Este ano, o Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro chega a sua 24ª edição e tem o orgulho de colaborar para a formação de um público crítico e o debate da cena cinematográfica do curta metragem pelos profissionais envolvidos. O Curta Cinema é o principal festival latinoamericano de caráter competitivo, exclusivamente dedicado ao curta-metragem, sendo o único Festival no Brasil a qualificar anualmente 1 curta nacional e 1 curta estrangeiro a pleitear uma indicação ao Oscar.
Através das Atividades Paralelas, o festival reafirma o seu comprometimento com as questões que originaram as Leis de Incentivo governamentais, responsáveis pela viabilização deste e de tantos outros eventos culturais em nosso país. O Curta Cinema é consciente de que sua realização é fruto de um investimento de todos em um bem comum – a cultura; e a democratização desta é a grande meta do Festival.
Abaixo, informações dos debates que irão acontecer na a 24ª edição do Curta Cinema:
DEBATE 1: O CINEMA ENQUANTO JANELA DE MULTIDÃO
7 de novembro – 18h – Espaço Telezoom – Estação Botafogo
Há um ano atrás as ruas de diversas cidades brasileiras foram tomadas pelo fenômeno da multidão, assim como de diversas cidades mundo afora. Longe de se resumir a um amontoado de pessoas, a multidão, de acordo com Antonio Negri e Michael Hardt, é um corpo sem orgãos capaz de produzir e constituir mudanças políticas. Cada vez mais essa produção política se aproxima do fazer artístico, sendo que a multidão se utiliza da estética para expressar seus desejos. É aí onde entra o cinema, e especialmente o curta-metragem. Pela sua facilidade de veiculação e pela acessibilidade dos meios de produção digital, o vídeo é uma mídia cuja utilização se destacou por ampliar a voz da multidão para além de suas fronteiras sensíveis e territoriais. O presente debate pretende ampliar a compreensão sobre as dimensões estéticas da multidão, tomando o vídeo como meio expressivo.
Mediador
Giuseppe Cocco é graduado em Ciência Política pela Université de Paris VIII e pela Università degli Studi di Padova. É mestre em Ciência, Tecnologia e Sociedade pelo Conservatoire National des Arts et Métiers e em História Social pela Université de Paris I (Panthéon-Sorbonne). É doutor em História Social pela Université de Paris I (Panthéon-Sorbonne). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e editor das revistas Global Brasil, Lugar Comum e Multitudes. Coordena a coleção A política no império (Civilização Brasileira).
Participantes
Silvio Tendler é cineasta, produtor e cineclubista com vasta experiência em documentar a história de seus personagens, já realizou 31 filmes entre curtas, médias e longas-metragens.
Daniel Caetano é cineasta, pesquisador, crítico e professor de cinema
Gladys Marginal, Ignez Amarildo & Di Marighela são pseudônimos das realizadoras do curta Choque.
BATE-PAPO FORUM EXPANDED
8 de novembro – 18h30 – Parque Lage
Avant-garde, obras experimentais, ensaios, observações de longo prazo, reportagem política e panoramas cinematográficos ainda a ser descobertos: O Fórum Internacional do Novo Cinema, resumindo, é a sessão mais desbravadora da Berlinale. Lançado em 2006, o Forum Expanded apresenta filmes, vídeos, instalações e performances sobre temas e telas diversas. As obras que compõem o Forum oferecem uma perspectiva crítica e uma expansão dos sentidos cinematográficos, que colocam o público na fronteira tênue entre as artes visuais e o cinema.
Essa atividade será conduzida em inglês e contará com tradução consecutiva.
