Buscando saber em que medida o Programa de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Saúde Pública da Fiocruz (PDTSP/Teias) havia conseguido avançar em sua proposta teórico-metodológica, no que se refere ao enfoque ecossistêmico em saúde, o pesquisador da ENSP Carlos Machado de Freitas e a aluna Tais de Moura Ariza Alpino trabalharam na sistematização de todas as iniciativas dessa Rede de pesquisa. Os resultados dessa ação estão publicados no Portfólio Rede de Pesquisa no Território de Manguinhos - uma parceria entre academia, serviços de saúde e sociedade civil, lançado pela Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR/Fiocruz). Segundo Carlos Machado, o objetivo do PDTSP é desenvolver novos conhecimentos sobre a relação saúde-ambiente, tendo como foco realidades concretas, de forma a permitir a implantação de ações apropriadas e saudáveis das pessoas e para as pessoas que lá vivem.
Experiente no desenvolvimento da metodologia adotada, Carlos Machado explicou: “A abordagem possui três pressupostos básicos: a formulação de políticas públicas; um olhar sistêmico sobre os problemas; e o envolvimento das comunidades. Nessa Rede, há grande diversidade de projetos, com diferentes estratégias metodológicas e concepções teóricas. Mas, em termos de problemas, pode-se observar proximidade entre alguns deles.” Assim, o principal desafio apontado por Carlos Machado foi justamente a articulação entre os projetos desenvolvidos no território.
A Rede PDTSP-Teias nasceu de uma preocupação da Fiocruz com a comunidade do entorno e a gestão do
SUS, no que se refere aos Territórios Integrados de Saúde (Teias). Para Carlos, embora os projetos tenham fonte de financiamento e objetivos em comum, existiu o desafio de trabalhar com diferentes grupos de pesquisa e projetos interdisciplinares.
Sobre a possibilidade de futuros projetos desenvolvidos no território, Carlos Machado alertou: “Por ter novos projetos, desde o início, precisaremos de uma plataforma integrada que permita olhar os principais problemas dessa comunidade e os diferentes métodos que serão adotados, no sentido de criar uma integração entre eles, inclusive estabelecendo um tempo comum para as pesquisas e respeitando a diversidade, o que não será fácil. A integração também deve ser estendida entre pesquisadores e comunidade. Isso será um grande salto de qualidade”, defendeu ele.
Veja, aqui, todos os projetos elaborados no âmbito do Programa de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Saúde Pública da Fiocruz (PDTSP/Teias) Portfólio Rede de Pesquisa no Território de Manguinhos – uma parceria entre academia, serviços de saúde e sociedade civil.