 pontos e permanece negativo, com saldo de 38,3 pontos.
O comportamento do clima econômico da América Latina não coincidiu com o do mundo que piorou, passando de um indicador com saldo positivo para um de saldo negativo (-2,2 pontos). É interessante notar que após julho 2013, o ICE da América Latina tem ficado negativo, exceto janeiro de 2018. Por outro lado, o ICE do mundo ficou positivo no mesmo período, exceto entre outubro de 2015 e outubro de 2016 e, agora, na Sondagem de outubro. O distanciamento dos resultados do ICE da América Latina e do Mundo sinaliza que fatores domésticos na região latina aumentaram o seu peso na determinação do clima econômico da região.
A piora do ICE do mundo não foi uniforme entre as maiores economias do mundo. Enquanto na União Europeia o ICE recua em 10,2 pontos na comparação dos saldos entre julho e outubro, nos Estados Unidos aumenta em 8,2 pontos e no Japão em 11,5 pontos. Observa-se que todas as economias antes citadas registram clima econômico favorável. No caso dos países que compõem o BRICS, todos apresentam clima econômico desfavorável, exceto a Índia, sendo o maior saldo negativo, o do Brasil (-33,8) seguido da África do Sul (-27,0). Em outubro apenas Brasil e África do Sul melhoraram o clima econômico.
Os resultados do ICE para os países selecionados da América Latina levam a identificação de dois grupos. O primeiro composto pelas maiores economias da região - Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile e Peru - onde todos registraram melhora no clima econômico, exceto a Colômbia. Em adição, as três maiores economias (Brasil, México e Argentina) mostram clima econômico desfavorável e as outras três, clima positivo. Em outubro, o maior ICE foi o do Chile (44,4 pontos).
O estudo completo está disponível no site.