Posição assumida por vários filósofos ao longo da história da filosofia, em geral relacionada à questão do conhecimento. Seu nome vem do termo grego dógma, que significa opinião. Esta não deve ser entendida em seu sentido comum, como uma afirmação impensada; podemos compreender a opinião de um filósofo como sua doutrina, como aquelas afirmações que se referem aos princípios através dos quais é possível alcançar verdade e conhecimento.
Deste modo, o termo dogmático (dogmatikós) pode ser compreendido como relativo a uma doutrina, fundado em princípos. Este termo foi cunhado pela escola de Pirro (ver céticos), nos séculos IV e III a.C., para servir de contraponto à filosofia cética. Enquanto esta limita sua atividade à observação dos fenômenos, por acreditar não ser possível formar conhecimentos acerca da realidade, é considerado dogmático todo filósofo que admite qualquer certeza, para além das sensações.
Deste modo, o termo dogmático (dogmatikós) pode ser compreendido como relativo a uma doutrina, fundado em princípos. Este termo foi cunhado pela escola de Pirro (ver céticos), nos séculos IV e III a.C., para servir de contraponto à filosofia cética. Enquanto esta limita sua atividade à observação dos fenômenos, por acreditar não ser possível formar conhecimentos acerca da realidade, é considerado dogmático todo filósofo que admite qualquer certeza, para além das sensações.
Ainda dentro da diretiva cética, Sexto Empírico escreveu, no século II d.C., a obra intitulada Contra Dogmáticos, onde refuta as principais teorias acerca dos princípios presentes na filosofia grega, incluindo na lista dos filósofos dogmáticos Platão e Aristóteles. Ao longo da história da filosofia, a posição dogmática aparece várias vezes, bem como teorias que pretendem subtrair-se a esta atitude. Na Idade Moderna, Descartes pretende, com a instituição da dúvida metódica, evitar incorrer no dogmatismo. Kant, por seu turno, opõe o dogmatismo ao criticismo, e o define como o procedimento da razão pura sem uma crítica preliminar de seu próprio poder.
Segundo Augusto Comte, o dogmatismo é o estado normal do intelecto humano, uma vez que o homem necessita confiar em pressupostos para viver, estando sempre imerso em uma determinada crença. Para este pensador, o ceticismo só se poderia instalar em um momento de crise, onde uma posição antiga deve ser refutada, de modo que se possa efetuar a passagem de uma crença a outra.
O dogmatismo deve ser em geral compreendido, filosoficamente, em relação ao problema do conhecimento e dos critérios de verdade que o podem validar. Assim, podemos tomá-lo em dois sentidos principais, que se encontram, no entanto, entrelaçados: como a afirmação da possibilidade de alcançar a realidade em si mesma e como a confiança nos órgãos humanos, mais especialmente na razão, como modos seguros de acesso à verdade. Teoricamente, as posturas que, de maneira mais radical, lhe fazem frente são o ceticismo, representado pela escola de Pirro e seus seguidores, e o criticismo, instaurado a partir do pensamento de Kant.
O dogmatismo deve ser em geral compreendido, filosoficamente, em relação ao problema do conhecimento e dos critérios de verdade que o podem validar. Assim, podemos tomá-lo em dois sentidos principais, que se encontram, no entanto, entrelaçados: como a afirmação da possibilidade de alcançar a realidade em si mesma e como a confiança nos órgãos humanos, mais especialmente na razão, como modos seguros de acesso à verdade. Teoricamente, as posturas que, de maneira mais radical, lhe fazem frente são o ceticismo, representado pela escola de Pirro e seus seguidores, e o criticismo, instaurado a partir do pensamento de Kant.