Mediador
André Parente é doutor em comunicação pela Universidade de Paris VIII, onde estudou entre 1982 e 1987 sob a orientação do filósofo Gilles Deleuze. Em 1987, ingressou na UFRJ, onde criou o Núcleo de Tecnologia da Imagem (N-imagem). Seus cursos na ECO.Pós abordam uma reflexão sobre as novas tecnologias da imagem
8 de novembro – 18h30 – Parque Lage
Avant-garde, obras experimentais, ensaios, observações de longo prazo, reportagem política e panoramas cinematográficos ainda a ser descobertos: O Fórum Internacional do Novo Cinema, resumindo, é a sessão mais desbravadora da Berlinale. Lançado em 2006, o Forum Expanded apresenta filmes, vídeos, instalações e performances sobre temas e telas diversas. As obras que compõem o Forum oferecem uma perspectiva crítica e uma expansão dos sentidos cinematográficos, que colocam o público na fronteira tênue entre as artes visuais e o cinema.
Essa atividade será conduzida em inglês e contará com tradução consecutiva.
Mediador
André Parente é doutor em comunicação pela Universidade de Paris VIII, onde estudou entre 1982 e 1987 sob a orientação do filósofo Gilles Deleuze. Em 1987, ingressou na UFRJ, onde criou o Núcleo de Tecnologia da Imagem (N-imagem). Seus cursos na ECO.Pós abordam uma reflexão sobre as novas tecnologias da imagem
ASSEMBLEIA ORDINÁRIA DO FÓRUM DOS FESTIVAIS
9 de novembro – 10h às 14h – Parque Lage
O Festival Curta Cinema, como um dos membros fundadores do Fórum dos Festivais, tem a honra de promover a realização de sua assembleia ordinária de 2014. O Fórum acredita que a cooperação para o desenvolvimento do setor é a chave para a promoção da difusão do audiovisual, formação de público, produção, distribuição e preservação dos filmes, construção de políticas públicas, entre tantos outros objetivos almejados. Neste marco será dado início às atividades para a comemoração dos 15 anos do Fórum dos Festivais a ser completado em 2015.
Site: http://www.forumdosfestivais.com.br
9 de novembro – 10h às 14h – Parque Lage
O Festival Curta Cinema, como um dos membros fundadores do Fórum dos Festivais, tem a honra de promover a realização de sua assembleia ordinária de 2014. O Fórum acredita que a cooperação para o desenvolvimento do setor é a chave para a promoção da difusão do audiovisual, formação de público, produção, distribuição e preservação dos filmes, construção de políticas públicas, entre tantos outros objetivos almejados. Neste marco será dado início às atividades para a comemoração dos 15 anos do Fórum dos Festivais a ser completado em 2015.
Site: http://www.forumdosfestivais.com.br
PIQUENIQUE ENCONTRO: OS CAMINHOS DO CURTA-METRAGEM
9 de novembro – 13h às 16h30 – Parque Lage
Há quem veja no curta-metragem apenas uma possibilidade de experimentar o fazer cinematográfico enquanto não chega a rara oportunidade de fazer um longa, no entanto, o curta existe como formato, encerrando em si linguagens estéticas e formas de produção próprias. Seja pelo primeiro ou pelo segundo viés, para que a produção se dê é preciso de meios materiais. Nos últimos anos, o incentivo público já reduzido para essa produção ficou ainda mais escasso, principalmente no Rio de Janeiro. Em que medida a produção de curtas influencia a cadeia cinematográfica como um todo? Essas e outras questões poderão ser formuladas e/ou respondidas nesse bate-papo informal feito com a participação horizontal de todos os presentes em conjunto com a ABD&C – RJ.
9 de novembro – 13h às 16h30 – Parque Lage
Há quem veja no curta-metragem apenas uma possibilidade de experimentar o fazer cinematográfico enquanto não chega a rara oportunidade de fazer um longa, no entanto, o curta existe como formato, encerrando em si linguagens estéticas e formas de produção próprias. Seja pelo primeiro ou pelo segundo viés, para que a produção se dê é preciso de meios materiais. Nos últimos anos, o incentivo público já reduzido para essa produção ficou ainda mais escasso, principalmente no Rio de Janeiro. Em que medida a produção de curtas influencia a cadeia cinematográfica como um todo? Essas e outras questões poderão ser formuladas e/ou respondidas nesse bate-papo informal feito com a participação horizontal de todos os presentes em conjunto com a ABD&C – RJ.
