A América Latina é responsável, atualmente, por um quarto de todas as exportações mundiais da agricultura. Para fortalecer ainda mais a participação da região no comércio agrícola internacional e acompanhar o dinamismo característico da produção agroindustrial moderna, serão necessários novos investimentos, pesquisa e desenvolvimento e políticas públicas eficazes. Para discutir o assunto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Fundação Getulio Vargas (FGV), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e o Sistema de Informações de Mercado Agrícola do G20 (AMIS) realizam, nos dias 10 e 11 de outubro, o seminário “Desafios e Oportunidades para a Agricultura na América Latina”. O evento será realizado no Centro Cultural FGV (Praia de Botafogo, 186. Botafogo, Rio de Janeiro/RJ), a partir das 9h.
O evento visa debater as dificuldades e perspectivas para o setor na região. De acordo com a organização do seminário, o desenvolvimento almejado pelo agronegócio na América Latina deve ser sustentável e inclusivo, incorporando de forma crescente pequenos e médios produtores em sua cadeia produtiva. Esses empreendedores detêm expressiva participação na produção de alimentos da região e a possibilidade de acesso à inovação tecnológica contribui significativamente para o aumento da competitividade e melhoria do padrão de vida no campo. Uma produção agrícola eficiente e diversificada estará mais preparada para enfrentar os desafios e colher as oportunidades geradas pelas novas exigências dos mercados e tendências de consumo.
O seminário também vai abrir espaço para que especialistas analisem o panorama econômico global, seu impacto nos mercados e as perspectivas para o setor agrícola mundial e, especificamente, para a América Latina. Também serão apresentadas as avaliações da OCDE para políticas públicas para o setor e estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento para Agricultura. Os debates vão envolver ainda o impacto do acordo comercial Mercosul e União Europeia e as negociações e tensões comerciais que envolvem as duas maiores potências mundiais – EUA e China – e seus impactos para o agronegócio.
Outros assuntos, como o desenvolvimento sustentável dos biocombustíveis, o papel da inovação tecnológica na agricultura e os desafios que envolvem a logística e infraestrutura serão discutidos durante o evento. O seminário ainda abre espaço para o debate sobre crédito rural a partir de um contexto de mudanças no Brasil. Sobre esse assunto, os convidados vão falar sobre políticas públicas agrícolas, o novo padrão de financiamento e o papel dos bancos cooperativos.
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