FOTOGRAFIAS

AS FOTOS DOS EVENTOS PODERÃO SER APRECIADAS NO FACEBOOCK DA REVISTA.
FACEBOOK: CULTURAE.CIDADANIA.1

UMA REVISTA DE DIVULGAÇÃO CULTURAL E CIENTÍFICA SEM FINS LUCRATIVOS
(TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS PUBLICAÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DE QUEM NOS ENVIA GENTILMENTE PARA DIVULGAÇÃO).

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Livro sobre Fayga Ostrower permite que obras da artista sejam destacadas



O livro “Fayga Ostrower”, com a curadoria de Anna Bella Geiger, é uma seleção das obras mais emblemáticas da artista no período de 1940 a 2001. Seguindo à risca o conceito que Fayga imprimiu ao seu trabalho – a arte é para ser multiplicável e acessível –, o livro contém 48 reproduções, de um total de 51, que podem ser destacadas da publicação, sem danificá-la.
Nascida na Polônia, Fayga (1920-2001) chegou ao Rio de Janeiro em 1934. No ano de 1946, fez um curso livre na Fundação Getulio Vargas que foi decisivo na sua escolha profissional. Artista plástica, escritora e professora, Fayga formou gerações de artistas, como a própria Anna Bella Geiger.
Em versão bilíngue e acabamento esmerado, o livro é uma rememoração da exuberância dos trabalhos de Fayga em sua versatilidade de usar várias técnicas e suportes como xilogravuras, ilustrações, serigrafias, litografias, gravuras em metal, tecidos e aquarela. Suas obras se encontram nos principais museus brasileiros, da Europa e das Américas e receberam inúmeros prêmios.
Independentemente da gravura, do desenho e da aquarela ser uma escolha pessoal, Fayga, movida por razões ideológicas, identificava na opção uma postura radical dentro de sua estética pautada pela inquietude. “Fosse quanto ao alto valor mercadológico da pintura, em detrimento da criação gráfica, multiplicável e, portanto, mais acessível; fosse como protesto social e artístico e também na crença utópica da influência da arte sobre o social”, explica Anna Bella.
Em um dos seus últimos ensaios, intitulado “Arte e artistas no século XX” e publicado nesse livro pela Insight Comunicação, Fayga esclarece mais um pouco sua postura inquieta quando diz: “Preço não é igual a valor. Qualquer que seja o preço, ele representa apenas um dado circunstancial e artificial. Quando nos referimos a valores, falamos de conquistas de nossa consciência, de nosso ser sensível e afetivo. Não têm preço. Não são comparáveis nem vendáveis”.
Com apoio do Ministério da Cultura, do Banco Itaú, do Instituto Fayga Ostrower e da Fundação Getulio Vargas, o livro terá ainda uma versão gratuita em
e-book, produzido pela FGV Editora. O lançamento ocorrerá dia 14 de setembro, data em que serão celebrados os 95 anos de nascimento da artista.