DEBATE 2: FILMES DE FRONTEIRA – OLHAR ESTRANGEIRO, PRODUÇÃO PLURINACIONAL
10 de novembro – 18h – Espaço Telezoom – Estação Botafogo
Nos últimos anos, com o barateamento dos equipamentos de captação de áudio e vídeo e sua portabilidade temos visto surgir uma produção de curtas que retratam o olhar do diretor como viajante. Os curtas que apresentam essa experiência como pano de fundo levantam questões estéticas que perpassam os limites técnicos da sua realização. Neste debate pretendemos refletir sobre as especificidades dessa experiência sob o ponto de vista da produção dos filmes realizados para além das fronteiras territoriais, abordando os mecanismos de materialização dessa produção e os incentivos disponíveis para os realizadores que se lançam nessa empreitada.
Mediador:
Angelisa Stein é produtora executiva de longas, trabalhou como superintendente de fomento da Ancine, é professora de Produção Audiovisual na pós-graduação da UCAM/RJ e como advogada é especialista em direito audiovisual.
Participantes:
Tânia Pinta é a gerente de atendimentos da Rio Film Commission.
Bernard Lessa é realizador do curta Tejo Mar.
Paulo Fehlauer é fotógrafo e produtor multimídia. Em 2008, ajudou a fundar o Coletivo Garapa, com o qual desenvolve narrativas visuais que exploram as fronteiras entre o documental e a ficção, a fotografia, o vídeo e a literatura. Destaca-se o curta documentário Doble | Chapa (2014) participante do festival, no qual atuou como roteirista.
Representante do Qatar Doha Film Institute do Quatar.
10 de novembro – 18h – Espaço Telezoom – Estação Botafogo
Nos últimos anos, com o barateamento dos equipamentos de captação de áudio e vídeo e sua portabilidade temos visto surgir uma produção de curtas que retratam o olhar do diretor como viajante. Os curtas que apresentam essa experiência como pano de fundo levantam questões estéticas que perpassam os limites técnicos da sua realização. Neste debate pretendemos refletir sobre as especificidades dessa experiência sob o ponto de vista da produção dos filmes realizados para além das fronteiras territoriais, abordando os mecanismos de materialização dessa produção e os incentivos disponíveis para os realizadores que se lançam nessa empreitada.
Mediador:
Angelisa Stein é produtora executiva de longas, trabalhou como superintendente de fomento da Ancine, é professora de Produção Audiovisual na pós-graduação da UCAM/RJ e como advogada é especialista em direito audiovisual.
Participantes:
Tânia Pinta é a gerente de atendimentos da Rio Film Commission.
Bernard Lessa é realizador do curta Tejo Mar.
Paulo Fehlauer é fotógrafo e produtor multimídia. Em 2008, ajudou a fundar o Coletivo Garapa, com o qual desenvolve narrativas visuais que exploram as fronteiras entre o documental e a ficção, a fotografia, o vídeo e a literatura. Destaca-se o curta documentário Doble | Chapa (2014) participante do festival, no qual atuou como roteirista.
Representante do Qatar Doha Film Institute do Quatar.
DEBATE 3: SURTO & DESLUMBRAMENTO – INFLUÊNCIAS
11 de novembro – 14h às 16h – Espaço Telezoom – Estação Botafogo
Desde 2012, os filmes do coletivo pernambucano Surto & Deslumbramento têm impressionado plateia e crítica ao abusar, na linguagem de seus filmes, da cultura pop e da estéticaqueer. Neste debate, pretendemos discutir as influências estéticas e o modo de produção independente adotado pelo coletivo.
