A cena cultural da capital ganhou mais um importante apoio para o seu desenvolvimento ontem, na sede da Prefeitura, no Centro, com a assinatura do termo de colaboração do programa Intercena, entre Belo Horizonte e a França. O Intercena possibilita o intercâmbio entre artistas locais e profissionais dos países parceiros por meio de oficinas, workshops e coproduções. Assinaram o termo o prefeito Marcio Lacerda, o embaixador da França no Brasil, Denis Pietton, o assessor especial da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Cássio Pinheiro, e o conselheiro de Cooperação e de Ação Cultural da Embaixada da França no Brasil, Jean-Paul Rebauld.
Para o prefeito Marcio Lacerda, a formalização da parceria entre Belo Horizonte e a França reforça as manifestações artísticas e sociais da capital. “A cultura é um poderoso instrumento de redução da desigualdade. Programas como este reforçam o compromisso do município em promover a arte e a inclusão social”, destacou. “Queremos facilitar a residência de artistas tanto em Belo Horizonte quanto na França, colocar à disposição o acervo da cinemateca francesa, localizada no Rio de Janeiro, e confirmar a parceria da região Nord Pas Calais com BH”, afirmou o embaixador da França no Brasil, Denis Pietton.
O Intercena é uma plataforma de internacionalização das artes da cidade, lançada durante o Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte (FIT-BH) deste ano, e prevê residência artística e o estabelecimento de convênios com instituições para a viabilização de coproduções e criações bilaterais e ainda a realização de workshops, palestras e consultorias destinadas aos artistas e técnicos locais. “A intenção é projetar nossos artistas no cenário nacional e internacional e trazermos grandes nomes das artes para contribuir com o aprimoramento de nossos profissionais”, destaca Cássio Pinheiro, coordenador geral do FIT e assessor especial da FMC. Ainda de acordo com Cássio, o programa vai preencher o hiato existente entre as edições dos festivais, quando se realizam a pré-produção e a curadoria.
Por meio do Intercena, o município de Belo Horizonte já possui parcerias colaborativas com Espanha, Alemanha e Uruguai. A extensão do programa a países como Cuba, Argentina e Portugal também está prevista para os próximos anos.
Intercâmbio Cultural
Belo Horizonte possui um histórico de parcerias artísticas e culturais com outros países, em especial com a França e com a Alemanha. Em 2009, Ano da França no Brasil, a administração municipal foi responsável por organizar sete eventos, além de apoiar oficialmente outros nove. A 20ª edição do FIT-BH, realizada em maio deste ano, estreitou ainda mais a relação com a França. Três espetáculos franceses foram apresentados ao público, com grande sucesso, e dois profissionais das artes cênicas participaram de ações de formação realizadas durante o festival. Pascale Spengler e Thierry Poquet ministraram workshops voltados a artistas amadores e semiprofissionais de Belo Horizonte.
O FIT-BH 2014 também aproximou as relações artísticas da capital com a Alemanha. Dos 55 espetáculos internacionais apresentados, o grande destaque foi a peça “Hamlet”, de William Shakespeare, em montagem da companhia teatral alemã Berliner Ensemble, fundada em 1949 pelo dramaturgo Bertolt Brecht. Outras três produções alemãs também fizeram parte da programação do festival, todos com o apoio da Prefeitura e do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha.
Uruguai e Espanha também estiveram presentes no FIT-BH com exposições e apresentações teatrais. “Em parceria com Montevidéu, capital do Uruguai, tivemos um espetáculo coproduzido por uruguaios e artistas locais. A Espanha já participa, há três anos, de uma série de ações com a FMC e atuação no FIT”, destacou Cássio.
Em setembro deste ano, foi a vez da Grécia, berço do teatro, marcar presença na cena cultural de Belo Horizonte. Arquiteto e consultor de cultura clássica ateniense e tragédias gregas, Antonis Moutsopoulus ministrou a palestra “O Teatro Grego e a Democracia”, no Teatro Marília. O encontro, voltado para estudantes de Teatro, Sociologia e Letras, propôs uma reflexão sobre o tema, que incluiu descrição histórica sobre os fundamentos do teatro e sua relação direta com os processos democráticos da época. |
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