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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Pesquisa avalia impacto da tecnologia nos escritórios de advocacia

O mundo do direito parecia ser o último desafio para a onda tecnológica até que as startups focadas em desenvolver soluções tecnológicas para o mundo jurídico – mais conhecidas como lawtechs – surgiram oferecendo, entre outros produtos e serviços, chatbot, programas capazes de fazer a leitura de milhares de decisões em questões de minutos e robôs que, por meio de algumas informações básicas, emitem uma petição inicial quase que instantaneamente.
Essas e outras inovações estão apenas começando, mas parece que a maioria dos escritórios de advocacia ainda não despertou para a novidade. Essa é a conclusão do estudo conduzido pelo Centro de Ensino em Pesquisa e Inovação (CEPI), da Escola de Direito de São Paulo (FGV Direito SP), apresentado no dia 3 de dezembro.
Intitulado “O Futuro das Profissões Jurídicas: Você está preparad@?”, o estudo foi dividido em duas partes. A primeira, considerada qualitativa, conversou com 35 desbravadores tecnológicos no campo do direito para chegar a quatro conclusões. A primeira delas aponta que o grande volume de processos, teses repetidas e baixo retorno financeiro por demanda levaram os escritórios atuantes em contencioso de massa a investir em soluções tecnológicas. Também foi verificado que há um processo de substituição de tarefas realizadas por profissionais da área jurídicas em andamento, concentradas em cargos mais baixos na hierarquia organizacional.
Além disso, o mercado registra um aumento da contratação de profissionais de exatas e as vezes até sem formação jurídica para compor e até mesmo coordenar equipes. Por fim, a criação de arranjos organizacionais diferenciadas com o objetivo de obter maior integração tecnológica aos serviços jurídicos.
A outra parte da pesquisa, mais quantitativa, entrevistou 403 escritórios de advocacia de pequeno a grande porte para averiguar como é o uso da tecnologia. E concluiu que nove em cada 10 escritórios consideram importante o impacto do uso de softwares em suas áreas de atuação, mas menos da metade utiliza a tecnologia para auxiliar em atividades jurídicas e apenas 25% para geração automática de documentos.
Para acesso à íntegra dos relatórios, acesse o site.