Mediador:
Raphael Fonseca é doutorando em Crítica e História da Arte pela UERJ, aonde pesquisa as relações entre história, arte e cultura visual.
11 de novembro – 14h às 16h – Espaço Telezoom – Estação Botafogo
Desde 2012, os filmes do coletivo pernambucano Surto & Deslumbramento têm impressionado plateia e crítica ao abusar, na linguagem de seus filmes, da cultura pop e da estéticaqueer. Neste debate, pretendemos discutir as influências estéticas e o modo de produção independente adotado pelo coletivo.
Mediador:
Raphael Fonseca é doutorando em Crítica e História da Arte pela UERJ, aonde pesquisa as relações entre história, arte e cultura visual.
DEBATE 4: O LUGAR DA ATUAÇÃO NO CURTA-METRAGEM
11 de novembro – 17h – Espaço Telezoom – Estação Botafogo
Ator ou não ator, eis a questão. Novas formas dramatúrgicas deram lugar a uma diversidade na abordagem da direção de atores no cinema. Em busca de um realismo extremo, muitas vezes opta-se pelo uso de não atores que já seriam a própria personagem encarnada, no entanto, para que essa venha à tona na hora em que o diretor pede ação é preciso que se lance mão de um arcabouço de ferramentas técnicas cujo uso varia de produção para produção de acordo com os objetivos que se pretende alcançar. O que está por trás dessas opções em relação ao trabalho de atuação? Ainda mais ao abordar as especificidades do curta-metragem. Esse debate pretende indagar sobre essas e outras questões.
Mediador:
Alessandra Vannucci é professora no Departamento de Letras da PUC-Rio, onde coordena o Curso de Artes Cênicas. Também coordena o Grupo de Pesquisa em Estética e Política, com apoio da FAPERJ. Atua na Pós em Artes da Cena da ECO-UFRJ. Atualmente pesquisa métodos de ativismo teatral.
Participantes
Allan Ribeiro é diretor, roteirista e montador. Com nove curtas e um longa, se destaca pela sensibilidade com que aborda a atuação em seus filmes.
Gilda Nomacce é atriz eminente devido a sua atuação em curtas-metragens de especial relevância para a cinematografia nacional.
Amanda Gabriel é produtora e preparadora de elenco, tendo trabalhado em diversos curtas e longas de grande relevância.
Loreta Dyalla é atriz do curta O completo estranho.
11 de novembro – 17h – Espaço Telezoom – Estação Botafogo
Ator ou não ator, eis a questão. Novas formas dramatúrgicas deram lugar a uma diversidade na abordagem da direção de atores no cinema. Em busca de um realismo extremo, muitas vezes opta-se pelo uso de não atores que já seriam a própria personagem encarnada, no entanto, para que essa venha à tona na hora em que o diretor pede ação é preciso que se lance mão de um arcabouço de ferramentas técnicas cujo uso varia de produção para produção de acordo com os objetivos que se pretende alcançar. O que está por trás dessas opções em relação ao trabalho de atuação? Ainda mais ao abordar as especificidades do curta-metragem. Esse debate pretende indagar sobre essas e outras questões.
Mediador:
Alessandra Vannucci é professora no Departamento de Letras da PUC-Rio, onde coordena o Curso de Artes Cênicas. Também coordena o Grupo de Pesquisa em Estética e Política, com apoio da FAPERJ. Atua na Pós em Artes da Cena da ECO-UFRJ. Atualmente pesquisa métodos de ativismo teatral.
Participantes
Allan Ribeiro é diretor, roteirista e montador. Com nove curtas e um longa, se destaca pela sensibilidade com que aborda a atuação em seus filmes.
Gilda Nomacce é atriz eminente devido a sua atuação em curtas-metragens de especial relevância para a cinematografia nacional.
Amanda Gabriel é produtora e preparadora de elenco, tendo trabalhado em diversos curtas e longas de grande relevância.
Loreta Dyalla é atriz do curta O completo estranho.