No dia 06/08, às 16h, acontecerá uma mesa de abertura com integrantes das companhias
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Com o foco artístico totalmente voltado à produção teatral nas comunidades do Rio, o projeto Comunidade em Ação, parte do programa Fomento Cidade Olímpica da Secretaria Municipal de Cultura, convida quatro grupos teatrais localizados em comunidades cariocas para apresentar seus repertórios no Galpão Gamboa. Na abertura do evento, dia 6/08, às 16h, haverá um debate sobre produções artísticas das comunidades mediada por Jorge Freire, gerente da rede de teatros da Prefeitura, com a presença de representantes das companhias. Os espetáculos "Eles não usam tênis naique" (Cia Marginal-Maré), "O que será de nós daqui a 4 anos?" (Os Arteiros - Cidade de Deus), "No passinho do Tabajaras" (Cia de Trabalho Abraço da Paz) e "Cidade Correia" (Coletivo Bonobando) serão encenados no período dos Jogos Olímpicos, durante os fins de semana de agosto. A mostra é uma oportunidade para que jovens artistas troquem experiências por meio do teatro e reforcem suas identidades, expandindo seu público e reconhecimento no cenário artístico carioca. Para Cesar Augusto, curador do projeto, apresentar uma mostra com espetáculos criados em comunidades durante as Olimpíadas é uma forma de revelar o Rio de Janeiro em toda a sua diversidade cultural. "Queremos que moradores do Rio e turistas tenham acesso à atividade cultural produzida nas comunidades. A ideia é fazer com que se conectem com os questionamentos desses jovens grupos", acrescenta. Ao longo de seus cinco anos de atividades, o Galpão Gamboa tem o objetivo de promover encontros entre as mais variadas formas de arte, atendendo ao público da Zona Portuária e de toda a cidade. Agora, com o Comunidade em Ação, a plateia poderá assistir trabalhos que focam em ações artísticas elaboradas e praticadas em comunidades do Rio de Janeiro. A mostra convidou produções estreladas por jovens artistas de diferentes localidades do Rio, incluindo Cidade de Deus, Vidigal, Complexo da Maré e Vila Cruzeiro, entre outras. Os espetáculos selecionados fizeram temporada em teatros da cidade e trazem grandes nomes como a dramaturga Marcia Zanelatto e os diretores Isabel Penoni, Fernando Barcellos, Adriana Schneider e Lucas Oradovschi. Sobre os espetáculos: "ELES NÂO USAM TÊNIS NAIQUE" Nascida em 2005 no complexo de favelas da Maré, a Cia Marginal se inspirou na obra "Eles não usam black-tie", de Gianfrancesco Guarnieri, para criar o espetáculo "Eles não usam tênis naique". Com texto inédito e premiado de Marcia Zanelatto e direção de Isabel Penoni, a peça revela um conflito geracional entre um pai, ex-traficante, e a filha, traficante, apresentando um sutil panorama do histórico da marginalidade nas favelas da cidade. "O QUE SERÁ DE NÓS DAQUI A 4 ANOS?" O grupo Os Arteiros, da Cidade de Deus, apresenta "O que será de nós daqui a 4 anos?", que conta a história de nove crianças, todas nascidas em 2001, residentes em um abrigo municipal, à espera de uma família adotiva que as retire daquela condição. Com base em uma pesquisa aprofundada em instituições e a partir de entrevistas realizadas com agentes envolvidos nesse contexto, os jovens artistas encarnam algumas dessas histórias, sob a direção de Fernando Barcellos, fundador da companhia ao lado de Ricardo Fernandes e do cineasta Rodrigo Felha. "NO PASSINHO DO TABAJARAS" O espetáculo usa o funk como fio condutor da história e a coreografia como recorte das cenas. No enredo, o personagem Lequinho é um menino de origem humilde, cheio de sonhos, que, além de jogar futebol, adora dançar. Criado pela mãe na comunidade dos Tabajaras, Lequinho arruma seu primeiro emprego, onde e apaixona por uma jovem vendedora. No elenco artistas moradores de Bangu, Copacabana, Tijuca, Jacarepaguá, Caxias, São João de Meriti, Rocinha e Morros dos Cabritos. "CIDADE CORRERIA" Com direção de Adriana Schneider e Lucas Oradovschi, o espetáculo do Coletivo Bonobando falasobre a cidade. Inspirada coletivamente em imagens, filmes, situações cotidianas, histórias de vida e contos literários. Uma cidade inventada, a deriva, que poderia ser a nossa, ou qualquer outra: caótica, contraditória, maravilhosa. Sobre o Galpão Gamboa: Localizado na Zona Portuária da cidade, o Galpão Gamboa surge em 2011 como um espaço voltado a experimentações artísticas, para dar oportunidade a grupos e artistas de apresentarem seus trabalhos e para apresentar uma programação de qualidade e a preços populares, que atendesse aos bairros e comunidades do entorno, como Morro da Providência, Saúde, Santo Cristo, Centro e Gamboa. Espaço cultural e democrático, o Galpão Gamboa apresenta atividades de teatro, dança, circo, música, entretenimento e experimentação artística, que convivem harmoniosamente. O alcance do público, independentemente de classes sociais, abrangendo de crianças a idosos. Todo esse processo de reurbanização da Zona Portuária e redescobrimento desse berço cultural carioca fez com a população de outras regiões voltassem a frequentar o Centro. E, sobretudo, possibilitou que a população local passasse a ter acesso facilitado a esses equipamentos culturais, privados e públicos. Numa relação de intercâmbio, onde os olhares se cruzam, se completam e se fundem num movimento em que não há zonas delimitadas, dar continuidade a essa convergência é o objetivo principal do espaço. Serviço Debate abertura- 06/08, às 16h Mediador: Jorge Freire- gerente dos teatros da prefeitura do Rio Mesa: Adriana Schneider (Coletivo Bonobando), Fernando Barcellos (diretor dos Arteiros). Local: Galpão Gamboa - Teatro Endereço: Rua da Gamboa, 279 - Centro - RJ Entrada gratuita Capacidade: 80 lugares Classificação: livre |
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