O Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da ENSP de 24/6 reuniu a pesquisadora do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde Luciana Dias de Lima e o gestor do Laboratório de Inovação em Planejamento, Gestão, Avaliação e Regulação de Políticas, Sistemas, Redes e Serviços de Saúde do Hospital do Coração (Ligress/HCor), Armando de Negri, para debater a política das urgências e o papel que as Unidades de Pronto Atendimento ocupam nesse processo. Na ocasião Luciana apresentou os resultados de uma pesquisa coordenada por ela que buscou avaliar o processo de implantação das Unidades de Pronto Atendimento do estado do Rio de Janeiro. Os resultados apontam que a falta de integração com outras unidades da rede de serviços é um dos problemas que mais comprometem a coordenação do cuidado prestado nas UPAs. O Ceensp foi coordenado pela pesquisadora da Escola Gisele O`Dwyer de Oliveira e as apresentações estão disponíveis na íntegra no canal da ENSP no YouTube.
O coordenador do Ligress, Armando de Negri, abordou o processo de organização de atenção as urgências e destacou que historicamente o debate das urgências esteve afastado do tema central da Saúde Pública, o que fez com que alguns dilemas fossem tratados tardiamente em vários sistemas de saúde no mundo. Para ele, é fundamental ajustar a atenção às urgências, para que elas possam de fato ser portas de entrada para o sistema de saúde.
“Atualmente cerca de 50% da população brasileira busca atendimento de urgência ao longo de um ano. No Brasil e em diversos outros países do mundo a frequência de visita às urgências aumenta continuamente, o que demonstra cada vez mais que a população está informada. Uma dor no peito, por exemplo, que antes podia ser negligenciada, hoje, munido da informação, o paciente busca a urgência para saber sobre um infarto”, analisou Armando. Assista a apresentação do coordenador do Ligress na íntegra aqui.
A pesquisadora do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde, Luciana Dias de Lima apresentou os resultados da pesquisa Processo de Implantação das Unidades de Pronto Atendimento no estado do Rio de Janeiro, que selecionou 19 Unidades de Pronto Atendimento, a partir do universo de 42 cadastradas junto ao Ministério da Saúde. A coordenadora do estudo falou sobre a política da agenda estadual de saúde no Rio de janeiro e a avaliação da organização e funcionamento das UPA, levando em consideração a gestão, o vínculo, o perfil e a formação dos profissionais de saúde, além da assistência prestada nas unidades.
“Um dos resultados apontados pela pesquisa é que a falta de integração com outras unidades da rede de serviços é um dos problemas que mais comprometam a coordenação do cuidado”, destacou Luciana. Assista aqui a apresentação da coordenadora na íntegra.