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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Artigos: A Descoberta da Aspirina

Em 1763, Edmund Stone deu o primeiro passo em direção à descoberta da aspirina, um dos medicamentos mais utilizados atualmente. Ele notou que a casca do salgueiro propiciava um tratamento efetivo para paciente que sofriam de um determinado tipo de febre. Para Stone, a explicação para o efeito da casca do salgueiro era muito simples. Segundo ele “o remédio de muitos males naturais estão sempre situados próximos às suas causas”. De fato, o salgueiro cresce nas mesmas regiões onde se pode adquirir a febre que pode ser tratada com sua casca.
Cinqüenta anos se passaram até que o ingrediente ativo da casca do salgueiro fosse isolado e denominado salicina, nome que deriva da palavra latina salix, que quer dizer “salgueiro”. Mais cinqüenta anos decorreram até que uma síntese industrial desse composto fosse possível. Nessa época, o composto já era conhecido como ácido salicílico, uma vez que suas soluções aquosas saturadas são muito ácidas (pH = 2,4).
No final do século XIX, o ácido salicílico era muito usado para tratar febre reumática, gota e artrite. Muitos pacientes tratados com essa droga se queixavam da irritação estomacal crônica causada pela acidez das elevadas doses (6 g a 8 g por dia) necessárias para aliviar os sintomas dessas doenças.
Como seu pai era um desses pacientes, o químico Felix Hoffmann pesquisou um derivado do ácido salicílico que fosse menos ácido. Em 1898, Hoffmann relatou que o ácido acetilsalicílico era mais efetivo e, ao mesmo tempo, mais bem tolerado pelo organismo. Ele denominou esse composto de aspirina, utilizando o prefixo a, do nome acetil, e spirin, da palavra alemã empregada para o composto original obtido do salgueiro, spirsäure.
A existência de uma droga que tanto reduz a dor quanto a febre iniciou a busca por outros compostos que pudessem ter o mesmo resultado da aspirina. Embora fosse baseada na tentativa e erro, essa pesquisa produziu uma variedade de substâncias comercializadas atualmente como analgésicos, antipiréticos e agentes antiinflamatórios. Analgésicos aliviam a dor sem reduzir a consciência, antipiréticos reduzem a temperatura corporal quando está elevada e agentes antiinflamatórios combatem inchaços ou inflamação das juntas, da pele e dos olhos.